A DUAS SEMANAS ESTAO OCORRENDO MANIFESTAÇOES DE ESTUDANTES,
TRABALHADORES, ANARQUISTAS E ESQUERDISTAS, CONTRA O GOVERNO GREGO E
CONTRA A MORTE DE ALEXANDRO GRIGOPOULOS, DE 15 ANOS, ASSASSINADO NO
SABADO DIA 6 POR POLICIAIS GREGOS. O ESTADO GREGO USA DO TERRORISMO
ESTATAL E DE SEUS APARELHOS REPRESSORES PARA ACABAR COM VIOLENCIA COM
QUALQUER MANIFESTAÇÃO E LUTA SOCIAL DO POVO GREGO. RADIOS ESTÃO SENDO
INVADIDAS, BANCOS, LOJAS, PREDIOS PUBLICOS SAO ALVOS DIARIOS DE
GRUPOS DE MANIFESTANTES ARMADOS COM PEDRAS E MOLOTOVS.
O LUTO NAO BASTA, A LUTA CONTINUA!
ABAIXO ESSE GOVERNO DE SANGUE, POBREZA E PRIVATIZAÇOES!
COMUNICADO DA OCUPAÇAO DA UNIVERSIDADE POLITECNICA, ATHENAS
No sábado 6 de dezembro de 2008, Alexandros Grigoropoulos, um
companheiro de 15 anos de idade, foi assassinado a sangue frio, com
uma bala no peito, por Epaminondas Korkoneas, da guarda especial da
força policial na área de Exarchia.
Ao contrário das declarações de políticos e jornalistas que são
cúmplices do assassinato, este não foi um "evento isolado", mas uma
explosão da repressão do estado, que sistematicamente e de maneira
organizada mira naqueles que resistem, aqueles que se revoltam, os
anarquistas e antiautoritaristas.
É o pico do terrorismo de estado, que se expressa com a elevação do
papel dos mecanismos repressores, seu contínuo armamento, os
crescentes níveis de violência que usam, com a doutrina
de "tolerância zero", com a propaganda da mídia caluniadora que
criminaliza todos aqueles que lutam contra autoridade.
São estas condições que preparam terreno para a intensificação da
repressão, numa tentativa de extrair consenso social de antemão, e o
equipamento das armas do estado com uniformes, que estão atacando as
pessoas que lutam, a juventude, os desgraçados revoltos em todo o
país.
Usar de violência letal contra as pessoas em uma luta social e de
classes é contar com a submissão de todos, servindo como punição
exemplar, com a intenção de espalhar o medo.
É a escalada do ataque generalizado do estado e dos patrões contra
toda a sociedade, para impor condições de exploração e opressão mais
rígidas, para consolidar o controle e a repressão. Um ataque que se
reflete todos os dias na pobreza, exclusão social, na chantagem para
que nos ajustemos a um mundo de divisão social e de classes, na
guerra ideológica lançada pelos mecanismos de manipulação dominantes
(a mídia de massa). Um ataque raivoso em todos os espaços sociais,
demandando dos oprimidos sua divisão e silêncio. Das celas das
escolas e universidades aos calabouços da escravidão remunerada com
centenas de trabalhadores mortos nos chamados "acidentes de trabalho"
e sua pobreza acolhendo uma grande parte da população... Dos campos
minados nas fronteiras, pogroms e assassinatos de imigrantes e
refugiados, aos numerosos "suicídios" em prisões e estações de
polícia... dos "tiros acidentais" em bloqueios policiais, à repressão
violenta de resistências locais, a Democracia mostra seus dentes.
Nestas condições de exploração e opressão violentas, e contra as
trapaças e pilhagem que o estado e os patrões estão lançando,
passando como herança a força de trabalho dos oprimidos, suas vidas,
dignidade e liberdade, o sufocamento social acumulado está
acompanhando a erupção da ira nas ruas e barricadas pelo assassinato
de Alexandros.
Do primeiro momento após o assassinato de Alexandros, demonstrações
espontâneas e levantes ocorreram no centro de Atenas, as escolas
Politécnica, de Economia e de Lei estão sendo ocupadas e ataques
contra o estado e alvos capitalistas têm ocorrido em diferentes
bairros e no centro da cidade. Manifestações, ataques e conflitos
explodem em Thessaliniji, Patras, Volos, Chania e Heraklion em Creta,
em Giannena, Komotini, Xanthi, Serres, Sparti, Alexantroupoli,
Mytilini. Em Atenas, na rua Patission -- fora das escolas Politecnica
e de Economia -- os conflitos duraram a noite inteira. Fora da
Politécnica, a tropa de choque da polícia faz uso de balas de
plástico.
No domingo, 7 de Dezembro, milhares de pessoas se manifestaram em
direção aos quartéis generais da polícia, em Atenas, atacando a tropa
de choque. Conflitos de tensão sem precedentes se espalharam pelas
ruas do centro da cidade, durando até tarde da noite. Muitos
manifestantes estão machucados e alguns estão presos.
De segunda de manhã até hoje, a revolta se espalhou, e se tornou
generalizada. Os últimos dias foram cheios de incontáveis eventos
sociais: manifestações de estudantes de ensino médio militantes
terminando -- em muitos casos -- em ataques contra estações de
polícia e conflitos com policiais nos bairros de Atenas e no resto do
país, massivas manifestações e conflitos entre manifestantes e a
polícia no centro de Atenas, durante os quais há assalto a bancos,
grandes lojas de departamento e ministérios, cerco ao parlamento na
praça Syntagma, ocupações de prédios públicos, manifestações
terminando em levantes e ataques contra o estado e alvos capitalistas
em diferentes cidades.
Os ataques da polícia contra a juventude e geralmente contra pessoas
que estão lutando, as dezenas de prisões e espancamento de
manifestantes e, em alguns casos, a ameaça aos manifestantes pelos
policiais abanando suas armas, bem como sua coperação com matadores --
como no incidente de Patras, quando policiais junto com fascistas
atiraram contra os rebeldes da cidade --, são os métodos pelos quais
os cães uniformizados do estado estão implementando a doutrina
da "tolerância zero", sob os comandos dos patrões políticos, de forma
a suprimir a onda de revoltas que foi disparada no sábado a noite.
O terrorismo do exercito de ocupação da polícia é completado com a
punição exemplar daqueles que são presos e agora encaram graves
acusações que os levarão para o encarceiramento:
Na cidade de Larissa, 8 pessoas foram presas e estão sendo
processadas com base na lei "anti"-terrorista, e estão encarceiradas
sob acusação de "organização criminal". 25 imgrantes que foram presos
durante os protestos em Atenas estão tendo as mesmas acusações.
Também em Atenas, 5 dos presos na segunda-feira foram encarceirados,
e mais 5 que foram presos na quarta-feira estão sob custória, e serão
levados ao promotor na próxima segunda-feita, sob acusações
criminais.
Ao mesmo tempo, uma guerra de propaganda enganosa tem sido lançada
contra as pessoas que estão lutando, abrindo caminho para repressão,
para o retorno à normalidade de injustiças sociais e submissão.
Os eventos explosivos logo após o assassinato causaram uma onda de
mobilização internacional em memória a Alexandros e em solidariedade
com os revoltosos que estão lutando nas ruas, inspirando um contra
ataque ao totalitarismo da democracia. Concentrações, manifestações,
ataques simbólicos a embaixadas gregas e consulados e outras ações de
solidariedade têm ocorrido em cidades de Chipre, Alemanha, Espanha,
Dinamarca, Hoanda, Grã-Bretanha, França, Itália, Polônia, Turquia,
EUA, Irlanta, Suécia, Suíça, Ausrtalia, Slovakia, Croácia, Rússia,
Bulgaria, Romênia, Bélgica, Nova Zelândia, Argentina, México, Chile e
muitos outros lugares.
Nas barricadas, nas ocupações, nas manifestações e nas assembléias,
nós mantemos viva a memória de Alexandros, mas também a memória de
Michalis Kaltezas, Carlo Giuliani, Michalis Prekas, Christoforos
Marinos e todos os companheiros que foram assassinados pelo estado.
Nós não esquecemos a guerra de classes sociais na qual esses
companheiros caíram e nós mantemos aberta a frente de uma total
recusa ao mundo caquético da Autoridade. Nossas ações, nossas
tentativas, são as células vivas do mundo livre e insubordinado que
sonhamos, sem mestres e escravos, sem polícia, exércitos, prisões e
fronteiras.
As balas dos assassinos de uniforme, as prisões e espancamentos de
manifestantes, a guerra de gás químico lançada pelas forças
policiais, o ataque ideológico da democracia, conseguem impor medo e
silêncio, mas também são a razão para que as pessoas levantem contra
o terrorismo de estado seus prantos da luta por liberdade, para
abandonar o medo, e se encontrarem -- mais e mais cada dia, os
jovens, estudantes de ensino médio ou universidade, imigrantes,
desempregados, trabalhadores -- nas ruas da revolta. Deixemos a ira
transbordar para inundá-los!
O ESTADO, OS PATRÕES, SEUS MATADORES E SEUS LACAIOS ESTÃO ZOMBANDO DE
NÓS, NOS ROUBANDO E NOS MATANDO!
VAMOS NOS ORGANIZAR, CONTRA-ATACAR E ESMAGÁ-LOS!
ESTAS NOITES PERTENCEM A ALEXIS!
IMEDIATA LIBERTAÇÃO DE TODOS OS PRESOS
Estamos mandando nossa solidariedade para todos que estão ocupando
universidades, escolas e prédios estatais, manifestando- se e entrando
em conflito com os assassinos do estado por todo o país.
sábado, 20 de dezembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Boriska, o Menino De Marte.
Em 11 de janeiro de 1996, uma criança incomum nasceu na cidade de Volzhsky, na região de Volgograd, Rússia. Sua mãe, Nadezhda Kipriyanovich descreve o trabalho de parto: "Foi muito rápido e não senti nenhuma dor. Quando me mostraram o bebê, ele me olhava fixamente com seus grandes olhos castanhos. Como médica (ela é dermatologista), eu sei que não é habitual entre naciturnos esse olhar concentrado. Exceto esse fato ele parecia um bebê normal."
Quando saiu da maternidade, de volta ao lar, Nadezhda começou a perceber que o menino, chamado Boris, tinha um comportamento singular: raramente chorava e nunca solicitava qualquer alimento. Ele crescia como as outras crianças mas começou a falar aos quatro meses e dizia frases inteiras aos oito meses. Com um ano e meio, lia jornais. Os pais deram a ele um jogo de peças para montar figuras e ele começou a elaborar estruturas geométricas combinando diferentes partes com precisão. "Eu tinha a impressão de que nós éramos como aliens para ele, aliens com os quais ele estava tentando se comunicar" - disse a mãe de Boris ou Boriska, como é chamado pela família.
Boriska começou a desenhar figuras que, à primeira vista, eram abstrações nas quais se misturavam tons de azul e violeta. Quando psicólogos examinaram os desenhos, disseram que o garoto estava, provavelmente, tentando representar a aura das pessoas que via ao seu redor. Aos três anos, Boris começou a conversar com seus pais sobre o Universo. Ele sabia nomear todos os planetas dos sistema solar e seus respectivos satélites. Falava também nomes e número de galáxias. Isso pareceu assustador e a mãe pensou que seu filho estava fantasiando; por isso, resolveu conferir se aqueles nomes realmente existiam. Consultou livros de astronomia e ficou chocada ao constatar que Boris, de fato, sabia muito sobre aquela ciência.
Os rumores sobre o "menino-astrônomo" espalharam-se rapidamente na cidade. Boriska tornou-se uma celebridade local e as pessoas começaram a visitá-lo para ouví-lo falar sobre civilizações extraterrestres, sobre a existência de antigas raças humanas de gigantes, sobre o futuro do planeta em função de mudanças climáticas. Todos ouviam aquelas coisas com grande interesse embora não acreditassem nas histórias.
Os pais decidiram batizar o filho cogitando que talvez fosse uma questão espiritual pois acreditavam que havia algo errado com Boris. Mas o fenômeno não cessou: Boriska começou a falar às pessoas sobre seus "pecados". Um dia, na rua, abordou um rapaz e admoestou-o por usar drogas; advertia certos homens para que parassem de bater em suas mulheres; prevenia pessoas sobre a iminência de problemas e doenças.
O menino sofre com o conhecimento prévio de desastres naturais ou sociais: durante a crise do Beslan, recusou-se a ir à escola enquanto durou o ataque. Quando perguntaram a ele o que sentia sobre o assunto respondeu que era como se algo queimasse dentro dele. "Eu sabia que o caso todo teria um final terrível" - disse Boriska. Sobre o futuro do planeta ele avisa que a Terra passará por duas situações muito perigosas nos anos de 2009 e 2013, com a ocorrência de catástrofes relacionadas à água.
Especialistas dos Instituto de Estudos do Magnetismo Terrestre e Ondas de Rádio da Academia Russa de Ciências (Institute of Earth Magnetism and Radio-waves of the Russian Academy of Sciences) fotografaram a aura de Boriska que mostrou-se forte, nítida de modo incomum. O professor Vladislav Lugovenko analisa: "Ele apresenta um espectograma laranja, o que significa que é uma pessoa alegre, positiva, com um intelecto muito poderoso".
Existe uma teoria de que o cérebro humano possui dois tipos básicos de memória: a memória de trabalho (consciente, voluntária) e a memória remota. Uma das habilidades do cérebro é salvar informações sobre a experiência, sejam emoções ou pensamentos, em uma dimensão que transcende o indivíduo. Essas informações são capturadas por um singular campo informacional que faz parte do Universo. Poucas pessoas são capazes de acessar informações contidas nesse campo."
Ainda segundo Lugovenko, é possível medir as faculdades extrasensoriais das pessoas com o auxílio de equipamentos especiais e através de procedimentos muito simples. Cientistas de todo o mundo têm-se se empenhado na pesquisa desses fenômenos a fim de revelar o mistério destas crianças extraordinárias, como o garoto Boris. Um dado interessante é que nos últimos 20 anos, bebês dotados de habilidades incomuns têm nascido em todos os continentes.
Os especialistas chamam estas crianças de indigo children ou "crianças azuis", possivelmente uma referência ao avatar indiano Khrisna que, segundo a lenda, era azul. "Boriska é uma dessas crianças. Aparentemente, as "crianças azuis" têm a missão especial de promover mudanças em nosso planeta. Muitas delas possuem as espirais do DNA notavelemnte perfeitas o que lhes confere uma inacreditável resistência do sistema imunológico capaz de neutralizar a ação do vírus da AIDS. Eu [Lugovenko] tenho encontrado crianças assim na China, Índia, Vietnam entre outros lugares e estou certo de esta geração mudará o futuro da nossa civilização.
Enquanto as agências espaciais tentam encontrar sinais de vida no planeta Marte, Boriska, aos nove anos, relata aos seus parentes e amigos tudo o que sabe sobre a civilização marciana, informações que ele recorda de uma vida passada. Um jornalista russo entrevistou recentemente o menino sobre sua experiência como habitante de Marte:
ENTREVISTADOR - Boriska, você realmente viveu em Marte como dizem as pessoas da vizinhança?
BORISKA - Sim, eu vivi, é verdade. Eu tinha 14 ou 15 anos. Os marcianos faziam guerra todo o tempo e eu tinha de participar daquilo. Eu podia viajar no tempo e no espaço, podia voar em naves espaciais e também pude observar a vida no planeta Terra. As naves marcianas são muito complexas e podem se deslocar pelo Universo.
ENTREVISTADOR - Existe vida em Marte atualmente?
BORISKA - Sim, existe, mas o planeta perdeu sua atmosfera há muitos anos atrás como resultado de uma catástrofe global. O povo marciano ainda vive em cidades nos subterrâneos. Eles respiram gás carbônico.
ENTREVISTADOR - Qual é a aparência dos marcianos?
BORISKA - Eles são muito altos, uma altura média de sete metros. Eles possuem capacidades inacreditáveis.
Boriska fala de Marte mas também tem lembranças de suas observações sobre Terra naquela existência passada: ele foi testemunha da destruição da lendária civilização da Lemúria, "A maior catástrofe que já aconteceu neste planeta. Um continente gigante foi engolido por terríveis tempestades oceânicas. Eu tinha um amigo lemuriano que morreu na minha frente esmagado por uma rocha. Não pude fazer nada. Nós estamos destinados a nos reencontrar em algum momento desta vida." Sobre o Egito, Boriska diz que existe um conhecimento precioso oculto sob uma pirâmide que ainda não foi descoberta: "A vida vai mudar quando a Esfinge for aberta. A Esfinge tem um mecanismo que aciona uma abertura secreta. O mecanismo está atrás da orelha."
Quanto ao aumento de nascimentos de crianças especialmente dotadas, o garoto informa que isto é decorrência do fato de que "chegou a época" propícia para que elas venham à Terra porque o "renascimento do planeta se aproxima... Eles estão nascendo e estarão preparados para ajudar as pessoas... Amar seus inimigos, essa é a Lei. Você sabe porque o lemurianos pereceram? Porque eles não investiram no desenvolvimento espiritual e mergulharam nas práticas da Magia desconsiderando esta Lei. O amor é a verdadeira mágica!". Boris encerrou a entrevista dizendo: Kailis, e o entrevistador perguntou:
ENTREVISTADOR - O que você disse?
BORISKA - Eu disse Olá. Essa é a língua do meu planeta.
FONTE: PRAVDA ENGLISH - publicado em 29/10/2005
Link para entrevista com ele na russia feita por uma jornalista americana:
http://www.youtube.com/watch?v=y7Xcn436tyI
Quando saiu da maternidade, de volta ao lar, Nadezhda começou a perceber que o menino, chamado Boris, tinha um comportamento singular: raramente chorava e nunca solicitava qualquer alimento. Ele crescia como as outras crianças mas começou a falar aos quatro meses e dizia frases inteiras aos oito meses. Com um ano e meio, lia jornais. Os pais deram a ele um jogo de peças para montar figuras e ele começou a elaborar estruturas geométricas combinando diferentes partes com precisão. "Eu tinha a impressão de que nós éramos como aliens para ele, aliens com os quais ele estava tentando se comunicar" - disse a mãe de Boris ou Boriska, como é chamado pela família.
