De uma forma ou de outra, viemos ao mundo para os encontros. Encontramos primeiramente a nossa família e dela tiramos um pouco do que somos ou até do que não queremos ser. É o nosso primeiro encontro: pai, mãe, irmãos...
Vivemos a infância e nos separamos dela. Talvez, nossa primeira despedida significante. Num piscar de olhos, o nosso quarto se esvazia dos nossos brinquedos. Já não temos mais aquele lego que ganhamos no natal nem aquele quebra-cabeças de 2 mil peças que passamos quase 1 mês pra montar (sem a ajuda de ninguém!!). Damos adeus aos nosso mundo infantil e nos encontramos com o mundo adulto, chato e cheio de dores.
Antes, nossa grande experiência amorosa era a materna. Dávamos de um tudo pra receber aquele copo de leite quente com aquele beijo gostoso na testa antes de dormir. Agora, isso se expande. Amamos pessoas que encontramos no caminho sem ao menos entender bem o motivo. Não há motivo muitas vezes. Quando percebemos, estamos cultivando uma amizade, um amor. É um novo encontro. Sempre tão espledoroso: abraços, sorrisos, descobertas, ansiedade (boa)...é o passo em falso que temos o prazer inicial de dar. Arriscamos, pagamos pra ver; gostamos disso! O que desagrada são as despedidas.
Ah, as despedidas... tão duras, tão cruas, tão cheias de dor. É só aí que paramos pra pensar no encontro, onde tudo começou. Paramos pra pensar se tudo valeu a pena, se aquele passo em falso inicial te valeu de alguma coisa. Paramos pra valorizar o que já passou.Acho que sempre será assim: encontros e despedidas. O ser humano é um eterno pedaço de cada um. Realmente acho que cada pessoa é formada do que ficou de cada um desses encontros e cada despedida é uma oportunidade de rever atitudes e repensar comportamentos.Mas como tudo isso dói!
O que me vale é pensar que, ao mesmo tempo que ficou em mim alguma coisa, eu devo ter deixado algum pedacinho de mim por aí também. É isso que me conforta e que me faz esperar novos encontros e suportar tantas despedidas.
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