Boriska começou a desenhar figuras que, à primeira vista, eram abstrações nas quais se misturavam tons de azul e violeta. Quando psicólogos examinaram os desenhos, disseram que o garoto estava, provavelmente, tentando representar a aura das pessoas que via ao seu redor. Aos três anos, Boris começou a conversar com seus pais sobre o Universo. Ele sabia nomear todos os planetas dos sistema solar e seus respectivos satélites. Falava também nomes e número de galáxias. Isso pareceu assustador e a mãe pensou que seu filho estava fantasiando; por isso, resolveu conferir se aqueles nomes realmente existiam. Consultou livros de astronomia e ficou chocada ao constatar que Boris, de fato, sabia muito sobre aquela ciência.
Os rumores sobre o "menino-astrônomo" espalharam-se rapidamente na cidade. Boriska tornou-se uma celebridade local e as pessoas começaram a visitá-lo para ouví-lo falar sobre civilizações extraterrestres, sobre a existência de antigas raças humanas de gigantes, sobre o futuro do planeta em função de mudanças climáticas. Todos ouviam aquelas coisas com grande interesse embora não acreditassem nas histórias.
Os pais decidiram batizar o filho cogitando que talvez fosse uma questão espiritual pois acreditavam que havia algo errado com Boris. Mas o fenômeno não cessou: Boriska começou a falar às pessoas sobre seus "pecados". Um dia, na rua, abordou um rapaz e admoestou-o por usar drogas; advertia certos homens para que parassem de bater em suas mulheres; prevenia pessoas sobre a iminência de problemas e doenças.
O menino sofre com o conhecimento prévio de desastres naturais ou sociais: durante a crise do Beslan, recusou-se a ir à escola enquanto durou o ataque. Quando perguntaram a ele o que sentia sobre o assunto respondeu que era como se algo queimasse dentro dele. "Eu sabia que o caso todo teria um final terrível" - disse Boriska. Sobre o futuro do planeta ele avisa que a Terra passará por duas situações muito perigosas nos anos de 2009 e 2013, com a ocorrência de catástrofes relacionadas à água.
Especialistas dos Instituto de Estudos do Magnetismo Terrestre e Ondas de Rádio da Academia Russa de Ciências (Institute of Earth Magnetism and Radio-waves of the Russian Academy of Sciences) fotografaram a aura de Boriska que mostrou-se forte, nítida de modo incomum. O professor Vladislav Lugovenko analisa: "Ele apresenta um espectograma laranja, o que significa que é uma pessoa alegre, positiva, com um intelecto muito poderoso".
Existe uma teoria de que o cérebro humano possui dois tipos básicos de memória: a memória de trabalho (consciente, voluntária) e a memória remota. Uma das habilidades do cérebro é salvar informações sobre a experiência, sejam emoções ou pensamentos, em uma dimensão que transcende o indivíduo. Essas informações são capturadas por um singular campo informacional que faz parte do Universo. Poucas pessoas são capazes de acessar informações contidas nesse campo."
Ainda segundo Lugovenko, é possível medir as faculdades extrasensoriais das pessoas com o auxílio de equipamentos especiais e através de procedimentos muito simples. Cientistas de todo o mundo têm-se se empenhado na pesquisa desses fenômenos a fim de revelar o mistério destas crianças extraordinárias, como o garoto Boris. Um dado interessante é que nos últimos 20 anos, bebês dotados de habilidades incomuns têm nascido em todos os continentes.
Os especialistas chamam estas crianças de indigo children ou "crianças azuis", possivelmente uma referência ao avatar indiano Khrisna que, segundo a lenda, era azul. "Boriska é uma dessas crianças. Aparentemente, as "crianças azuis" têm a missão especial de promover mudanças em nosso planeta. Muitas delas possuem as espirais do DNA notavelemnte perfeitas o que lhes confere uma inacreditável resistência do sistema imunológico capaz de neutralizar a ação do vírus da AIDS. Eu [Lugovenko] tenho encontrado crianças assim na China, Índia, Vietnam entre outros lugares e estou certo de esta geração mudará o futuro da nossa civilização.
Enquanto as agências espaciais tentam encontrar sinais de vida no planeta Marte, Boriska, aos nove anos, relata aos seus parentes e amigos tudo o que sabe sobre a civilização marciana, informações que ele recorda de uma vida passada. Um jornalista russo entrevistou recentemente o menino sobre sua experiência como habitante de Marte:
ENTREVISTADOR - Boriska, você realmente viveu em Marte como dizem as pessoas da vizinhança?
BORISKA - Sim, eu vivi, é verdade. Eu tinha 14 ou 15 anos. Os marcianos faziam guerra todo o tempo e eu tinha de participar daquilo. Eu podia viajar no tempo e no espaço, podia voar em naves espaciais e também pude observar a vida no planeta Terra. As naves marcianas são muito complexas e podem se deslocar pelo Universo.
ENTREVISTADOR - Existe vida em Marte atualmente?
BORISKA - Sim, existe, mas o planeta perdeu sua atmosfera há muitos anos atrás como resultado de uma catástrofe global. O povo marciano ainda vive em cidades nos subterrâneos. Eles respiram gás carbônico.
ENTREVISTADOR - Qual é a aparência dos marcianos?
BORISKA - Eles são muito altos, uma altura média de sete metros. Eles possuem capacidades inacreditáveis.
Boriska fala de Marte mas também tem lembranças de suas observações sobre Terra naquela existência passada: ele foi testemunha da destruição da lendária civilização da Lemúria, "A maior catástrofe que já aconteceu neste planeta. Um continente gigante foi engolido por terríveis tempestades oceânicas. Eu tinha um amigo lemuriano que morreu na minha frente esmagado por uma rocha. Não pude fazer nada. Nós estamos destinados a nos reencontrar em algum momento desta vida." Sobre o Egito, Boriska diz que existe um conhecimento precioso oculto sob uma pirâmide que ainda não foi descoberta: "A vida vai mudar quando a Esfinge for aberta. A Esfinge tem um mecanismo que aciona uma abertura secreta. O mecanismo está atrás da orelha."
Quanto ao aumento de nascimentos de crianças especialmente dotadas, o garoto informa que isto é decorrência do fato de que "chegou a época" propícia para que elas venham à Terra porque o "renascimento do planeta se aproxima... Eles estão nascendo e estarão preparados para ajudar as pessoas... Amar seus inimigos, essa é a Lei. Você sabe porque o lemurianos pereceram? Porque eles não investiram no desenvolvimento espiritual e mergulharam nas práticas da Magia desconsiderando esta Lei. O amor é a verdadeira mágica!". Boris encerrou a entrevista dizendo: Kailis, e o entrevistador perguntou:
ENTREVISTADOR - O que você disse?
BORISKA - Eu disse Olá. Essa é a língua do meu planeta.
FONTE: PRAVDA ENGLISH - publicado em 29/10/2005
Link para entrevista com ele na russia feita por uma jornalista americana:
http://www.youtube.com/watch?v=y7Xcn436tyI
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Orçamento 2009 do governador Serra é irreal, diz oposição
Orçamento 2009 do governador Serra é irreal, diz oposição
A peça orçamentária estima para o próximo ano uma receita da ordem de R$ 116 bilhões. Para a Educação, estão previstos R$ 15,5 bilhões, para a Segurança Pública, R$ 10,1 bilhões, e para a Saúde, R$ 10,7 bilhões.
Em análise a peça orçamentária apresentada pelo governador José Serra, a assessoria técnica da Bancada do PT afirma que o orçamento é irreal, isto porque somente em 2008 o excesso de arrecadação deve atingir os R$ 10 bilhões. Então, segundo eles, São Paulo terá muito mais dinheiro.
O PT diz que apesar do excesso de arrecadação, os investimentos em 2009 serão “bancados” por operações de crédito e recursos da “concessão de rodovias”. Estão previstos apenas 4,9% dos recursos próprios do Estado para serem investidos.
Outra denúncia dos petistas é o salto da dívida pública estadual em 306,12% (cerca de R$ 104 bilhões), isto mesmo com a venda de patrimônio público do Estado de São Paulo de mais R$ 70 bilhões.
A oposição também afirma que os gastos com a terceirização dos serviços cresceu acentuadamente no Estado e em 2009, continuarão crescendo. A contratação de empresas, consultorias, fundações e organizações sociais para realizar serviços públicos representam, segundo os petistas, uma sutil modalidade de privatização do Estado.
Mais notícias, acesse: www.deolhonosdeputados.com
A peça orçamentária estima para o próximo ano uma receita da ordem de R$ 116 bilhões. Para a Educação, estão previstos R$ 15,5 bilhões, para a Segurança Pública, R$ 10,1 bilhões, e para a Saúde, R$ 10,7 bilhões.
Em análise a peça orçamentária apresentada pelo governador José Serra, a assessoria técnica da Bancada do PT afirma que o orçamento é irreal, isto porque somente em 2008 o excesso de arrecadação deve atingir os R$ 10 bilhões. Então, segundo eles, São Paulo terá muito mais dinheiro.
O PT diz que apesar do excesso de arrecadação, os investimentos em 2009 serão “bancados” por operações de crédito e recursos da “concessão de rodovias”. Estão previstos apenas 4,9% dos recursos próprios do Estado para serem investidos.
Outra denúncia dos petistas é o salto da dívida pública estadual em 306,12% (cerca de R$ 104 bilhões), isto mesmo com a venda de patrimônio público do Estado de São Paulo de mais R$ 70 bilhões.
A oposição também afirma que os gastos com a terceirização dos serviços cresceu acentuadamente no Estado e em 2009, continuarão crescendo. A contratação de empresas, consultorias, fundações e organizações sociais para realizar serviços públicos representam, segundo os petistas, uma sutil modalidade de privatização do Estado.
Mais notícias, acesse: www.deolhonosdeputados.com
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Robert Happé
Robert Happé: Consciência que Liberta
Ele nasceu em Amsterdã, Holanda, debaixo de um bombardeio. O pai havia sido preso por soldados alemães e a família de mulher e três crianças foge para uma cidade menor e mais segura. O irmão e a irmã mais velhos brincam na rua, enquanto a mãe tenta dar de comer para o mais novo. Aviões sobrevoam o lugarejo. Nova explosão e a rua inteira está em ruínas. Da casa só resta a cozinha. Da família só ficam a mãe e o garoto. A mulher desaparece e uma família pega o menino para criar. Pouco mais de um ano após o fim da guerra, um homem aparece e diz: “Eu sou seu pai.” O menino se agarra ao destino. O pai encontra a mãe em um hospital psiquiátrico e a família volta para Amsterdã para recomeçar a vida e continuar o drama. Uma nova criança nasce, dando força â família do pós guerra. Mas a mulher adoece de câncer e tempos depois morre. O garoto continua vendo a mãe, que aparece para dizer que “tudo está” bem. Com seus 16 anos, ele coloca uma mochila nas costas e parte para a grande aventura de descobrir o mundo e seus mistérios. “Por que a vida é assim?” Por que todo mundo mata todo mundo?” Por que tanto sofrimento?” Ele estuda psicologia, mas não encontra respostas ali. É tempo de servir o Exército, mas o jovem não quer aprender a matar pessoas. Fica preso por desobediência, lava latrinas e trabalha na cozinha, até que o Exército se livra do soldado fracassado. Sem dinheiro e com muito pouco a perder, o rapaz viaja pela Europa de carona. Na Suíça, trabalha na cozinha de um restaurante. Depois, de garçom em bares da Espanha. Conhece o submundo dos clubes de jogos na Inglaterra, onde trabalha nas mesas de pôquer. As antigas perguntas permanecem na cabeça e ele segue para o Líbano atrás das respostas. Depois passa cinco anos estudando Filosofia Oriental na Índia. Não foi suficiente e ele continua viajando pelo país. Depois vai para o Nepal, Tibet e, finalmente, Camboja, onde, aos 31 anos, termina a busca e começa a missão de dividir com o mundo seus conhecimentos sobre o significado da vida.
Hoje, aos 65 anos, o filósofo Robert Happé é um desses seres humanos raros, que abraçam e beijam todo mundo. Nesses mais de 30 anos de peregrinação, tem encantado platéias por onde passa, não apenas por suas idéias, mas pela maneira simples com que fala delas. Autor do livro Consciência é a Resposta (lançado em 1997 pela editora Talento), atualmente divide seu tempo entre a convivência com a família - ele é pai de um garoto de 14 anos -, a produção de um segundo livro e os seminários na Europa, Estados Unidos, Argentina e Brasil, país que ele define como “a última esperança”.
O PONTO - Você nasce na guerra, perde seus irmãos e mais tarde sua mãe. Certamente essas experiências marcaram sua infância e juventude. Foi nestas circunstâncias que você desperta para a busca do conhecimento sobre o significado da vida?
ROBERT - Eu sempre senti que não era desse planeta, que todos eram muito diferentes de mim e que precisava buscar a verdade sobre a vida e sobre mim mesmo. Minha mãe aparecia para mim e eu me perguntava: “Sou louco? Onde está minha mãe? O que ela faz lá? Por que fala comigo?”. Queria entender por que todo mundo mata todo mundo, por que há tanto sofrimento e por que a vida é assim. Então, eu já caminhava para a busca de respostas, mas a consciência disso veio bem depois.
O PONTO - Na busca por essas respostas, você percorre vários países e se aprofunda na cultura oriental, mantendo contato com Vedanta, Budismo, Taoísmo... Como foi essa experiência e que lições você tirou disso?
ROBERT - Na Índia eu descobri que a vida continua depois da morte. Mas nestas viagens eu também descobri que todas as religiões falam as mesmas coisas, mas de formas diferentes e umas contra as outras. Percebi que as pessoas não estudam para encontrar a verdade, mas para adorar suas religiões. Quando você adora sua religião, você não questiona e acaba virando as costas para a verdade. E eu sempre questiono.
O PONTO - Então você queria mais.
ROBERT - Sentia que não era só aquilo e que precisava de mais experiência de vida, por isso continuei viajando, vivendo no Nepal, Tibet e no Camboja, e estudando com os gurus. Mas também não fiquei satisfeito.
O PONTO - Mas foi no Camboja que você viveu sua maior experiência mística.
ROBERT - No Camboja, as pessoas são muito amáveis, mas, como no Nepal e no Tibet, há muita ignorância. Eles não vivem a consciência do coração, vivem através dos dogmas. Por exemplo, os monges cambojanos têm tudo nos templos para plantar e comer, mas saem para as ruas para pedir comida, esmolas. Eu pensava que aquilo estava errado, que eles deveriam fazer o contrário, levar comida e ensinamentos do templo para as pessoas que estavam do lado de fora. Então eu deixei a comunidade com um sentimento de que era o fim da rua para mim. Estava muito triste, parei e fiquei meditando. Então decidi ir para a floresta. Na floresta, passei a me alimentar do que a natureza me oferecia. Com o tempo, comecei a perceber coisas, luzes que iam ganhando formas. Eu vi os espíritos da Natureza. Esses seres vinham me visitar e uma vez eles pediram para que eu os seguisse. Não sei quanto tempo, mas depois de goras, dias, eu chego num lugar no meio da floresta e eles afastam a vegetação e então eu vejo uma grande rocha e e nela a figura do Buda esculpida. Eu fiquei perplexo. Eles não falavam comigo, mas faziam gestos para que eu tocasse na imagem. No momento exato em que coloco as mãos na pedra, foi como se abrisse uma tela na minha mente. Eu vi uma grande cidade e no centro dela um templo. Dentro do templo havia três budas e um deles tinha o meu rosto.
O PONTO - Foi neste momento que você encontra as respostas que estava procurando?
ROBERT - Neste momento eu me conecto com a Akasha, que é a grande biblioteca do universo, onde estão arquivados todos os conhecimentos sobre a humanidade. A partir daí eu comecei a aprender o que estamos fazendo aqui neste planeta. Eu passei a fazer perguntas para a Akasha sobre meu passado, a nossa história, quem nós somos e por que estamos aqui.
O PONTO - Você já sabe quem você é?
ROBERT - Não tudo. Todos nós somos muito mais do que sabemos.
O PONTO - Quanto tempo você ficou na floresta e como voltou para a civilização?
ROBERT - Eu vivi na floresta por três anos e passava meus dias acessando a Akasha e estudando. Aquele passou a ser o meu mundo e eu não queria sair de lá. Mas soldados norte-americanos me encontraram, me colocaram num helicóptero e me largaram em Bangkok (Tailândia). Era a guerra do Vietnã. Eles estavam tirando as pessoas dos vilarejos porque não queriam que ninguém soubesse o que estava acontecendo. Aldeões falaram que havia um estrangeiro na floresta e os soldados foram atrás de mim.
O PONTO - De volta à civilização, você começa a divulgar seus conhecimentos?
ROBERT - Eu estudei Taoísmo, ensinei filosofia na Inglaterra por quatro anos e, finalmente, passei a viajar pela Europa, fazendo seminários para dividir meus conhecimentos com outras pessoas.
O PONTO - A humanidade segue sua trajetória evolutiva e agora, na Era de Aquário, você diz que as pessoas estão começando a valorizar o conhecimento da razão pela qual estamos no mundo. Você pode apontar sinais ou fatos que demonstram que a “Era da busca da compreensão do significado da vida” começou?
ROBERT - As energias de Peixes e Aquário são diferentes. Antes, na Era de Peixes, havia segredo. Agora, tudo está aberto. Todos que têm algum conhecimento querem falar. Uma coisa que é prova dessa mudança é que muita gente começa a ver como é desonesto e corrupto nosso sistema. Quando as pessoas começam a ver que são como ratos em caixas, elas começam a sair das caixas. Com essa liberdade, as pessoas começam a buscar uma forma diferente de viver.
O PONTO - A história da humanidade é marcada pela busca do poder. O poder do homem sobre a natureza, do homem sobre o homem, de uma ideologia sobre a outra, de uma nação sobre as demais. Essa busca pelo poder tem contribuído para a manutenção de uma mundo cheio de medos, conflitos e incertezas, fazendo com que as pessoas passem suas vidas correndo atrás de pequenos poderes que lhes permitam não sentir medo, nem viver conflitos e incertezas. Essa corrida, no entanto, não premiou as pessoas com o que elas esperavam, a felicidade. Gostaria que você comentasse sobre isso.
ROBERT - É preciso entender que todos nós somos programados para pensar de uma determinada forma. O governo parece nosso amigo, os professores parecem nossos amigos, mas eles não falam o que é bom para nós, eles não ensinam sobre nossos valores, nossas qualidades, eles não lembram que somos seres criadores. Eles ensinam a copiar. Por esse motivo, poucas crianças gostam da escola, porque elas sentem que alguma coisa está errada. Os jovens não são convidados a questionar e a melhorar as coisas, apenas a repetir. Nesse modelo somos tratados como números, fazemos provas a todo o tempo e quando a criança faz vem a prova ela é um bom robô. Crianças criativas escrevem as coisas que elas pensam e, por isso, são maus robôs. Com essa manipulação, tira-se a identidade da pessoa. Então, nós precisamos informar as pessoas que não somos robôs, somos seres criadores. Todos nós valorizamos os conhecimentos acadêmicos, mas nós precisamos lembrar quem nós somos. Esse é o conhecimento que devemos levar daqui.
O PONTO - Por que há tanta fome no mundo, tantos conflitos entre nações, etnias e dogmas religiosos?
ROBERT - Porque nós não aprendemos a amar os outros. Nós aprendemos a cuidar da nossa família e a pensar que o resto do mundo não é importante. Você ama a sua cultura e a outra cultura não presta. A pessoa não vê que o ser humano é uma só família.
O PONTO - Qual a relação entre poder, dinheiro e felicidade?
ROBERT - Poder, aqui no nosso planeta, é visto no dinheiro. Quanto mais dinheiro, mais poder. Isso é ilusão. Porque um dia, quando todo o sistema entrar em colapso, as pessoas que têm apenas dinheiro vão ficar sem nada, de uma hora para outra. O verdadeiro poder é o amor. O seu poder é o seu amor. Amor é espírito e espírito é sabedoria. Nosso espírito nos guia através da nossa intuição para fazermos a coisa certa. Não é importante o que você sabe aqui (na cabeça), mas o que você sabe aqui no coração. O importante é que você tenha um canal aberto com a sua intuição, para que a intuição o leve às coisas certas. Quando você usa a intuição, você tem confiança em si mesmo. Ops, pouca gente tem! Quando você tem confiança no seu poder, no seu coração e na sua ligação com o espírito, você tem a resposta para tudo e automaticamente conecta e expressa a sua verdade. Essa conexão com o coração, com o espírito, faz com que toda a prosperidade venha ao seu encontro, porque você está sendo criador da sua vida. Se você é o criador, você não vive na pobreza.
O PONTO - O que você recomendaria para quem está interessado em buscar esse saber?
ROBERT - As pessoas precisam entender um pouquinho das leis do universo. Por exemplo, a lei do carma. O que você atrai para sua vida é conseqüência da sua criação. Quando você encontra uma pessoa que é má para você, não brigue mais. Pense: “O que eu preciso mudar na minha consciência para não atrair mais essa experiência?”. Quando a gente pensa desse jeito, a gente começa a mudar para uma consciência mais tolerante e amorosa.
O PONTO - No nosso dia-a-dia vivemos situações que revelam nossa maneira “ultrapassada” de ser e lidar com a realidade e que são oportunidades de mudança, portanto, merecedoras de nossa atenção. Qual o papel da intensificação dos nossos problemas e dos conflitos no mundo no despertar da nossa consciência e no encontro com o nosso poder interior?
ROBERT - A intensificação está acontecendo porque não fizemos nada no passado para melhorar. Quando você olha o mundo e todo esse caos, isso é o reflexo do nosso desinteresse no passado da nossa vida, é o espelho da falta do amor. Esse espelho fica mais forte para estimular as pessoas a mudar. É um empurrão para a humanidade. Tudo que está acontecendo para você é o seu passado. O que é bom no passado é bom agora, o que é ruim no passado é ruim agora. Você deve mudar, e essas experiências são uma nova chance para isso. Todo encontro é um encontro com você. Quando você encontra alguma coisa que você não gosta, esse é o momento de se perguntar por que você não gosta. O que você vê de dificuldade em outras pessoas é o espelho das suas inabilidades, da falta do conhecimento de si mesmo. Quando você entende isso, você responde de um forma diferente. Isso requer atenção e treino. Precisamos estimular as pessoas a reconhecer o que é verdadeiro e o que não é. Precisamos viver com mais responsabilidade e honestidade, para com o próximo e para com nós mesmo. Precisamos descobrir que somos divinos.
O PONTO - É possível que, ao lerem seu livro ou ao ouvirem você nos seus seminários, as pessoas se sintam animadas diante da possibilidade de descobrir uma forma mais feliz de viver. Mas é possível, também, que se sintam angustiadas diante da dificuldade de colocar em prática essa nova forma de viver.
ROBERT - O único obstáculo que impede que as pessoas consigam isso é o medo. Quando você é criança, você escuta a mesma coisa. Você tem que fazer o que os outros dizem, mas você quer fazer outra coisa, então é punido. Então, adquire todos os medos, medo da morte, da solidão, do futuro e não sabe mais como criar, ficando totalmente controlado por dogmas e pensamentos que não são verdadeiros. Quando você tem medo, você nunca expressa o seu verdadeiro ser, você expressa o seu medo. Você deve se perguntar quais são seus medos. Depois, um por um, você deve ir eliminando.
O PONTO - Você fala que estamos num mundo tridimensional no qual nossa missão é recordar quem realmente somos e expressar nossa sabedoria, através da compreensão e aceitação das polaridades, do conhecimento sobre nós mesmos, e da conquista da liberdade diante das possibilidades. Para que outros mundos nos levará esse conhecimento?
ROBERT - Nós estamos no mundo que nós merecemos. Nossa consciência nos leva para níveis onde nos sentimos confortáveis. Pessoas amorosas, com habilidade para reconhecer as outras pessoas como parte da sua família, são diferentes de pessoas que olham as outras pessoas para usar e ganhar mais dinheiro. Nosso mundo vai se dividir em dois, ficando uma parte na terceira dimensão e outra, espiritual, vai para níveis mais elevados de amor e luz.
O PONTO - “Os eventos do mundo externo são reflexo do mundo interno.” Como podemos mudar o mundo à nossa volta?
ROBERT - A única coisa que você pode mudar é a si mesmo. Quando você tem outra atitude, outro jeito, você é um exemplo para as outras pessoas. Então, você muda o mundo através da sua atitude.
O PONTO - Fala-se que o Brasil é o “celeiro do mundo” e que também é a “Pátria do Evangelho”. Como o senhor vê o Brasil?
ROBERT - O Brasil é a última esperança. Aqui, a maioria das pessoas tem muita conexão com os sentimentos. As pessoas são muito mais conectadas com o lado espiritual. Além disso, temos muito cristal no Brasil, que atrai luz. No futuro, muita gente vem para cá, porque teremos abundância em comida e abundância em amor.
O PONTO - O que não pode deixar de ser dito para um grande empresário?
ROBERT - Sirva às pessoas. Nós precisamos fazer negócios para servir às pessoas e ajudá-las a viver bem.
O PONTO - Para um operário que volta para casa depois de um dia de trabalho?
ROBERT - Acredite em si mesmo. A pobreza está dentro da consciência. Quando ele encontrar a riqueza interior, ele deixará de ser pobre. É preciso aprender que todo trabalho é um servir. Quando todos entenderem isso, não teremos mais problemas.
O PONTO - Para um governante?
ROBERT - Se ele é um governante é porque tem habilidades para liderar, portanto ele deve liderar as pessoas para chegarem à paz, com elas mesmas e com os outros. Deve usar de criatividade e trabalhar não para ganhar, mas porque adora trabalhar.
O PONTO - E para os jovens?
ROBERT - Os jovens precisam entender que são criadores e que chegam aqui para criar um mundo melhor. Se eles fazem a mesma coisa que fizeram no passado, eles não vão melhorar nada. Devem observar com novos olhos e perguntar: “Eu quero fazer isso?” Devem fazer suas escolhas e sentir mais confiança em si mesmos, expressando o que eles pensam para melhorar.
O PONTO - Como devemos olhar as crianças?
ROBERT - Todas são seres de luz muito avançados e que vieram aqui para nos ensinar.
http://www.roberthappe.net/port/oponto.htm
Gandharva é : Pupilo do INDAC - Escola de Atores / Estudante de Filosofia da UNIFESP.
Ele nasceu em Amsterdã, Holanda, debaixo de um bombardeio. O pai havia sido preso por soldados alemães e a família de mulher e três crianças foge para uma cidade menor e mais segura. O irmão e a irmã mais velhos brincam na rua, enquanto a mãe tenta dar de comer para o mais novo. Aviões sobrevoam o lugarejo. Nova explosão e a rua inteira está em ruínas. Da casa só resta a cozinha. Da família só ficam a mãe e o garoto. A mulher desaparece e uma família pega o menino para criar. Pouco mais de um ano após o fim da guerra, um homem aparece e diz: “Eu sou seu pai.” O menino se agarra ao destino. O pai encontra a mãe em um hospital psiquiátrico e a família volta para Amsterdã para recomeçar a vida e continuar o drama. Uma nova criança nasce, dando força â família do pós guerra. Mas a mulher adoece de câncer e tempos depois morre. O garoto continua vendo a mãe, que aparece para dizer que “tudo está” bem. Com seus 16 anos, ele coloca uma mochila nas costas e parte para a grande aventura de descobrir o mundo e seus mistérios. “Por que a vida é assim?” Por que todo mundo mata todo mundo?” Por que tanto sofrimento?” Ele estuda psicologia, mas não encontra respostas ali. É tempo de servir o Exército, mas o jovem não quer aprender a matar pessoas. Fica preso por desobediência, lava latrinas e trabalha na cozinha, até que o Exército se livra do soldado fracassado. Sem dinheiro e com muito pouco a perder, o rapaz viaja pela Europa de carona. Na Suíça, trabalha na cozinha de um restaurante. Depois, de garçom em bares da Espanha. Conhece o submundo dos clubes de jogos na Inglaterra, onde trabalha nas mesas de pôquer. As antigas perguntas permanecem na cabeça e ele segue para o Líbano atrás das respostas. Depois passa cinco anos estudando Filosofia Oriental na Índia. Não foi suficiente e ele continua viajando pelo país. Depois vai para o Nepal, Tibet e, finalmente, Camboja, onde, aos 31 anos, termina a busca e começa a missão de dividir com o mundo seus conhecimentos sobre o significado da vida.
Hoje, aos 65 anos, o filósofo Robert Happé é um desses seres humanos raros, que abraçam e beijam todo mundo. Nesses mais de 30 anos de peregrinação, tem encantado platéias por onde passa, não apenas por suas idéias, mas pela maneira simples com que fala delas. Autor do livro Consciência é a Resposta (lançado em 1997 pela editora Talento), atualmente divide seu tempo entre a convivência com a família - ele é pai de um garoto de 14 anos -, a produção de um segundo livro e os seminários na Europa, Estados Unidos, Argentina e Brasil, país que ele define como “a última esperança”.
O PONTO - Você nasce na guerra, perde seus irmãos e mais tarde sua mãe. Certamente essas experiências marcaram sua infância e juventude. Foi nestas circunstâncias que você desperta para a busca do conhecimento sobre o significado da vida?
ROBERT - Eu sempre senti que não era desse planeta, que todos eram muito diferentes de mim e que precisava buscar a verdade sobre a vida e sobre mim mesmo. Minha mãe aparecia para mim e eu me perguntava: “Sou louco? Onde está minha mãe? O que ela faz lá? Por que fala comigo?”. Queria entender por que todo mundo mata todo mundo, por que há tanto sofrimento e por que a vida é assim. Então, eu já caminhava para a busca de respostas, mas a consciência disso veio bem depois.
O PONTO - Na busca por essas respostas, você percorre vários países e se aprofunda na cultura oriental, mantendo contato com Vedanta, Budismo, Taoísmo... Como foi essa experiência e que lições você tirou disso?
ROBERT - Na Índia eu descobri que a vida continua depois da morte. Mas nestas viagens eu também descobri que todas as religiões falam as mesmas coisas, mas de formas diferentes e umas contra as outras. Percebi que as pessoas não estudam para encontrar a verdade, mas para adorar suas religiões. Quando você adora sua religião, você não questiona e acaba virando as costas para a verdade. E eu sempre questiono.
O PONTO - Então você queria mais.
ROBERT - Sentia que não era só aquilo e que precisava de mais experiência de vida, por isso continuei viajando, vivendo no Nepal, Tibet e no Camboja, e estudando com os gurus. Mas também não fiquei satisfeito.
O PONTO - Mas foi no Camboja que você viveu sua maior experiência mística.
ROBERT - No Camboja, as pessoas são muito amáveis, mas, como no Nepal e no Tibet, há muita ignorância. Eles não vivem a consciência do coração, vivem através dos dogmas. Por exemplo, os monges cambojanos têm tudo nos templos para plantar e comer, mas saem para as ruas para pedir comida, esmolas. Eu pensava que aquilo estava errado, que eles deveriam fazer o contrário, levar comida e ensinamentos do templo para as pessoas que estavam do lado de fora. Então eu deixei a comunidade com um sentimento de que era o fim da rua para mim. Estava muito triste, parei e fiquei meditando. Então decidi ir para a floresta. Na floresta, passei a me alimentar do que a natureza me oferecia. Com o tempo, comecei a perceber coisas, luzes que iam ganhando formas. Eu vi os espíritos da Natureza. Esses seres vinham me visitar e uma vez eles pediram para que eu os seguisse. Não sei quanto tempo, mas depois de goras, dias, eu chego num lugar no meio da floresta e eles afastam a vegetação e então eu vejo uma grande rocha e e nela a figura do Buda esculpida. Eu fiquei perplexo. Eles não falavam comigo, mas faziam gestos para que eu tocasse na imagem. No momento exato em que coloco as mãos na pedra, foi como se abrisse uma tela na minha mente. Eu vi uma grande cidade e no centro dela um templo. Dentro do templo havia três budas e um deles tinha o meu rosto.
O PONTO - Foi neste momento que você encontra as respostas que estava procurando?
ROBERT - Neste momento eu me conecto com a Akasha, que é a grande biblioteca do universo, onde estão arquivados todos os conhecimentos sobre a humanidade. A partir daí eu comecei a aprender o que estamos fazendo aqui neste planeta. Eu passei a fazer perguntas para a Akasha sobre meu passado, a nossa história, quem nós somos e por que estamos aqui.
O PONTO - Você já sabe quem você é?
ROBERT - Não tudo. Todos nós somos muito mais do que sabemos.
O PONTO - Quanto tempo você ficou na floresta e como voltou para a civilização?
ROBERT - Eu vivi na floresta por três anos e passava meus dias acessando a Akasha e estudando. Aquele passou a ser o meu mundo e eu não queria sair de lá. Mas soldados norte-americanos me encontraram, me colocaram num helicóptero e me largaram em Bangkok (Tailândia). Era a guerra do Vietnã. Eles estavam tirando as pessoas dos vilarejos porque não queriam que ninguém soubesse o que estava acontecendo. Aldeões falaram que havia um estrangeiro na floresta e os soldados foram atrás de mim.
O PONTO - De volta à civilização, você começa a divulgar seus conhecimentos?
ROBERT - Eu estudei Taoísmo, ensinei filosofia na Inglaterra por quatro anos e, finalmente, passei a viajar pela Europa, fazendo seminários para dividir meus conhecimentos com outras pessoas.
O PONTO - A humanidade segue sua trajetória evolutiva e agora, na Era de Aquário, você diz que as pessoas estão começando a valorizar o conhecimento da razão pela qual estamos no mundo. Você pode apontar sinais ou fatos que demonstram que a “Era da busca da compreensão do significado da vida” começou?
ROBERT - As energias de Peixes e Aquário são diferentes. Antes, na Era de Peixes, havia segredo. Agora, tudo está aberto. Todos que têm algum conhecimento querem falar. Uma coisa que é prova dessa mudança é que muita gente começa a ver como é desonesto e corrupto nosso sistema. Quando as pessoas começam a ver que são como ratos em caixas, elas começam a sair das caixas. Com essa liberdade, as pessoas começam a buscar uma forma diferente de viver.
O PONTO - A história da humanidade é marcada pela busca do poder. O poder do homem sobre a natureza, do homem sobre o homem, de uma ideologia sobre a outra, de uma nação sobre as demais. Essa busca pelo poder tem contribuído para a manutenção de uma mundo cheio de medos, conflitos e incertezas, fazendo com que as pessoas passem suas vidas correndo atrás de pequenos poderes que lhes permitam não sentir medo, nem viver conflitos e incertezas. Essa corrida, no entanto, não premiou as pessoas com o que elas esperavam, a felicidade. Gostaria que você comentasse sobre isso.
ROBERT - É preciso entender que todos nós somos programados para pensar de uma determinada forma. O governo parece nosso amigo, os professores parecem nossos amigos, mas eles não falam o que é bom para nós, eles não ensinam sobre nossos valores, nossas qualidades, eles não lembram que somos seres criadores. Eles ensinam a copiar. Por esse motivo, poucas crianças gostam da escola, porque elas sentem que alguma coisa está errada. Os jovens não são convidados a questionar e a melhorar as coisas, apenas a repetir. Nesse modelo somos tratados como números, fazemos provas a todo o tempo e quando a criança faz vem a prova ela é um bom robô. Crianças criativas escrevem as coisas que elas pensam e, por isso, são maus robôs. Com essa manipulação, tira-se a identidade da pessoa. Então, nós precisamos informar as pessoas que não somos robôs, somos seres criadores. Todos nós valorizamos os conhecimentos acadêmicos, mas nós precisamos lembrar quem nós somos. Esse é o conhecimento que devemos levar daqui.
O PONTO - Por que há tanta fome no mundo, tantos conflitos entre nações, etnias e dogmas religiosos?
ROBERT - Porque nós não aprendemos a amar os outros. Nós aprendemos a cuidar da nossa família e a pensar que o resto do mundo não é importante. Você ama a sua cultura e a outra cultura não presta. A pessoa não vê que o ser humano é uma só família.
O PONTO - Qual a relação entre poder, dinheiro e felicidade?
ROBERT - Poder, aqui no nosso planeta, é visto no dinheiro. Quanto mais dinheiro, mais poder. Isso é ilusão. Porque um dia, quando todo o sistema entrar em colapso, as pessoas que têm apenas dinheiro vão ficar sem nada, de uma hora para outra. O verdadeiro poder é o amor. O seu poder é o seu amor. Amor é espírito e espírito é sabedoria. Nosso espírito nos guia através da nossa intuição para fazermos a coisa certa. Não é importante o que você sabe aqui (na cabeça), mas o que você sabe aqui no coração. O importante é que você tenha um canal aberto com a sua intuição, para que a intuição o leve às coisas certas. Quando você usa a intuição, você tem confiança em si mesmo. Ops, pouca gente tem! Quando você tem confiança no seu poder, no seu coração e na sua ligação com o espírito, você tem a resposta para tudo e automaticamente conecta e expressa a sua verdade. Essa conexão com o coração, com o espírito, faz com que toda a prosperidade venha ao seu encontro, porque você está sendo criador da sua vida. Se você é o criador, você não vive na pobreza.
O PONTO - O que você recomendaria para quem está interessado em buscar esse saber?
ROBERT - As pessoas precisam entender um pouquinho das leis do universo. Por exemplo, a lei do carma. O que você atrai para sua vida é conseqüência da sua criação. Quando você encontra uma pessoa que é má para você, não brigue mais. Pense: “O que eu preciso mudar na minha consciência para não atrair mais essa experiência?”. Quando a gente pensa desse jeito, a gente começa a mudar para uma consciência mais tolerante e amorosa.
O PONTO - No nosso dia-a-dia vivemos situações que revelam nossa maneira “ultrapassada” de ser e lidar com a realidade e que são oportunidades de mudança, portanto, merecedoras de nossa atenção. Qual o papel da intensificação dos nossos problemas e dos conflitos no mundo no despertar da nossa consciência e no encontro com o nosso poder interior?
ROBERT - A intensificação está acontecendo porque não fizemos nada no passado para melhorar. Quando você olha o mundo e todo esse caos, isso é o reflexo do nosso desinteresse no passado da nossa vida, é o espelho da falta do amor. Esse espelho fica mais forte para estimular as pessoas a mudar. É um empurrão para a humanidade. Tudo que está acontecendo para você é o seu passado. O que é bom no passado é bom agora, o que é ruim no passado é ruim agora. Você deve mudar, e essas experiências são uma nova chance para isso. Todo encontro é um encontro com você. Quando você encontra alguma coisa que você não gosta, esse é o momento de se perguntar por que você não gosta. O que você vê de dificuldade em outras pessoas é o espelho das suas inabilidades, da falta do conhecimento de si mesmo. Quando você entende isso, você responde de um forma diferente. Isso requer atenção e treino. Precisamos estimular as pessoas a reconhecer o que é verdadeiro e o que não é. Precisamos viver com mais responsabilidade e honestidade, para com o próximo e para com nós mesmo. Precisamos descobrir que somos divinos.
O PONTO - É possível que, ao lerem seu livro ou ao ouvirem você nos seus seminários, as pessoas se sintam animadas diante da possibilidade de descobrir uma forma mais feliz de viver. Mas é possível, também, que se sintam angustiadas diante da dificuldade de colocar em prática essa nova forma de viver.
ROBERT - O único obstáculo que impede que as pessoas consigam isso é o medo. Quando você é criança, você escuta a mesma coisa. Você tem que fazer o que os outros dizem, mas você quer fazer outra coisa, então é punido. Então, adquire todos os medos, medo da morte, da solidão, do futuro e não sabe mais como criar, ficando totalmente controlado por dogmas e pensamentos que não são verdadeiros. Quando você tem medo, você nunca expressa o seu verdadeiro ser, você expressa o seu medo. Você deve se perguntar quais são seus medos. Depois, um por um, você deve ir eliminando.
O PONTO - Você fala que estamos num mundo tridimensional no qual nossa missão é recordar quem realmente somos e expressar nossa sabedoria, através da compreensão e aceitação das polaridades, do conhecimento sobre nós mesmos, e da conquista da liberdade diante das possibilidades. Para que outros mundos nos levará esse conhecimento?
ROBERT - Nós estamos no mundo que nós merecemos. Nossa consciência nos leva para níveis onde nos sentimos confortáveis. Pessoas amorosas, com habilidade para reconhecer as outras pessoas como parte da sua família, são diferentes de pessoas que olham as outras pessoas para usar e ganhar mais dinheiro. Nosso mundo vai se dividir em dois, ficando uma parte na terceira dimensão e outra, espiritual, vai para níveis mais elevados de amor e luz.
O PONTO - “Os eventos do mundo externo são reflexo do mundo interno.” Como podemos mudar o mundo à nossa volta?
ROBERT - A única coisa que você pode mudar é a si mesmo. Quando você tem outra atitude, outro jeito, você é um exemplo para as outras pessoas. Então, você muda o mundo através da sua atitude.
O PONTO - Fala-se que o Brasil é o “celeiro do mundo” e que também é a “Pátria do Evangelho”. Como o senhor vê o Brasil?
ROBERT - O Brasil é a última esperança. Aqui, a maioria das pessoas tem muita conexão com os sentimentos. As pessoas são muito mais conectadas com o lado espiritual. Além disso, temos muito cristal no Brasil, que atrai luz. No futuro, muita gente vem para cá, porque teremos abundância em comida e abundância em amor.
O PONTO - O que não pode deixar de ser dito para um grande empresário?
ROBERT - Sirva às pessoas. Nós precisamos fazer negócios para servir às pessoas e ajudá-las a viver bem.
O PONTO - Para um operário que volta para casa depois de um dia de trabalho?
ROBERT - Acredite em si mesmo. A pobreza está dentro da consciência. Quando ele encontrar a riqueza interior, ele deixará de ser pobre. É preciso aprender que todo trabalho é um servir. Quando todos entenderem isso, não teremos mais problemas.
O PONTO - Para um governante?
ROBERT - Se ele é um governante é porque tem habilidades para liderar, portanto ele deve liderar as pessoas para chegarem à paz, com elas mesmas e com os outros. Deve usar de criatividade e trabalhar não para ganhar, mas porque adora trabalhar.
O PONTO - E para os jovens?
ROBERT - Os jovens precisam entender que são criadores e que chegam aqui para criar um mundo melhor. Se eles fazem a mesma coisa que fizeram no passado, eles não vão melhorar nada. Devem observar com novos olhos e perguntar: “Eu quero fazer isso?” Devem fazer suas escolhas e sentir mais confiança em si mesmos, expressando o que eles pensam para melhorar.
O PONTO - Como devemos olhar as crianças?
ROBERT - Todas são seres de luz muito avançados e que vieram aqui para nos ensinar.
http://www.roberthappe.net/port/oponto.htm
Gandharva é : Pupilo do INDAC - Escola de Atores / Estudante de Filosofia da UNIFESP.
domingo, 26 de outubro de 2008
O Ultimo Discurso....
O último discurso
de “O Grande Ditador”
Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos
de “O Grande Ditador”
Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos
terça-feira, 14 de outubro de 2008
A História é o meu asilo
Acho interessante isso de sentir que está vivendo a História. Por um lado, acredita-se que quem vive de História é museu por isso não se tem nada a ver com ela. Por outro, é divertido ver o fascínio das pessoas por viver a História e pelo passado como um todo. Estamos vivendo, agora, uma época economicamente turbulenta e logo vem na cabeça de várias pessoas o ano de 1929. Hoje, impossível de comparar com a crise de quase 80 anos atrás, estamos soltos, suspensos, perdidos... Não há a famosa luta de classes para justificar o início dessa crise nem a crença de que todo o sistema capitalista vai ruir. Sabe o princípio de Lavoisier de que nada se cria, tudo se transforma? Aplique a situação atual e verás que, de um jeito ou de outro, esse princípio é de fato universal.
A História vai acontecendo bem debaixo do seu nariz. Você que não consegue ver para além e fazer diferente. Porque em museus está a História coletiva e material. A sua, a imaterial e pessoa, está ao seu alcance e em ritmo de espera. Já quanto a ver História acontecer... Acho que não haverá filmes Hollywoodianos sobre este momento em que vivemos para você apontar o dedo e dizer orgulhoso para os seus netos: Isso eu vi e vivi. Ou será que seus netos também não darão a mínima para o passado e vão te querer num museu?
A História vai acontecendo bem debaixo do seu nariz. Você que não consegue ver para além e fazer diferente. Porque em museus está a História coletiva e material. A sua, a imaterial e pessoa, está ao seu alcance e em ritmo de espera. Já quanto a ver História acontecer... Acho que não haverá filmes Hollywoodianos sobre este momento em que vivemos para você apontar o dedo e dizer orgulhoso para os seus netos: Isso eu vi e vivi. Ou será que seus netos também não darão a mínima para o passado e vão te querer num museu?
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
12 de outubro.
CADE O MEU PRESENTE O MEU ABRAÇO
A BICICLETA QUE EU SONHEI NÃO VEM COM O LAÇO
NÃO TEM BOLO NEM ALEGRIA
É DIA DAS CRIANÇAS
MAS NÃO PRA PERIFERIA
QUERIA FUGIR DAQUI
É IMPOSSIVEL EU NÃO QUERIA VER LAGRIMAS
É DIFICIL, MEUS EXEMPLOS DE VITÓRIA
ESTÃO TODOS NA ESQUINA
DE TEMPRA, DE GOLF
VENDENDO COCAINA, BEM MELHORES QUE MINHA MÃE NO PÉ DA CRUZ
PEDINDO COMIDA UM MILAGRE PRA JESUS
ANTES DOS 12 EU VOU ESTAR COM 1 OITÃO
MATANDO ALGUÉM SEM COMPAIXÃO, VOU VER O FILHO A MULHER
CHORANDO NO CORPO VOU DAR RISADA VOU DAR MAIS UNS 4 NO MORTO
EU VOU BRINCAR DE ASSASINO DISCARREGANDO UM 38 LEGAL CARA
EXPLODINDO VUANDO UM OLHO
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS
PRA SORRIR NÃO EXISTE PRESENTE NA CAIXA COM FITA SÓ MULEQUE
MORRENDO NA MESA DE CIRURGIA
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI
QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS PRA SORRIR
NÃO EXISTE PRESENTE E ALEGRIA
NEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFRIA
NÃO DÁ PRA SER CRIANÇA COMENDO LIXO
ENRROLADO NUM COBERTOR SUJO E FEDIDO
É DÁ ESMOLA PELO AMOR DE DEUS NUM DIA
NO OUTRO É ASSALTO NÃO REAGE VADIA
O QUE EU VOU SER QUANDO EU CRESCER
QUER DIZER SE EU CRESCER
SE EU NÃO MORRER UM ASSALTANTE DE BANCO UM ASSASINO
DISCARREGANDO MINHA P.T NO SEU FILHO
EU VOU FAZER UM ROLE E BUSCAR MEU PRESENTE UMA VITIMA
ANEL DE OURO CORRENTE, VOU MOSTAR MINHA PUREZA
VOU MATAR O CUZÃO POR UMA CARTEIRA FELIZ
DIA DAS CRIANÇAS É 12 DE OUTUBRO
POE UM BRINQUEDO EM CIMA DO MEU TUMULO
QUEM BRINCA COM REVOLVER NÃO CONHECE A ALEGRIA
NÃO TEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFERIA
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI
QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS PRA SORRIR
NÃO EXISTE PRESENTE E ALEGRIA
NEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFRIA
POSTO DE SAUDE PAZ GRAJAU
FELIZ 12 DE OUTUBRO ZONA SUL DISRESPEITO
UM MÉDICO AUSENTE O FILHO DO NORDESTINO
AQUI NÃO É GENTE
DEPOIS QUEREM FORMATURA E ALEGRIA MAIS QUE SE FODA
SE EU ESTOU COM MININGINTE PNEUMUNIA
O BRASIL NÃO ME RESPEITA QUER ME VER MORRER
QUER UM PRESO A MAIS
PORQUE QUE EU FUI NASCER PRA NÃO TER
UM CARRINHO UM DANONE OU TRAFICO UMA DROGA
OU MORRO DE FOME SE NÃO METER UMA FACA NA SUAS COSTAS
A MINHA CHANCE É 100% DE ACABAR NESSA BOSTA
PRA TER UM BRINQUEDO SÓ COM LATROCINIO
SE NÃO FOR JOGADOR DE FUTEBOL VOU SER BANDIDO
QUERIA TER UM VIDEOGAME
COMO EU QUERIA MAS
NÃO TEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFERIA
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI
QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS PRA SORRIR
NÃO EXISTE PRESENTE E ALEGRIA
NEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFRIA
Facção Central.
A BICICLETA QUE EU SONHEI NÃO VEM COM O LAÇO
NÃO TEM BOLO NEM ALEGRIA
É DIA DAS CRIANÇAS
MAS NÃO PRA PERIFERIA
QUERIA FUGIR DAQUI
É IMPOSSIVEL EU NÃO QUERIA VER LAGRIMAS
É DIFICIL, MEUS EXEMPLOS DE VITÓRIA
ESTÃO TODOS NA ESQUINA
DE TEMPRA, DE GOLF
VENDENDO COCAINA, BEM MELHORES QUE MINHA MÃE NO PÉ DA CRUZ
PEDINDO COMIDA UM MILAGRE PRA JESUS
ANTES DOS 12 EU VOU ESTAR COM 1 OITÃO
MATANDO ALGUÉM SEM COMPAIXÃO, VOU VER O FILHO A MULHER
CHORANDO NO CORPO VOU DAR RISADA VOU DAR MAIS UNS 4 NO MORTO
EU VOU BRINCAR DE ASSASINO DISCARREGANDO UM 38 LEGAL CARA
EXPLODINDO VUANDO UM OLHO
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS
PRA SORRIR NÃO EXISTE PRESENTE NA CAIXA COM FITA SÓ MULEQUE
MORRENDO NA MESA DE CIRURGIA
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI
QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS PRA SORRIR
NÃO EXISTE PRESENTE E ALEGRIA
NEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFRIA
NÃO DÁ PRA SER CRIANÇA COMENDO LIXO
ENRROLADO NUM COBERTOR SUJO E FEDIDO
É DÁ ESMOLA PELO AMOR DE DEUS NUM DIA
NO OUTRO É ASSALTO NÃO REAGE VADIA
O QUE EU VOU SER QUANDO EU CRESCER
QUER DIZER SE EU CRESCER
SE EU NÃO MORRER UM ASSALTANTE DE BANCO UM ASSASINO
DISCARREGANDO MINHA P.T NO SEU FILHO
EU VOU FAZER UM ROLE E BUSCAR MEU PRESENTE UMA VITIMA
ANEL DE OURO CORRENTE, VOU MOSTAR MINHA PUREZA
VOU MATAR O CUZÃO POR UMA CARTEIRA FELIZ
DIA DAS CRIANÇAS É 12 DE OUTUBRO
POE UM BRINQUEDO EM CIMA DO MEU TUMULO
QUEM BRINCA COM REVOLVER NÃO CONHECE A ALEGRIA
NÃO TEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFERIA
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI
QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS PRA SORRIR
NÃO EXISTE PRESENTE E ALEGRIA
NEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFRIA
POSTO DE SAUDE PAZ GRAJAU
FELIZ 12 DE OUTUBRO ZONA SUL DISRESPEITO
UM MÉDICO AUSENTE O FILHO DO NORDESTINO
AQUI NÃO É GENTE
DEPOIS QUEREM FORMATURA E ALEGRIA MAIS QUE SE FODA
SE EU ESTOU COM MININGINTE PNEUMUNIA
O BRASIL NÃO ME RESPEITA QUER ME VER MORRER
QUER UM PRESO A MAIS
PORQUE QUE EU FUI NASCER PRA NÃO TER
UM CARRINHO UM DANONE OU TRAFICO UMA DROGA
OU MORRO DE FOME SE NÃO METER UMA FACA NA SUAS COSTAS
A MINHA CHANCE É 100% DE ACABAR NESSA BOSTA
PRA TER UM BRINQUEDO SÓ COM LATROCINIO
SE NÃO FOR JOGADOR DE FUTEBOL VOU SER BANDIDO
QUERIA TER UM VIDEOGAME
COMO EU QUERIA MAS
NÃO TEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFERIA
HOJE É DIA DAS CRIANÇAS E DAI
QUEM VE SANGUE NÃO TEM MOTIVOS PRA SORRIR
NÃO EXISTE PRESENTE E ALEGRIA
NEM DIA DAS CRIANÇAS NA PERIFRIA
Facção Central.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Ecobag na mão e consciência ambiental na cabeça.
Na sociedade de consumo na qual estamos inseridos, uma simples saída rápida pode significar muitas compras e uma quantidade considerável de sacolas plásticas à mão. E foi pensando nisso que alguns estabelecimentos comerciais resolveram aderir às ecobag´s.
Confeccionadas geralmente em fibra de algodão cru, resistentes e charmosas, além de ecologicamente corretas, as ecobags estão sendo adotadas por consumidores mais conscientes, ao mesmo tempo em que são lançadas campanhas incentivando o seu uso. No Brasil, principalmente em estados pequenos como o Rio Grande do Norte, ainda é novidade. Mas no exterior as bolsas ecológicas já existem como alternativa para as sacolas plásticas há anos.
A preocupação em disseminar a idéia vem despertando a criatividade de estilistas para a confecção dessas sacolas que, então, deixam de ter apenas um significado utilitário para, também, representar uma novidade estética, despertando o interesse do público feminino. Dessa forma, unir moda com responsabilidade ambiental tornou-se uma ferramenta para atrair consumidores, além de levar os indivíduos a adotarem uma postura ecologicamente sustentável a partir de pequenas atitudes.
Um exemplo dessa satisfatória tendência aconteceu na Livraria Cultura de Recife. O estabelecimento obteve grande aceitação por parte do público, esgotando o primeiro lote das sacolas ecológicas em pouquíssimo tempo. As bolsas são confeccionadas em lona natural e, como estampa, carregam imagens e nomes de personalidades de destaque nas ciências e artes em geral. O preço pode parecer um tanto salgado – R$10 – se pensarmos que precisaríamos de mais de uma unidade para satisfazer nossas necessidades de consumo, entretanto, o produto ainda está em fase experimental e deve, em breve, atingir um valor menor.
Um exemplo dessa satisfatória tendência aconteceu na Livraria Cultura de Recife. O estabelecimento obteve grande aceitação por parte do público, esgotando o primeiro lote das sacolas ecológicas em pouquíssimo tempo. As bolsas são confeccionadas em lona natural e, como estampa, carregam imagens e nomes de personalidades de destaque nas ciências e artes em geral. O preço pode parecer um tanto salgado – R$10 – se pensarmos que precisaríamos de mais de uma unidade para satisfazer nossas necessidades de consumo, entretanto, o produto ainda está em fase experimental e deve, em breve, atingir um valor menor.
A idéia é adotar a filosofia das feiras livres, onde cada freguês leva a sua própria bolsa de casa. Nos supermercados, por exemplo, cada cliente representa uma quantidade enorme de sacolas plásticas por comprar, o que seria evitado com o uso de bolsas de pano trazidas por cada um. O Bompreço já incorporou a novidade e promete investir na divulgação da idéia para que seus clientes tornem-se, de fato, usuários.
Atitudes como essas, aos poucos, vêm ganhando espaço no Brasil e vão configurando uma espécie de política ambiental, em que cada indivíduo assume uma postura socialmente responsável, construindo a possibilidade de vivermos dentro de um sistema que pode vir a ser plenamente sustentável.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Busca na Unifesp
Busca na Unifesp Foram recolhidos computadores e documentos na administração. Decisão da Justiça Federal veio após denúncia do SPTV.
O Ministério Público fez uma operação, nesta quinta-feira (18), para recolher computadores e documentos na administração da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Segundo a promotoria, a Justiça determinou a busca e a apreensão na universidade porque havia indícios de que provas estavam sendo destruídas.
A decisão da Justiça veio depois de denúncias feitas pelo SPTV, que mostrou que funcionários da Unifesp apareciam no banco de dados do SUS como se tivessem dois empregos. Até funcionários que morreram há mais de três anos apareciam na lista, como se ainda trabalhassem.
A antiga direção da universidade, que pediu demissão há três semanas, é investigada pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato e peculato, que é o uso indevido do dinheiro público.
Auditoria da CGU identifica novas irregularidades
Controladoria diz que universidade pagou aluguel com dinheiro público.
Imóveis eram usados por instituição privada.
O SPTV teve acesso a informações de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que aponta novas irregularidades nas contas da Unifesp. A universidade pagou com dinheiro público o aluguel de imóveis para a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), entidade privada que administra o Hospital São Paulo.
A presidência da SPDM era formada pelos mesmos integrantes da reitoria da Unifesp. Sérgio Tufik, ex-vice-reitor da universidade, deixou a vice-presidência da SPDM nesta terça-feira (9). A entidade já estava sem presidente há duas semanas, quando Ulysses Fagundes Neto renunciou ao cargo de reitor da universidade após denúncias de uso indevido de verbas públicas.
A troca da presidência da SPDM acontece às vésperas da divulgação do resultado de uma auditoria feita pela Controladoria Geral da União na Unifesp. O relatório apontou novas irregularidades nas contas da universidade e em sua relação com a entidade privada que administra o Hospital São Paulo.
Os contratos de aluguel de imóveis que ficam perto do hospital e dos campi da Unifesp na Vila Clementino, na Zona Sul de SP, são um dos principais problemas apontados pela auditoria da CGU.
Um dos contratos diz respeito a um prédio que fica na Rua Diogo de Faria, 1.036. No local, funciona a administração da SPDM, mas quem paga o aluguel do imóvel, quase R$ 50 mil por mês, é a Unifesp, com dinheiro público. No relatório, a CGU sugere que a entidade devolva R$ 724 mil, que foram gastos nos últimos anos com o imóvel. A Unifesp informou que nos próximos dias vai transferir o contrato do imóvel para a SPDM
Em meio à crise, a Unifesp recebeu uma boa notícia. Segundo um novo indicador do Ministério da Educação, a universidade foi considerada a melhor do país. No entanto, alunos da universidade que estudam em outras cidades não concordam e resolveram protestar na capital paulista.
“No campus de Guarulhos [Grande SP], falta professor, falta biblioteca, nós não temos bandejão, não temos acesso, não temos moradia”, reclama o estudante de ciências sociais Tales Bernardes.
www.cbn.com.br
Obrigado Suely ;)
O Ministério Público fez uma operação, nesta quinta-feira (18), para recolher computadores e documentos na administração da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Segundo a promotoria, a Justiça determinou a busca e a apreensão na universidade porque havia indícios de que provas estavam sendo destruídas.
A decisão da Justiça veio depois de denúncias feitas pelo SPTV, que mostrou que funcionários da Unifesp apareciam no banco de dados do SUS como se tivessem dois empregos. Até funcionários que morreram há mais de três anos apareciam na lista, como se ainda trabalhassem.
A antiga direção da universidade, que pediu demissão há três semanas, é investigada pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato e peculato, que é o uso indevido do dinheiro público.
Auditoria da CGU identifica novas irregularidades
Controladoria diz que universidade pagou aluguel com dinheiro público.
Imóveis eram usados por instituição privada.
O SPTV teve acesso a informações de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que aponta novas irregularidades nas contas da Unifesp. A universidade pagou com dinheiro público o aluguel de imóveis para a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), entidade privada que administra o Hospital São Paulo.
A presidência da SPDM era formada pelos mesmos integrantes da reitoria da Unifesp. Sérgio Tufik, ex-vice-reitor da universidade, deixou a vice-presidência da SPDM nesta terça-feira (9). A entidade já estava sem presidente há duas semanas, quando Ulysses Fagundes Neto renunciou ao cargo de reitor da universidade após denúncias de uso indevido de verbas públicas.
A troca da presidência da SPDM acontece às vésperas da divulgação do resultado de uma auditoria feita pela Controladoria Geral da União na Unifesp. O relatório apontou novas irregularidades nas contas da universidade e em sua relação com a entidade privada que administra o Hospital São Paulo.
Os contratos de aluguel de imóveis que ficam perto do hospital e dos campi da Unifesp na Vila Clementino, na Zona Sul de SP, são um dos principais problemas apontados pela auditoria da CGU.
Um dos contratos diz respeito a um prédio que fica na Rua Diogo de Faria, 1.036. No local, funciona a administração da SPDM, mas quem paga o aluguel do imóvel, quase R$ 50 mil por mês, é a Unifesp, com dinheiro público. No relatório, a CGU sugere que a entidade devolva R$ 724 mil, que foram gastos nos últimos anos com o imóvel. A Unifesp informou que nos próximos dias vai transferir o contrato do imóvel para a SPDM
Em meio à crise, a Unifesp recebeu uma boa notícia. Segundo um novo indicador do Ministério da Educação, a universidade foi considerada a melhor do país. No entanto, alunos da universidade que estudam em outras cidades não concordam e resolveram protestar na capital paulista.
“No campus de Guarulhos [Grande SP], falta professor, falta biblioteca, nós não temos bandejão, não temos acesso, não temos moradia”, reclama o estudante de ciências sociais Tales Bernardes.
www.cbn.com.br
Obrigado Suely ;)
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
VEJA, QUE VERGONHA
A degradação jornalística da revista Veja foi fruto de dois fenômenos simultâneos que sacudiram a mídia nos últimos anos: a mistura da cozinha com a copa (redação e comercial) e o afastamento dos princípios jornalísticos básicos.
Vamos analisar um processo de cada vez.
A copa e a cozinha
Os grupos de mídia sempre tiveram interesses paralelos em jogo. Para não contaminar as redações, se procurava tratar em âmbito das cúpulas das empresas. Sempre havia maneiras “técnicas” de vetar determinadas matérias que não interessavam, assim como conferir tratamento jornalístico a matérias de interesse da casa.
Para administrar esse território delicado, as boas redações jamais prescindiram de comandantes fortes e competentes. São os avalistas do jornalismo perante a empresa e da empresa perante a redação. Não vão contra a lógica comercial, mas são os radares, aqueles que informam até onde se pode avançar no noticiário sem comprometer a credibilidade da publicação.
Após a crise cambial de janeiro de 1999, o quadro começou a mudar. Apertos financeiros levaram gradativamente muitas publicações a abrirem mão de cuidados básicos, não só permitindo a promiscuidade entre a copa e a cozinha (redação e comercial), mas também manobras de mercado. Quanto às manobras de mercado, deixo apenas registrado, porque não será tema dessa série.
No início de 1999, um episódio marcaria os novos tempos de Veja. Em 10 de março de 1999, em pleno escândalo das “fitas do BNDES”, a revista recebeu material demonstrando que a Previ tinha assinado acordo com o banco Opportunity, de Daniel Dantas, mesmo tendo sido desaprovado por sua diretoria. A matéria foi feita pelo repórter Felipe Patury (clique aqui).
"No início de fevereiro, um diretor do fundo, Arlindo de Oliveira, mandou uma carta ao presidente da Previ. São três páginas, e o tom é de indignação, expresso em frases que se encerram com três pontos de exclamação. Na carta, o diretor relata que a diretoria da Previ, reunida em julho do ano passado, decidiu que não faria parceria com o Opportunity no leilão das teles tendo de pagar ao banco 7 milhões de reais por ano de "taxa de administração". A diretoria achou o valor descabido e decidiu só fazer o negócio se não tivesse de pagar a taxa. O estranho é que essa decisão foi ignorada. A Previ associou-se ao Opportunity na compra de três teles (Tele Centro Sul, Telemig Celular e Tele Norte Celular) e comprometeu-se a arcar com os 7 milhões de reais por ano, apesar da decisão contrária da diretoria".
Segundo a matéria, a Previ também havia entrado – sem autorização da diretoria – na operação de compra da Telemar que – na época – pensava-se que sairia para o Opportunity.
Na semana seguinte, o repórter conseguiu mais material das suas fontes. Chegou a preparar a matéria. Uma semana depois, na edição de 17 de março de 1999, a matéria não saiu publicada. Mas, pela primeira vez, o banco Opportunity – denunciado na edição anterior – bancou duas páginas de publicidade na revista
Não batia. O Opportunity não é banco de varejo, não atua sequer no middle market, não havia lembrança de publicidade dele nem mesmo em revistas especializadas – como a Exame.
No dia 31 de março de 1999, mais duas páginas de publicidade do Opportunity.
Esse mesmo procedimento – em mão inversa – seria empregado nas duas edições em que Diogo Mainardi me atacou, em defesa de Daniel Dantas. Só que, nesses casos, a fatura foi mais alta: 6 páginas de publicidade da Telemig Celular e Amazônia Celular em cada edição, 12 ao todo. Também não se justificava tamanho investimento publicitário por parte de empresas que tinham atuação regional.
Qualquer manual de administração ensina que, quando a empresa passa a fugir do comportamento ético nas suas ações externas, acaba contaminando toda a estrutura.
Aparentemente, ocorreu um liberou geral na revista. É o que explica as atitudes de Eurípedes com Eduardo Fischer ou as de Mário Sabino manipulando listas de livros mais vendidos para incluir o seu. E o lobby escancarado da revista em favor de Daniel Dantas, especialmente através das colunas de Diogo Mainardi.
Com escorregões cada vez mais freqüentes, tornou-se difícil – mesmo para os leitores mais atilados – identificar o que eram falhas editoriais, interesse da Abril ou interesse dos diretores da revista.
Havia um fator a mais a estimular a falta de controle: a desobediência ampla aos princípios jornalísticos básicos. E aí se encontra um farto material sobre o mais completo compêndio de anti-jornalismo que a história moderna da mídia brasileira registrou: o estilo Veja de jornalismo.
Desde os anos 80, cada vez mais Veja se especializaria em “construir” matérias que assumiam vida quase independente dos fatos que deveriam respaldá-las. Definia-se previamente como “seria” a matéria. Cabia aos repórteres apenas buscar declarações que ajudassem a colocar aquele monte de suposições em pé.
Essa preparação prévia da reportagem ocorre toda segunda-feira nas reuniões de editores. É chamada de "pensata".
O que era um estilo criticável, com o tempo acabou tornando-se uma compulsão, como se a revista não mais precisasse dos fatos para compor suas reportagens. Ela se tornou uma ficção ampla, algo que é de conhecimento geral dos jornalistas brasileiros.
Ainda nos anos 80, o caso mais célebre foi o do “boimate” – criação de Eurípedes Alcântara, já mencionado em outro capítulo.
Mas, à medida que se entrava na era Tales Alvarenga- Eurípedes- Sabino, final dos anos 90 em diante, esse estilo ficcional passou a arrostar os limites da verossimilhança.
O primeiro filtro sobre uma matéria é avaliar se os fatos relatados são verossímeis. Se passar nesse teste básico, é que se irá conferir se, mesmo sendo verossímeis, também são verdadeiros.
Com o tempo, tornaram-se cada vez mais freqüentes as matérias absurdas, sem nexo, sem conhecimento básico sobre economia, finanças, valores, relações de causalidade. Sobre jornalismo, enfim.
O modelo Veja de reportagem
Antes de análises de caso, vamos a uma pequena explicação sobre como é esse modelo Veja de reportagem.
1. Levantam-se alguns dados verdadeiros, mas irrelevantes ou que nada tenham a ver com o contexto da denúncia, mas que passem a sensação de que o jornalista acompanhou em detalhes o episódio narrado.
2. Depois juntam-se os pontos, cria-se um roteiro de filme, muitas vezes totalmente inverossímil, mas calçado nos fatos supostamente verdadeiros.
3. Para “esquentar” a matéria ou se inventam frases que não foram pronunciadas ou se tiram frases do contexto ou se confere tratamento de escândalo a fatos banais. Tudo temperado por forte dose de adjetivação.
O caso "boimate" é clássico. Depois de cair no conto de 1o de abril da New Scientist - sobre um cruzamento de boi com tomate que resultou em uma carne com molho -, envia-se um repórter para obter uma frase de efeito de um cientista da USP.
O repórter perguntou o que o cientista achava. A resposta foi que era impossível tal experimento. O repórter tinha que voltar com a frase que se encaixasse na matéria, então insistiu: "E se fosse possível!". O cientista, ironizando: "Seria a maior revolução da história da genética".
A matéria saiu com a frase do infeliz dizendo que era a maior revolução da história da genética.
Dentre todos os repórteres, no entanto, nenhum se esmerou mais na arte ficcional do que Policarpo Júnior, recentemente promovido a Diretor da Sucursal de Brasília. Assim como Lauro Jardim e Mainardi cultivam os lobistas cariocas, Policarpo é um freqüentador habitual do submundo de Brasília, convivendo com arapongas, policiais e lobistas em geral.
Vamos a alguns exemplos pré-governo Lula para entender, na prática, em que consiste esse estilo Veja, a partir de algumas obras de Policarpo.
O caso Chico Lopes
Em janeiro de 1999, quando houve o estouro no câmbio, seguiu-se uma catarse geral na mídia, uma busca de escândalos a qualquer preço. Foram publicados absurdos memoráveis que acabaram se perdendo no tempo – como o de que Fernando Henrique Cardoso se valia do seu Ministro-Chefe da Casa Civil Clóvis Carvalho para informar os banqueiros sobre as mudanças cambiais.
O escândalo refluiu, cada publicação tratou de esquecer as ficções que plantou e a vida prosseguiu.
Na época, Veja publicou uma capa acusando Chico Lopes de ter beneficiado os bancos Marka e FonteCindam com informações privilegiadas. Chegou a afirmar que quatro bancos pagavam US$ 500 mil mensais para ele (clique aqui).
A matéria não respondia à questão central: se os dois bancos recebiam informações privilegiadas de Chico Lopes, se Chico assumiu a presidência do Banco Central com a missão precípua de mudar a política cambial porque, raios!, apenas eles quebraram na mudança? Na época, a explicação de Veja já era absurda. Assoberbado com os problemas da mudança cambial, Chico tinha se esquecido de avisar seus clientes (que lhe pagavam US$ 500 mil mensais apenas para ter aquela informação).
O mistério persistiu até o dia 23 de maio de 2001 quando saiu a capa da Veja “A História Secreta de um Golpe Bilionário” um clássico à altura do “boimate”, de Eurípedes Alcântara (clique aqui).
A abertura nada ficava a dever a um conto de Agatha Christie.
O momento mais dramático do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso ocorreu no dia 13 de janeiro de 1999.(...) O que ninguém sabia é que, desde aquele dia, um grupo reduzidíssimo de altos membros do governo passou a guardar um segredo de Estado, daqueles que só se revelam vinte anos depois da morte de um presidente. Após quatro meses de investigação e 22 entrevistas com catorze personagens envolvidos, VEJA desvendou peças essenciais para o esclarecimento do mistério, que resultou na inesperada, e até hoje inexplicada, demissão do presidente do Banco Central apenas duas semanas depois da desvalorização.
A demissão de Lopes tinha sido mais que explicada: os erros na condução da mudança da política cambial.
O então presidente do Banco Central, o economista Francisco Lopes, vendia informações privilegiadas sobre juros e câmbio – e uma parte de sua remuneração saía da conta número 000 018, agência 021, do Bank of New York. A conta pertencia a uma empresa do Banco Pactual, a Pactual Overseas Bank and Trust Limited, com sede no paraíso fiscal das Bahamas. Chico Lopes, como é conhecido, repassava as informações para dois parceiros, que se encarregavam de levá-las aos clientes do esquema. Os contatos entre os três eram feitos por meio de aparelhos celulares. A Polícia Federal suspeita que os números sejam os seguintes: 021-99162833, 021-99835650 e 021-99955055
Salvatore Alberto Cacciola, então dono do banco Marka, do Rio de Janeiro, descobriu todo o esquema por meio de um grampo telefônico ilegal e também passou a ter as mesmas informações privilegiadas. As fitas, que registram as conversas grampeadas, estão guardadas num cofre no Brasil – e há cópias depositadas num banco no exterior. Cacciola chegou a custear viagens a Brasília para que seu contato obtivesse, pessoalmente, as informações de Chico Lopes. Numa delas, seu contato voou do Rio a Brasília num jatinho da Líder Táxi Aéreo (o aluguel do jato saiu por 10 500 reais) e hospedou-se no hotel Saint Paul (a conta: 222,83 reais). Quebrado com a mudança cambial, que seu informante não conseguiu avisar-lhe a tempo, Cacciola desembarcou em Brasília no dia seguinte, 14 de janeiro de 1999, com o que chamou de "uma bazuca". Ela estava carregada de chantagem: ou o BC lhe ajudava ou denunciaria ao país a existência do esquema. O BC ajudou. Vendeu dólar abaixo da cotação e, no fim, Cacciola levou o equivalente a 1 bilhão de reais.
Era um furo fantástico! Em vez de pagar US$ 500 mil mensais, Cacciola descobrira o modo mais barato de obter informações privilegiadas: grampeando celulares.
Na mesma abertura se dizia que ele se informava através de um “grampo” e que tinha um informante.
Nem se fale do contra-senso de alguém experiente em mercado jogar todo seu futuro no resultado de um “grampo”. Qualquer decisão de mudança de política cambial seria imprevista, da noite para o dia. Como confiar toda sua vida financeira a um mero “grampo”?
Segundo a matéria, no dia aziago o grampo falhou e Cacciola quebrou. Indignado, foi tirar satisfações com Chico Lopes, que cedeu à chantagem.
Como foi montado esse nonsense?
Depois de “22 entrevistas com 14 personagens” envolvidos, Policarpo havia conseguido – de fato - as seguintes informações:
1. Com Luiz Cezar Fernandes, ex-controlador do Pactual, em briga com seus ex-sócios, o número da suposta conta-corrente do Pactual em Nova York de onde sairiam os supostos pagamentos para Chico Lopes. Na verdade o número apresentado era o de registro do banco na praça de Nova York, feito junto ao Banco de Nova York – equivale aquele 001 que você confere nos cheques do Banco do Brasil.
2. Na declaração de renda de Luiz Bragança (o suposto intermediário de Chico Lopes no vazamento das informações) algum araponga brasiliense levantou os números dos três celulares. Ou seja, o sujeito montava um esquema super-secreto para transmitir informações, que supostamente renderia US$ 500 mil mensais, valendo-se de telefones celulares – e colocava o numero dos aparelhos na sua declaração de renda.
Como tempero final, um apanhado de fatos e dos boatos mais inverossímeis que circularam por ocasião da mudança cambial.
Bastava isso para se para se ter um enredo que provocou gargalhadas em todos os jornalistas que cobriam a área financeira.
Na época apontei a maluquice; minha colega Mirian Leitão também. E menciono a Mirian por que, anos depois, essa crítica estimularia uma revanche de Veja: ataques continuados contra seu filho Matheus Leitão, repórter da revista Época. Essa história será contada em outro capítulo.
Citado na matéria, o economista Rubens Novaes enviou carta a Veja esclarecendo todos esses pontos. A carta jamais foi publicada. Ele limitou-se a enviar cópias para alguns jornalistas.
Longe de mim afirmar que não houve irregularidade, que Cacciola era inocente, ou mesmo colocar a mão no fogo por Chico Lopes. Na época, mesmo, divulguei indícios fortes de que Cacciola tinha, no mínimo, alguém que lhe passava informações sobre as taxas de juros praticadas pelo Central - e até sugeri a metodologia para identificar essa prática de "insider".
Mas era evidente que toda a matéria de Veja era uma ficção ampla.
Anote esse exemplo porque, longe de exceção, refletia um padrão de "jornalismo" presente em todas as coberturas bombásticas da revista.
Na era Eurípedes-Sabino, Policarpo, repórter de escândalos, freqüentador do submundo dos lobbies de Brasília, tornou-se diretor da sucursal da revista. E seria o autor das capas mais rocambolescas da cobertura do “mensalão”.
Coube a ele divulgar o vídeo em que o funcionário dos Correios, Mauricio Marinho, aceitou a propina de R$ 3 mil. E que deflagrou a campanha do “mensalão”.
Mas este é tema para um outro capítulo.
http://luis.nassif.googlepages.com/oestiloveja
Vamos analisar um processo de cada vez.
A copa e a cozinha
Os grupos de mídia sempre tiveram interesses paralelos em jogo. Para não contaminar as redações, se procurava tratar em âmbito das cúpulas das empresas. Sempre havia maneiras “técnicas” de vetar determinadas matérias que não interessavam, assim como conferir tratamento jornalístico a matérias de interesse da casa.
Para administrar esse território delicado, as boas redações jamais prescindiram de comandantes fortes e competentes. São os avalistas do jornalismo perante a empresa e da empresa perante a redação. Não vão contra a lógica comercial, mas são os radares, aqueles que informam até onde se pode avançar no noticiário sem comprometer a credibilidade da publicação.
Após a crise cambial de janeiro de 1999, o quadro começou a mudar. Apertos financeiros levaram gradativamente muitas publicações a abrirem mão de cuidados básicos, não só permitindo a promiscuidade entre a copa e a cozinha (redação e comercial), mas também manobras de mercado. Quanto às manobras de mercado, deixo apenas registrado, porque não será tema dessa série.
No início de 1999, um episódio marcaria os novos tempos de Veja. Em 10 de março de 1999, em pleno escândalo das “fitas do BNDES”, a revista recebeu material demonstrando que a Previ tinha assinado acordo com o banco Opportunity, de Daniel Dantas, mesmo tendo sido desaprovado por sua diretoria. A matéria foi feita pelo repórter Felipe Patury (clique aqui).
"No início de fevereiro, um diretor do fundo, Arlindo de Oliveira, mandou uma carta ao presidente da Previ. São três páginas, e o tom é de indignação, expresso em frases que se encerram com três pontos de exclamação. Na carta, o diretor relata que a diretoria da Previ, reunida em julho do ano passado, decidiu que não faria parceria com o Opportunity no leilão das teles tendo de pagar ao banco 7 milhões de reais por ano de "taxa de administração". A diretoria achou o valor descabido e decidiu só fazer o negócio se não tivesse de pagar a taxa. O estranho é que essa decisão foi ignorada. A Previ associou-se ao Opportunity na compra de três teles (Tele Centro Sul, Telemig Celular e Tele Norte Celular) e comprometeu-se a arcar com os 7 milhões de reais por ano, apesar da decisão contrária da diretoria".
Segundo a matéria, a Previ também havia entrado – sem autorização da diretoria – na operação de compra da Telemar que – na época – pensava-se que sairia para o Opportunity.
Na semana seguinte, o repórter conseguiu mais material das suas fontes. Chegou a preparar a matéria. Uma semana depois, na edição de 17 de março de 1999, a matéria não saiu publicada. Mas, pela primeira vez, o banco Opportunity – denunciado na edição anterior – bancou duas páginas de publicidade na revista
Não batia. O Opportunity não é banco de varejo, não atua sequer no middle market, não havia lembrança de publicidade dele nem mesmo em revistas especializadas – como a Exame.
No dia 31 de março de 1999, mais duas páginas de publicidade do Opportunity.
Esse mesmo procedimento – em mão inversa – seria empregado nas duas edições em que Diogo Mainardi me atacou, em defesa de Daniel Dantas. Só que, nesses casos, a fatura foi mais alta: 6 páginas de publicidade da Telemig Celular e Amazônia Celular em cada edição, 12 ao todo. Também não se justificava tamanho investimento publicitário por parte de empresas que tinham atuação regional.
Qualquer manual de administração ensina que, quando a empresa passa a fugir do comportamento ético nas suas ações externas, acaba contaminando toda a estrutura.
Aparentemente, ocorreu um liberou geral na revista. É o que explica as atitudes de Eurípedes com Eduardo Fischer ou as de Mário Sabino manipulando listas de livros mais vendidos para incluir o seu. E o lobby escancarado da revista em favor de Daniel Dantas, especialmente através das colunas de Diogo Mainardi.
Com escorregões cada vez mais freqüentes, tornou-se difícil – mesmo para os leitores mais atilados – identificar o que eram falhas editoriais, interesse da Abril ou interesse dos diretores da revista.
Havia um fator a mais a estimular a falta de controle: a desobediência ampla aos princípios jornalísticos básicos. E aí se encontra um farto material sobre o mais completo compêndio de anti-jornalismo que a história moderna da mídia brasileira registrou: o estilo Veja de jornalismo.
Desde os anos 80, cada vez mais Veja se especializaria em “construir” matérias que assumiam vida quase independente dos fatos que deveriam respaldá-las. Definia-se previamente como “seria” a matéria. Cabia aos repórteres apenas buscar declarações que ajudassem a colocar aquele monte de suposições em pé.
Essa preparação prévia da reportagem ocorre toda segunda-feira nas reuniões de editores. É chamada de "pensata".
O que era um estilo criticável, com o tempo acabou tornando-se uma compulsão, como se a revista não mais precisasse dos fatos para compor suas reportagens. Ela se tornou uma ficção ampla, algo que é de conhecimento geral dos jornalistas brasileiros.
Ainda nos anos 80, o caso mais célebre foi o do “boimate” – criação de Eurípedes Alcântara, já mencionado em outro capítulo.
Mas, à medida que se entrava na era Tales Alvarenga- Eurípedes- Sabino, final dos anos 90 em diante, esse estilo ficcional passou a arrostar os limites da verossimilhança.
O primeiro filtro sobre uma matéria é avaliar se os fatos relatados são verossímeis. Se passar nesse teste básico, é que se irá conferir se, mesmo sendo verossímeis, também são verdadeiros.
Com o tempo, tornaram-se cada vez mais freqüentes as matérias absurdas, sem nexo, sem conhecimento básico sobre economia, finanças, valores, relações de causalidade. Sobre jornalismo, enfim.
O modelo Veja de reportagem
Antes de análises de caso, vamos a uma pequena explicação sobre como é esse modelo Veja de reportagem.
1. Levantam-se alguns dados verdadeiros, mas irrelevantes ou que nada tenham a ver com o contexto da denúncia, mas que passem a sensação de que o jornalista acompanhou em detalhes o episódio narrado.
2. Depois juntam-se os pontos, cria-se um roteiro de filme, muitas vezes totalmente inverossímil, mas calçado nos fatos supostamente verdadeiros.
3. Para “esquentar” a matéria ou se inventam frases que não foram pronunciadas ou se tiram frases do contexto ou se confere tratamento de escândalo a fatos banais. Tudo temperado por forte dose de adjetivação.
O caso "boimate" é clássico. Depois de cair no conto de 1o de abril da New Scientist - sobre um cruzamento de boi com tomate que resultou em uma carne com molho -, envia-se um repórter para obter uma frase de efeito de um cientista da USP.
O repórter perguntou o que o cientista achava. A resposta foi que era impossível tal experimento. O repórter tinha que voltar com a frase que se encaixasse na matéria, então insistiu: "E se fosse possível!". O cientista, ironizando: "Seria a maior revolução da história da genética".
A matéria saiu com a frase do infeliz dizendo que era a maior revolução da história da genética.
Dentre todos os repórteres, no entanto, nenhum se esmerou mais na arte ficcional do que Policarpo Júnior, recentemente promovido a Diretor da Sucursal de Brasília. Assim como Lauro Jardim e Mainardi cultivam os lobistas cariocas, Policarpo é um freqüentador habitual do submundo de Brasília, convivendo com arapongas, policiais e lobistas em geral.
Vamos a alguns exemplos pré-governo Lula para entender, na prática, em que consiste esse estilo Veja, a partir de algumas obras de Policarpo.
O caso Chico Lopes
Em janeiro de 1999, quando houve o estouro no câmbio, seguiu-se uma catarse geral na mídia, uma busca de escândalos a qualquer preço. Foram publicados absurdos memoráveis que acabaram se perdendo no tempo – como o de que Fernando Henrique Cardoso se valia do seu Ministro-Chefe da Casa Civil Clóvis Carvalho para informar os banqueiros sobre as mudanças cambiais.
O escândalo refluiu, cada publicação tratou de esquecer as ficções que plantou e a vida prosseguiu.
Na época, Veja publicou uma capa acusando Chico Lopes de ter beneficiado os bancos Marka e FonteCindam com informações privilegiadas. Chegou a afirmar que quatro bancos pagavam US$ 500 mil mensais para ele (clique aqui).
A matéria não respondia à questão central: se os dois bancos recebiam informações privilegiadas de Chico Lopes, se Chico assumiu a presidência do Banco Central com a missão precípua de mudar a política cambial porque, raios!, apenas eles quebraram na mudança? Na época, a explicação de Veja já era absurda. Assoberbado com os problemas da mudança cambial, Chico tinha se esquecido de avisar seus clientes (que lhe pagavam US$ 500 mil mensais apenas para ter aquela informação).
O mistério persistiu até o dia 23 de maio de 2001 quando saiu a capa da Veja “A História Secreta de um Golpe Bilionário” um clássico à altura do “boimate”, de Eurípedes Alcântara (clique aqui).
A abertura nada ficava a dever a um conto de Agatha Christie.
O momento mais dramático do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso ocorreu no dia 13 de janeiro de 1999.(...) O que ninguém sabia é que, desde aquele dia, um grupo reduzidíssimo de altos membros do governo passou a guardar um segredo de Estado, daqueles que só se revelam vinte anos depois da morte de um presidente. Após quatro meses de investigação e 22 entrevistas com catorze personagens envolvidos, VEJA desvendou peças essenciais para o esclarecimento do mistério, que resultou na inesperada, e até hoje inexplicada, demissão do presidente do Banco Central apenas duas semanas depois da desvalorização.
A demissão de Lopes tinha sido mais que explicada: os erros na condução da mudança da política cambial.
O então presidente do Banco Central, o economista Francisco Lopes, vendia informações privilegiadas sobre juros e câmbio – e uma parte de sua remuneração saía da conta número 000 018, agência 021, do Bank of New York. A conta pertencia a uma empresa do Banco Pactual, a Pactual Overseas Bank and Trust Limited, com sede no paraíso fiscal das Bahamas. Chico Lopes, como é conhecido, repassava as informações para dois parceiros, que se encarregavam de levá-las aos clientes do esquema. Os contatos entre os três eram feitos por meio de aparelhos celulares. A Polícia Federal suspeita que os números sejam os seguintes: 021-99162833, 021-99835650 e 021-99955055
Salvatore Alberto Cacciola, então dono do banco Marka, do Rio de Janeiro, descobriu todo o esquema por meio de um grampo telefônico ilegal e também passou a ter as mesmas informações privilegiadas. As fitas, que registram as conversas grampeadas, estão guardadas num cofre no Brasil – e há cópias depositadas num banco no exterior. Cacciola chegou a custear viagens a Brasília para que seu contato obtivesse, pessoalmente, as informações de Chico Lopes. Numa delas, seu contato voou do Rio a Brasília num jatinho da Líder Táxi Aéreo (o aluguel do jato saiu por 10 500 reais) e hospedou-se no hotel Saint Paul (a conta: 222,83 reais). Quebrado com a mudança cambial, que seu informante não conseguiu avisar-lhe a tempo, Cacciola desembarcou em Brasília no dia seguinte, 14 de janeiro de 1999, com o que chamou de "uma bazuca". Ela estava carregada de chantagem: ou o BC lhe ajudava ou denunciaria ao país a existência do esquema. O BC ajudou. Vendeu dólar abaixo da cotação e, no fim, Cacciola levou o equivalente a 1 bilhão de reais.
Era um furo fantástico! Em vez de pagar US$ 500 mil mensais, Cacciola descobrira o modo mais barato de obter informações privilegiadas: grampeando celulares.
Na mesma abertura se dizia que ele se informava através de um “grampo” e que tinha um informante.
Nem se fale do contra-senso de alguém experiente em mercado jogar todo seu futuro no resultado de um “grampo”. Qualquer decisão de mudança de política cambial seria imprevista, da noite para o dia. Como confiar toda sua vida financeira a um mero “grampo”?
Segundo a matéria, no dia aziago o grampo falhou e Cacciola quebrou. Indignado, foi tirar satisfações com Chico Lopes, que cedeu à chantagem.
Como foi montado esse nonsense?
Depois de “22 entrevistas com 14 personagens” envolvidos, Policarpo havia conseguido – de fato - as seguintes informações:
1. Com Luiz Cezar Fernandes, ex-controlador do Pactual, em briga com seus ex-sócios, o número da suposta conta-corrente do Pactual em Nova York de onde sairiam os supostos pagamentos para Chico Lopes. Na verdade o número apresentado era o de registro do banco na praça de Nova York, feito junto ao Banco de Nova York – equivale aquele 001 que você confere nos cheques do Banco do Brasil.
2. Na declaração de renda de Luiz Bragança (o suposto intermediário de Chico Lopes no vazamento das informações) algum araponga brasiliense levantou os números dos três celulares. Ou seja, o sujeito montava um esquema super-secreto para transmitir informações, que supostamente renderia US$ 500 mil mensais, valendo-se de telefones celulares – e colocava o numero dos aparelhos na sua declaração de renda.
Como tempero final, um apanhado de fatos e dos boatos mais inverossímeis que circularam por ocasião da mudança cambial.
Bastava isso para se para se ter um enredo que provocou gargalhadas em todos os jornalistas que cobriam a área financeira.
Na época apontei a maluquice; minha colega Mirian Leitão também. E menciono a Mirian por que, anos depois, essa crítica estimularia uma revanche de Veja: ataques continuados contra seu filho Matheus Leitão, repórter da revista Época. Essa história será contada em outro capítulo.
Citado na matéria, o economista Rubens Novaes enviou carta a Veja esclarecendo todos esses pontos. A carta jamais foi publicada. Ele limitou-se a enviar cópias para alguns jornalistas.
Longe de mim afirmar que não houve irregularidade, que Cacciola era inocente, ou mesmo colocar a mão no fogo por Chico Lopes. Na época, mesmo, divulguei indícios fortes de que Cacciola tinha, no mínimo, alguém que lhe passava informações sobre as taxas de juros praticadas pelo Central - e até sugeri a metodologia para identificar essa prática de "insider".
Mas era evidente que toda a matéria de Veja era uma ficção ampla.
Anote esse exemplo porque, longe de exceção, refletia um padrão de "jornalismo" presente em todas as coberturas bombásticas da revista.
Na era Eurípedes-Sabino, Policarpo, repórter de escândalos, freqüentador do submundo dos lobbies de Brasília, tornou-se diretor da sucursal da revista. E seria o autor das capas mais rocambolescas da cobertura do “mensalão”.
Coube a ele divulgar o vídeo em que o funcionário dos Correios, Mauricio Marinho, aceitou a propina de R$ 3 mil. E que deflagrou a campanha do “mensalão”.
Mas este é tema para um outro capítulo.
http://luis.nassif.googlepages.com/oestiloveja
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
De lorota é que se faz o Brasil.
Como se nada mais fosse capaz de me fazer rir, vêm as propagandas eleitorais gratuitas. É claro que elas são gratuitas. Quem pagaria pra vê-las?!
Esforçando-me para tirar alguma coisa desses discursos políticos, cheguei a conclusão – não tão brilhante assim – que é tudo uniformizado. Pegue um sorriso branco à la colgate, uma proposta óbvia de governo e uns punhados de photoshop e monte seu candidato “perfeito”. É isso que me
parece fazer política no Brasil hoje em dia.
Fico triste é em perceber que se lutou tanto pela democracia, pelo direito a ter direito de escolhas, por trazer o Brasil de volta para a gente e, hoje, vivemos é na ilusão dessas conquistas. Não temos absolutamente nada disso. Ou melhor, até temos, mas não sabemos o que fazer com tudo isso. Terminamos por jogar fora anos de luta e acabamos por enfiar embaixo da mesa o que nos resta de dignidade política, junto com os cascos de cerveja que regam todo e qualquer comitê político que se preze nos dias atuais.
Sem dar destaque a nenhum partido em especial, está aí decretado o festival de mentiras populistas pra quem quiser ver. É só ligar a TV nos horários nobres. Tão nobres que se passam a mostrar essas baboseiras sem tamanho. Cada qual que diga que vai fazer e acontecer, ou mesmo que fulano ou beltrano não vai conseguir fazer o que está dizendo porque está aliado à Cicrano,
que não vale nada por não sei o que mais lá.
Desconheço o que é fazer política de verdade. Essa política bonita que aparece nos livros eu nunca vi realmente. Acredito nela, mas nunca a vi se concretizando. Já nasci numa época em que as pessoas interiorizaram o fazer político como um conglomerado de brigas partidárias, onde fazer alianças e comprar votos no jeitinho brasileiro de ser garantem o sucesso deste ou daquele candidato.
Vereador é aquele cara que tem mais de mil pessoas no Orkut. Esse vai sim ter chance de se eleger e lutar por causas que a maioria das pessoas que o elegeram não sabem nem do que se tratam. É assim que funciona. Quantas pessoas você conhece que sabem quais são as responsabilidades de um vereador?! Eu conheço poucas, mas, em contra partida, conheço um punhado considerável de ilustres desconhecidos que pretendem abocanhar o posto!
Tenho medo, muito medo mesmo do que os meus filhos vão ver como propaganda eleitoral. Se já faço parte dos telespectadores que sentem aquela sensaçãozinha de VA (leia-se: vergonha alheia) quando se deparam com as figuras dessas eleições atuais, imagine como será daqui a uns 10 anos?! Tenho vergonha principalmente de mim mesma quando sinto graça da desgraça. É um veneno embebido na população do qual ela nem se dá conta. A acomodação a tudo isso é tão natural quanto sentar em frente à TV e buscar pelo seu programa favorito.
Por isso, nessas eleições, tire leite de pedra e boa sorte!
Esforçando-me para tirar alguma coisa desses discursos políticos, cheguei a conclusão – não tão brilhante assim – que é tudo uniformizado. Pegue um sorriso branco à la colgate, uma proposta óbvia de governo e uns punhados de photoshop e monte seu candidato “perfeito”. É isso que me
parece fazer política no Brasil hoje em dia.
Fico triste é em perceber que se lutou tanto pela democracia, pelo direito a ter direito de escolhas, por trazer o Brasil de volta para a gente e, hoje, vivemos é na ilusão dessas conquistas. Não temos absolutamente nada disso. Ou melhor, até temos, mas não sabemos o que fazer com tudo isso. Terminamos por jogar fora anos de luta e acabamos por enfiar embaixo da mesa o que nos resta de dignidade política, junto com os cascos de cerveja que regam todo e qualquer comitê político que se preze nos dias atuais.
Sem dar destaque a nenhum partido em especial, está aí decretado o festival de mentiras populistas pra quem quiser ver. É só ligar a TV nos horários nobres. Tão nobres que se passam a mostrar essas baboseiras sem tamanho. Cada qual que diga que vai fazer e acontecer, ou mesmo que fulano ou beltrano não vai conseguir fazer o que está dizendo porque está aliado à Cicrano,
que não vale nada por não sei o que mais lá.
Desconheço o que é fazer política de verdade. Essa política bonita que aparece nos livros eu nunca vi realmente. Acredito nela, mas nunca a vi se concretizando. Já nasci numa época em que as pessoas interiorizaram o fazer político como um conglomerado de brigas partidárias, onde fazer alianças e comprar votos no jeitinho brasileiro de ser garantem o sucesso deste ou daquele candidato.
Vereador é aquele cara que tem mais de mil pessoas no Orkut. Esse vai sim ter chance de se eleger e lutar por causas que a maioria das pessoas que o elegeram não sabem nem do que se tratam. É assim que funciona. Quantas pessoas você conhece que sabem quais são as responsabilidades de um vereador?! Eu conheço poucas, mas, em contra partida, conheço um punhado considerável de ilustres desconhecidos que pretendem abocanhar o posto!
Tenho medo, muito medo mesmo do que os meus filhos vão ver como propaganda eleitoral. Se já faço parte dos telespectadores que sentem aquela sensaçãozinha de VA (leia-se: vergonha alheia) quando se deparam com as figuras dessas eleições atuais, imagine como será daqui a uns 10 anos?! Tenho vergonha principalmente de mim mesma quando sinto graça da desgraça. É um veneno embebido na população do qual ela nem se dá conta. A acomodação a tudo isso é tão natural quanto sentar em frente à TV e buscar pelo seu programa favorito.
Por isso, nessas eleições, tire leite de pedra e boa sorte!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Universidade Federal de São Paulo, em Crise
Estrutura caótica cria discussões que vão desde a base discentes e suas necessidades, até a reforma do estatuto.
É do conhecimento de todos, a crise vivida pela Unifesp atualmente, após a renuncia do reitor Ulysses Fagundes Neto. O vice-reitor, Sérgio Tuffic deveria assumir interinamente os 60 dias decorridos do estatuto para a escolha do novo reitor, porém, no dia 27/08 o vice-reitor e mais quatro pró-reitores renunciaram os cargos, resultando em uma crise jamais sentida nessa universidade, onde resultou mobilização estudantil e de funcionários insatisfeitos com os rumos adotados e autoritários advindos do conselhos universitário (CONSU), no qual indicaram um nome sem prévia consulta acadêmica para assumir o cargo até as eleições, o nome indicado foi o do professor Marco Pacheco Toledo Ferraz, do departamento de psiquiatria que precisa ser aprovado pelo Ministérios da Educação (MEC).
No entanto, os problemas não param por ai, após a expansão adotada pela Unifesp, surgiram diversas reclamações sobre problemas na estrutura pela qual os novos campi foram criados em 2007, no ano anterior em 08/11/2006 foi realizada uma reunião com o conselho universitário já prevendo os problemas a serem resolvidos, contudo, esses problemas permanecem até o presente momento e a abertura de dois novos cursos para o Campus de Guarulhos sem estrutura devida tem como acumulo uma crescente indignação por parte dos alunos, transformando o campus de humanas em uma panela de pressão, visto que não existem salas para suportar tal demanda, além disso, no antigo estatuto da universidade consta o seguinte; Artigo 2º - ?A UNIFESP/EPM tem por finalidade desempenhar, em nível de excelência, atividades inter-relacionadas de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase no campo das ciências da saúde?, onde exatamente essa ênfase dada para a saúde preocupa os estudantes de todas as outras áreas, e não apenas isso, pois o (CONSU) segundo o mesmo estatuto também tem como meta aprovar a proposta orçamentária e a prestação de contas do Reitor, após a manifestação do Conselho de Curadores, ou seja, como o reitor renunciou devido a desvio de verbas e antes disso o próprio conselho universitário teria aprovado essas propostas orçamentárias os estudantes romperam de vez com esse conselho não mais reconhecendo o CONSU nem seu estatuto, é necessário lembrar que esse foi o mesmo conselho deliberativo das propostas do REUNI, cujo foi aprovado quando já havia a expansão dos CAMPUS, e sem prévia consulta a comunidade acadêmica, no que resulta essa abertura de novos cursos para cumprirem as metas propostas em seu termo, mas sem estrutura adequada para a criação, além da elevação da taxa de aprovação para 90%, no que muitos entendem como a famosa progressão continuada.
Portanto, hoje existe um impasse muito grande sobre os rumos adotados pela universidade, pois, a estrutura da Unifesp em sua expansão se encontra precária, o estatuto não abrange os demais cursos e fere diretamente o direito garantido pela Constituição do acesso a educação, já que não existe nos outros campus a assistência estudantil para permanência nos cursos previstas em lei, e o REUNI quebra o tripé indissociável do ensino, pesquisa e extensão, condições mínimas como o famoso bandejão não existe, e a moradia é considerado invalido, então alguns estudantes que vieram de outros estados para estudar em um nome privilegiado como o da Unifesp desistem ou pedem transferência, pois em suma a estrutura de garantia dos direitos inalienáveis de cidadão tornaram-se nessa universidade um verdadeiro caos.
Douglas Rodrigues "o Bozo".
É do conhecimento de todos, a crise vivida pela Unifesp atualmente, após a renuncia do reitor Ulysses Fagundes Neto. O vice-reitor, Sérgio Tuffic deveria assumir interinamente os 60 dias decorridos do estatuto para a escolha do novo reitor, porém, no dia 27/08 o vice-reitor e mais quatro pró-reitores renunciaram os cargos, resultando em uma crise jamais sentida nessa universidade, onde resultou mobilização estudantil e de funcionários insatisfeitos com os rumos adotados e autoritários advindos do conselhos universitário (CONSU), no qual indicaram um nome sem prévia consulta acadêmica para assumir o cargo até as eleições, o nome indicado foi o do professor Marco Pacheco Toledo Ferraz, do departamento de psiquiatria que precisa ser aprovado pelo Ministérios da Educação (MEC).
No entanto, os problemas não param por ai, após a expansão adotada pela Unifesp, surgiram diversas reclamações sobre problemas na estrutura pela qual os novos campi foram criados em 2007, no ano anterior em 08/11/2006 foi realizada uma reunião com o conselho universitário já prevendo os problemas a serem resolvidos, contudo, esses problemas permanecem até o presente momento e a abertura de dois novos cursos para o Campus de Guarulhos sem estrutura devida tem como acumulo uma crescente indignação por parte dos alunos, transformando o campus de humanas em uma panela de pressão, visto que não existem salas para suportar tal demanda, além disso, no antigo estatuto da universidade consta o seguinte; Artigo 2º - ?A UNIFESP/EPM tem por finalidade desempenhar, em nível de excelência, atividades inter-relacionadas de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase no campo das ciências da saúde?, onde exatamente essa ênfase dada para a saúde preocupa os estudantes de todas as outras áreas, e não apenas isso, pois o (CONSU) segundo o mesmo estatuto também tem como meta aprovar a proposta orçamentária e a prestação de contas do Reitor, após a manifestação do Conselho de Curadores, ou seja, como o reitor renunciou devido a desvio de verbas e antes disso o próprio conselho universitário teria aprovado essas propostas orçamentárias os estudantes romperam de vez com esse conselho não mais reconhecendo o CONSU nem seu estatuto, é necessário lembrar que esse foi o mesmo conselho deliberativo das propostas do REUNI, cujo foi aprovado quando já havia a expansão dos CAMPUS, e sem prévia consulta a comunidade acadêmica, no que resulta essa abertura de novos cursos para cumprirem as metas propostas em seu termo, mas sem estrutura adequada para a criação, além da elevação da taxa de aprovação para 90%, no que muitos entendem como a famosa progressão continuada.
Portanto, hoje existe um impasse muito grande sobre os rumos adotados pela universidade, pois, a estrutura da Unifesp em sua expansão se encontra precária, o estatuto não abrange os demais cursos e fere diretamente o direito garantido pela Constituição do acesso a educação, já que não existe nos outros campus a assistência estudantil para permanência nos cursos previstas em lei, e o REUNI quebra o tripé indissociável do ensino, pesquisa e extensão, condições mínimas como o famoso bandejão não existe, e a moradia é considerado invalido, então alguns estudantes que vieram de outros estados para estudar em um nome privilegiado como o da Unifesp desistem ou pedem transferência, pois em suma a estrutura de garantia dos direitos inalienáveis de cidadão tornaram-se nessa universidade um verdadeiro caos.
Douglas Rodrigues "o Bozo".
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Os milhões da SPDM...
Os milhões da SPDM Após a queda de Ulysses Fagundes Neto do cargo de reitor da Universidade Federal de São Paulo, acusado de corrupção, resta saber como ficará a Sociedade Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM.
Ricardo Faria (*)
A Entidade é dirigida por Ulysses e outros professores da Unifesp também acusados de irregularidades. Se comprovadas as fraudes, professores e prefeitos que assinaram contratos com a SPDM podem terminar na cadeia.
Máfia de branco – Independente de cor partidária, a SPDM assumiu a administração de vários complexos hospitalares em diversas cidades como São Paulo, Campinas, Guarulhos, Campos do Jordão, São José dos Campos e outras. Os contrato, assinados sem concorrência pública, as chamadas terceirizações, envolvem quantias fabulosas, centenas de milhões de reais.
Títulos protestados – Entre as irregularidades apontadas, uma é muito grave, a SPDM "não possui aptidão para firmar avença [acordo] com o poder público", pois a associação" não tem a capacidade financeira". O argumento se baseia em levantamento em cartórios de São Paulo apontando que a SPDM tem 2.939 títulos protestados, num total de R$ 6,5 milhões, a maioria por não pagamento de compras realizadas. O levantamento foi realizado pelo "Iabrudi, do Val - Advogados Associados"
Guarulhos – Na cidade vizinha à Capital paulista, o prefeito é o petista Elói Pietá. Ele contratou os serviços da SPDM sem concorrência pública e virou alvo de uma ação judicial. O MP já pediu o cancelamento do convênio quando verificou que a SPDM possuía uma dívida de R$ 24,2 milhões com o governo.
Crime - Na ação encaminhada à Justiça Federal de Guarulhos, o promotor Ricardo Manuel Castro, afirma que a Entidade não poderia ser contratada pelo poder público por possuir débitos de R$ 23,2 milhões com o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e de R$ 1 milhão com o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) contraídas entre 1998 e 2003.
Campinas - Um convênio de R$ 78,2 milhões firmado entre a Unifesp e a Prefeitura de Campinas (SP) para administrar um hospital inaugurado no dia 10 de junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de uma ação popular que aponta uma série de irregularidades. A ação foi protocolada na Vara da Fazenda Pública de Campinas e pede a anulação do convênio.
São José dos Campos – O que acontecer com o prefeito de Guarulhos e Campinas poderá se repetir com Eduardo Cury, prefeito de São José dos Campos, acusado de ter assinado um contrato milionário (R$ 87 milhões) com a SPDM, em junho de 2006. Cury transferiu a administração do Hospital Municipal para a SPDM e, de lá para cá as reclamações se avolumam.
No último dia 2, entrevistamos o professor Jefferson Damasceno, diretor do Sindicato dos Funcionários Municipais de São José dos Campos que foi bastante claro a respeito do contrato de terceirização, assinado pelo prefeito Eduardo Cury: “A queda do reitor da Unifesp acusado de corrupção para nós não é novidade nenhuma. A direção da Unifesp e da SPDM é a mesma coisa. A segunda é uma OS, uma organização criada a partir de funcionários do primeiro e segundo escalão da Unifesp.
Trata-se de uma Entidade pública de direito privado, uma empresa como qualquer outra. Entendemos que essas pessoas da SPDM praticaram vários tipos de crimes como enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, tráfico de influência etc.
Como vê a SPDM atuar em São José que é governada pelo PSDB e também em Guarulhos que tem um prefeito do PT? – Nós somos contra toda essa situação, principalmente da maneira como foi realizado o contrato em São José, sem licitação.
Como assim? – Na época, o Nacime Mansur, um dos diretores da SPDM, era professor em período integral, com regime de dedicação exclusiva na Unifesp e não poderia acumular funções, nós denunciamos esse e outros fatos.
Quem assinou o contrato pela prefeitura? – Foram o prefeito Eduardo Cury e a secretária municipal de saúde, Marina de Oliveira, que sequer é da área médica, e nem poderia exercer esse cargo segundo uma lei estadual .
Vocês entraram com ações na Justiça? – Temos várias ações judiciais, uma delas, na Justiça comum, contra a Marina por ela estar ocupando um cargo indevidamente. Temos uma ação no Ministério Público Federal e outra sendo julgada no Tribunal de Justiça de São Paulo contra a terceirização do Hospital Municipal.
Como aconteceu essa terceirização? Tudo foi feito na calada da noite, não houve consulta popular, o processo não foi transparente, não houve licitação nem concorrência pública exigida por por lei. Estranhamos o comportamento do prefeito. Ele diz ter as mãos limpas é herdeiro do ex prefeito Emanuel Fernandes que afirma ser essa uma cidade de leis e de regras, como podem ter dispensado a concorrência pública no caso do Hospital Municipal, sabendo que a SPDM devia e deve muitos milhões de reais na praça, inclusive ao INSS e ao FGTS.
O Nacime Mansur era do PSDB? – Ficamos sabendo que ele fazia parte do diretório estadual do PSDB na mesma época. Ou seja, foi um jogo de cartas marcadas.
O que o Ministério Público fala disso tudo? – O MP Federal abriu um procedimento que continua em fase de investigação. Na semana passada, tivemos uma reunião no MP e constatamos a tramitação dos processos, sem ,ainda, o julgamento do mérito.
Desde que a SPDM assumiu o Hospital Municipal, quais são as principais falhas? – Na verdade, o que presenciamos é uma ação entre amigos. Não contrataram profissionais, estão usando as verbas da prefeitura, até medicamentos dos servidores do Fame são levados para o Hospital Municipal. Sumiram algumas máquinas de lavar do tipo industrial.
Como assim? – Eram três máquinas novas que custaram caro, mais de um milhão de reais. Soubemos que elas estavam numa lavanderia no bairro das Chácaras Reunidas e de lá desapareceram. Deram sumiço no patrimônio público, tombado. A SPDM está atuando de maneira irregular
Prestação de contas – Fizemos, inclusive, denúncia ao Tribunal de Contas e ao MP, exigindo da Comissão Municipal de Saúde - COMUS – uma prestação de contas. Desde que a SPDM assumiu o Hospital, em junho de 2006, não houve prestação de contas.
Quem é a presidente do COMUS? – É a Meire Chilarducci, uma protegida do vereador Jorley do Amaral (DEM), prima da esposa do prefeito e também diretora do Provisão uma entidade privada que recebe muito dinheiro da prefeitura de São José.
É fácil falar com a diretoria da SPDM? – Encontrar algum diretor da SPDM em São José é difícil, principalmente depois que o Ministério Público caiu em cima deles lá em Guarulhos. Eles sumiram – são que nem gafanhotos, aparecem, devoram o que podem e vão para outro lugar. Existem muitas irregularidades que ainda não foram denunciadas.
E como vai ficar tudo isso? – Acho que a Justiça vai apurar tudo, a SPDM não vai conseguir cumprir o contrato, ainda assim a prefeitura não o rompe, comprovando a existência de uma conivência sistemática.
O CNPJ falso - O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica encontra-se cancelado, a verdadeira inscrição da SPDM tem uma dívida junto ao INSS de cerca de R$ 21,7 milhões. Este fato, por si só, impede a contratação da empresa por um órgão público.
Posição do prefeito – Eduardo Cury e seus aliados já processaram o diretor do Sindicato, Jefferson Damasceno de Souza, o líder dos movimentos populares, Cosme Vitor, o presidente do PT de São José, Giba Ribeiro e os vereadores da bancada petista, Amélia Naomi, Wagner Balieiro e Tonhão Dutra, todos por denuncias feitas aos processos de terceirização da Saúde, da Educação, do Parque Tecnológico e por tornarem público os projetos dos super-assessores e do Estatuto da Guarda.
(*) Ricardo Faria – ricardo@vejosaojose.com.br
©vejosaojose.com.br - reprodução permitida com citação da fonte
Ricardo Faria (*)
A Entidade é dirigida por Ulysses e outros professores da Unifesp também acusados de irregularidades. Se comprovadas as fraudes, professores e prefeitos que assinaram contratos com a SPDM podem terminar na cadeia.
Máfia de branco – Independente de cor partidária, a SPDM assumiu a administração de vários complexos hospitalares em diversas cidades como São Paulo, Campinas, Guarulhos, Campos do Jordão, São José dos Campos e outras. Os contrato, assinados sem concorrência pública, as chamadas terceirizações, envolvem quantias fabulosas, centenas de milhões de reais.
Títulos protestados – Entre as irregularidades apontadas, uma é muito grave, a SPDM "não possui aptidão para firmar avença [acordo] com o poder público", pois a associação" não tem a capacidade financeira". O argumento se baseia em levantamento em cartórios de São Paulo apontando que a SPDM tem 2.939 títulos protestados, num total de R$ 6,5 milhões, a maioria por não pagamento de compras realizadas. O levantamento foi realizado pelo "Iabrudi, do Val - Advogados Associados"
Guarulhos – Na cidade vizinha à Capital paulista, o prefeito é o petista Elói Pietá. Ele contratou os serviços da SPDM sem concorrência pública e virou alvo de uma ação judicial. O MP já pediu o cancelamento do convênio quando verificou que a SPDM possuía uma dívida de R$ 24,2 milhões com o governo.
Crime - Na ação encaminhada à Justiça Federal de Guarulhos, o promotor Ricardo Manuel Castro, afirma que a Entidade não poderia ser contratada pelo poder público por possuir débitos de R$ 23,2 milhões com o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e de R$ 1 milhão com o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) contraídas entre 1998 e 2003.
Campinas - Um convênio de R$ 78,2 milhões firmado entre a Unifesp e a Prefeitura de Campinas (SP) para administrar um hospital inaugurado no dia 10 de junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de uma ação popular que aponta uma série de irregularidades. A ação foi protocolada na Vara da Fazenda Pública de Campinas e pede a anulação do convênio.
São José dos Campos – O que acontecer com o prefeito de Guarulhos e Campinas poderá se repetir com Eduardo Cury, prefeito de São José dos Campos, acusado de ter assinado um contrato milionário (R$ 87 milhões) com a SPDM, em junho de 2006. Cury transferiu a administração do Hospital Municipal para a SPDM e, de lá para cá as reclamações se avolumam.
No último dia 2, entrevistamos o professor Jefferson Damasceno, diretor do Sindicato dos Funcionários Municipais de São José dos Campos que foi bastante claro a respeito do contrato de terceirização, assinado pelo prefeito Eduardo Cury: “A queda do reitor da Unifesp acusado de corrupção para nós não é novidade nenhuma. A direção da Unifesp e da SPDM é a mesma coisa. A segunda é uma OS, uma organização criada a partir de funcionários do primeiro e segundo escalão da Unifesp.
Trata-se de uma Entidade pública de direito privado, uma empresa como qualquer outra. Entendemos que essas pessoas da SPDM praticaram vários tipos de crimes como enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, tráfico de influência etc.
Como vê a SPDM atuar em São José que é governada pelo PSDB e também em Guarulhos que tem um prefeito do PT? – Nós somos contra toda essa situação, principalmente da maneira como foi realizado o contrato em São José, sem licitação.
Como assim? – Na época, o Nacime Mansur, um dos diretores da SPDM, era professor em período integral, com regime de dedicação exclusiva na Unifesp e não poderia acumular funções, nós denunciamos esse e outros fatos.
Quem assinou o contrato pela prefeitura? – Foram o prefeito Eduardo Cury e a secretária municipal de saúde, Marina de Oliveira, que sequer é da área médica, e nem poderia exercer esse cargo segundo uma lei estadual .
Vocês entraram com ações na Justiça? – Temos várias ações judiciais, uma delas, na Justiça comum, contra a Marina por ela estar ocupando um cargo indevidamente. Temos uma ação no Ministério Público Federal e outra sendo julgada no Tribunal de Justiça de São Paulo contra a terceirização do Hospital Municipal.
Como aconteceu essa terceirização? Tudo foi feito na calada da noite, não houve consulta popular, o processo não foi transparente, não houve licitação nem concorrência pública exigida por por lei. Estranhamos o comportamento do prefeito. Ele diz ter as mãos limpas é herdeiro do ex prefeito Emanuel Fernandes que afirma ser essa uma cidade de leis e de regras, como podem ter dispensado a concorrência pública no caso do Hospital Municipal, sabendo que a SPDM devia e deve muitos milhões de reais na praça, inclusive ao INSS e ao FGTS.
O Nacime Mansur era do PSDB? – Ficamos sabendo que ele fazia parte do diretório estadual do PSDB na mesma época. Ou seja, foi um jogo de cartas marcadas.
O que o Ministério Público fala disso tudo? – O MP Federal abriu um procedimento que continua em fase de investigação. Na semana passada, tivemos uma reunião no MP e constatamos a tramitação dos processos, sem ,ainda, o julgamento do mérito.
Desde que a SPDM assumiu o Hospital Municipal, quais são as principais falhas? – Na verdade, o que presenciamos é uma ação entre amigos. Não contrataram profissionais, estão usando as verbas da prefeitura, até medicamentos dos servidores do Fame são levados para o Hospital Municipal. Sumiram algumas máquinas de lavar do tipo industrial.
Como assim? – Eram três máquinas novas que custaram caro, mais de um milhão de reais. Soubemos que elas estavam numa lavanderia no bairro das Chácaras Reunidas e de lá desapareceram. Deram sumiço no patrimônio público, tombado. A SPDM está atuando de maneira irregular
Prestação de contas – Fizemos, inclusive, denúncia ao Tribunal de Contas e ao MP, exigindo da Comissão Municipal de Saúde - COMUS – uma prestação de contas. Desde que a SPDM assumiu o Hospital, em junho de 2006, não houve prestação de contas.
Quem é a presidente do COMUS? – É a Meire Chilarducci, uma protegida do vereador Jorley do Amaral (DEM), prima da esposa do prefeito e também diretora do Provisão uma entidade privada que recebe muito dinheiro da prefeitura de São José.
É fácil falar com a diretoria da SPDM? – Encontrar algum diretor da SPDM em São José é difícil, principalmente depois que o Ministério Público caiu em cima deles lá em Guarulhos. Eles sumiram – são que nem gafanhotos, aparecem, devoram o que podem e vão para outro lugar. Existem muitas irregularidades que ainda não foram denunciadas.
E como vai ficar tudo isso? – Acho que a Justiça vai apurar tudo, a SPDM não vai conseguir cumprir o contrato, ainda assim a prefeitura não o rompe, comprovando a existência de uma conivência sistemática.
O CNPJ falso - O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica encontra-se cancelado, a verdadeira inscrição da SPDM tem uma dívida junto ao INSS de cerca de R$ 21,7 milhões. Este fato, por si só, impede a contratação da empresa por um órgão público.
Posição do prefeito – Eduardo Cury e seus aliados já processaram o diretor do Sindicato, Jefferson Damasceno de Souza, o líder dos movimentos populares, Cosme Vitor, o presidente do PT de São José, Giba Ribeiro e os vereadores da bancada petista, Amélia Naomi, Wagner Balieiro e Tonhão Dutra, todos por denuncias feitas aos processos de terceirização da Saúde, da Educação, do Parque Tecnológico e por tornarem público os projetos dos super-assessores e do Estatuto da Guarda.
(*) Ricardo Faria – ricardo@vejosaojose.com.br
©vejosaojose.com.br - reprodução permitida com citação da fonte
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Reflexão de hoje.
Homem não é aquele q tem coragem de pegar numa arma, e sim aquele que não precisa usa-la.
Se acharem algm que disse isso antes de mim....
não faço a menor ideia se fui eu que concebi essa síntese.
Thiago Carvalho é: estudante de filosofia da UFSP, e de teatro do INDAC.
Se acharem algm que disse isso antes de mim....
não faço a menor ideia se fui eu que concebi essa síntese.
Thiago Carvalho é: estudante de filosofia da UFSP, e de teatro do INDAC.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
"Sou brasileiro mas não sou praticante"
A História deste país continental é formada por clichés, mentiras (se é que os clichés não já se tornaram mentiras), esperança e humor. Principalmente humor. É magnífico ver onze homens vestidos de amarelo e uma nação inteira depositando a esperança neles. É a pátria de chuteiras de Nélson Rodrigues. Magnífico e incomum são esses homens levarem seus apelidos ou nomes nas costas, ao contrário de todo resto do mundo que leva o sobrenome paterno nas espaldas. Usam amarelo, uma cor alegre por si só, são extrovertidos e informais, afinal eles rompem com formalidades e com o machismo de levarem o sobrenome como um peso nas costas. Têm um desejo olímpico de vencer: Quero dedicar essa vitória ao povo sofrido do meu país/ Quero pedir desculpa ao povo brasileiro por essa derrota, ele não merecia mais esse sofrimento.
Foi esse país de diferenças e informalidades que cunhou uma nova religião: o catolicismo sem prática. Podem ser cristão como metade da população mundial, mas o colonialismo com a sua cruz marcou tão profundamente a moral deste povo que este é até mesmo sem ser.
Por outro lado, só que do mesmo lado, é no paraíso que fica na terra onde se desenvolve as mais belas contradições(Somos pobres, a culpa é deles!): Fome, pobreza e corrupção. Tratar dessa tríade é ser cliché. O Brasil já está curado desse tipo de pequenice, afinal todos incluem aqueles que são excluídos de um jeito muito interessante: doações em dinheiro a mega empresa do ramo de comunicações. A Esperança depositada nas Crianças não combina com o que se diz de uma época em que o braço forte era a mão amiga da manipuladora.
Se somos uma espécie que estamos no meio dos invadores e dos primeiros habitantes desta terra, talvez fóssemos uns ninguéns. Eu sou alguém que é brasileiro mas de uma forma nova, o não praticante. Não quero no jeitinho, quero inteiro e não pela metade. Não quero samba nem mulatas rebolando. Quero de tudo e o todo.
Foi esse país de diferenças e informalidades que cunhou uma nova religião: o catolicismo sem prática. Podem ser cristão como metade da população mundial, mas o colonialismo com a sua cruz marcou tão profundamente a moral deste povo que este é até mesmo sem ser.
Por outro lado, só que do mesmo lado, é no paraíso que fica na terra onde se desenvolve as mais belas contradições(Somos pobres, a culpa é deles!): Fome, pobreza e corrupção. Tratar dessa tríade é ser cliché. O Brasil já está curado desse tipo de pequenice, afinal todos incluem aqueles que são excluídos de um jeito muito interessante: doações em dinheiro a mega empresa do ramo de comunicações. A Esperança depositada nas Crianças não combina com o que se diz de uma época em que o braço forte era a mão amiga da manipuladora.
Se somos uma espécie que estamos no meio dos invadores e dos primeiros habitantes desta terra, talvez fóssemos uns ninguéns. Eu sou alguém que é brasileiro mas de uma forma nova, o não praticante. Não quero no jeitinho, quero inteiro e não pela metade. Não quero samba nem mulatas rebolando. Quero de tudo e o todo.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Nina
Essas primeiras palavras de um magnífico filme brasileiro, livremente inspirando na obra Crime e Castigo de Dostoiévski, me chamaram muito a atenção. Eis:
"Eu tenho uma teoria. Os indivíduos se dividem em duas categorias: os ordinários e os extraordinários.
Os ordinários são pessoas corretas que vivem na obediência e gostam de ser obedientes.
Já os extraordinários são os que criam alguma coisa nova, todos os que infringem a velha lei, os destruidores.
Os primeiros, conservam o mundo como ele é.
Os outros, movem o mundo para um objetivo, mesmo que para isso tenham que cometer um crime."
(Filme "Nina"; Brasil, 2005)
"Eu tenho uma teoria. Os indivíduos se dividem em duas categorias: os ordinários e os extraordinários.
Os ordinários são pessoas corretas que vivem na obediência e gostam de ser obedientes.
Já os extraordinários são os que criam alguma coisa nova, todos os que infringem a velha lei, os destruidores.
Os primeiros, conservam o mundo como ele é.
Os outros, movem o mundo para um objetivo, mesmo que para isso tenham que cometer um crime."
(Filme "Nina"; Brasil, 2005)
Pamonhas, pamonhas, pamonhas
Pamonhas, pamonhas, pamonhas
De Piracicaba, São Paulo, Campinas, qualquer lugar. Poderia até ser na Finlândia se eles tivessem o milho, a tecnologia rudimentar e o jeitinho necessários para produzir esta iguaria. De saborosa pode chegar a ser odiada, especialmente nas cidades, bairros e casas violentamente invadidas pelo insistente megafone, pelas caixas de som de tamanho descomunal plantadas sobre carros velhos que passeiam e, sem a menor cerimônia, martelam em nossos ouvidos a palavra pamonha.
Se fosse só pamonha, ainda haveria uma desculpa, mesmo sem saber qual seria, mas o que acontece é que essa prática está prevista em lei[1][1] também em Campinas:
Lei 2.516 de 16/06/1961-"Artigo 1.1.01 - É proibido perturbar o bem-estar e o sossego público ou da vizinhança, com ruídos, algazarras, barulhos ou sons de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma, que ultrapassem os níveis máximos de intensidade tolerados por esta Lei." - Obs: A Lei 2.516, não discorre o limite de decibéis no seu texto. Lei 8.861 de 19/061996- "Artigo 11- (Alterado pela Lei n° 10.491, de 19/04/2000) Os equipamentos ou aparelhos causadores de perturbação do sossego público poderão ser lacrados, ou apreendidos, ou multados, por fiscais de serviços públicos, quando não houver atendimento à intimação, que deverá ser cumprida no prazo máximo de 24 horas".
De cidade para cidade o nível máximo de decibéis difere, inclusive para períodos diferentes. Pamonha, abacaxi, melancia, conserto de panelas. É barato para o empreendedor barulhento. Ele não paga aluguel e nem os impostos normais referentes ao seu negócio, a não ser os que estão embutidos na compra do produto e da gasolina. Pode ser às 7 da manhã, às duas da tarde, às 7 da noite no horário de verão. É só andar bem devagar e gritar para a freguesia que, se não entender o que foi dito, não tem problema, sairá à rua só para ver o que acontece lá fora, porque tanto barulho.
Parece que essas pessoas não têm em suas casas bebês dormindo, pais idosos doentes, filhos cansados por que trabalham no turno da noite numa fábrica também barulhenta. Parece normal e razoável que nossas casas vibrem com barulhos da rua. Há também os motoqueiros, funkeiros de plantão chacoalhando seus carros com portas abertas exigindo que o mundo ouça o que eles querem. ("o gosto musical do vizinho é sempre suspeito" - LFV)
Como para a maioria dos assuntos relativos à cidadania, falta de respeito é o que há de mais relevante. Mesmo infringindo regras de condomínio, furadeiras fora de hora tiram de moradores o sossego das tardes de domingo. Reclamações, processos internos e judiciais são movidos pelas mais diferentes razões. Latidos de cachorros, brigas de casal, bebês chorando, às vezes são incontroláveis ou ninguém quer – ou deve – meter a colher. Impera aí o bom senso de barulhentos e ouvintes.
Os serviços de fiscalização, como os “156” ou números de telefone disponíveis, não o são com frequência, especialmente em feriados e finais de semana quando os ânimos estão mais exaltados e as baladas comandam o comportamento de pessoas criadas com mais liberdade do que deveriam.
Não se pode contar com quase ninguém. O jeito é fazer a parte que cabe a cada um. Quem sabe do “de grão em grão” teríamos momentos de paz em decibéis baixos dentro de nossos lares.
Como num filme da Broadway, tudo seria lindo se fosse lindo! Claro que a pressa, o mau humor coletivo no trânsito, problemas em casa e no trabalho fazem com que queiramos mais tranquilidade. Descontentamentos são extravazados de formas diferentes. Uns se calam, outros aumentam o volume! Certa vez, o Maestro Zubin Mehta quando em visita ao Brasil, disse: “Vídeo clipes são até legais quando abaixamos o volume”.
Seria bucólico assistir ao caminhão das pamonhas apenas passando, sem barulho. Quem sabe pudéssemos nos deliciar mais vezes com a pamonha? Sem alarde, como fariam os mineiros ou os finlandeses, em silêncio.
Ana Carla Vannucchi é fotógrafa e colabora com publicações e sites escrevendo sobre fotografia e inclusão
carlavannucchi@uol.com.br
http://carlavannucchi.blog.uol.com.br
De Piracicaba, São Paulo, Campinas, qualquer lugar. Poderia até ser na Finlândia se eles tivessem o milho, a tecnologia rudimentar e o jeitinho necessários para produzir esta iguaria. De saborosa pode chegar a ser odiada, especialmente nas cidades, bairros e casas violentamente invadidas pelo insistente megafone, pelas caixas de som de tamanho descomunal plantadas sobre carros velhos que passeiam e, sem a menor cerimônia, martelam em nossos ouvidos a palavra pamonha.
Se fosse só pamonha, ainda haveria uma desculpa, mesmo sem saber qual seria, mas o que acontece é que essa prática está prevista em lei[1][1] também em Campinas:
Lei 2.516 de 16/06/1961-"Artigo 1.1.01 - É proibido perturbar o bem-estar e o sossego público ou da vizinhança, com ruídos, algazarras, barulhos ou sons de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma, que ultrapassem os níveis máximos de intensidade tolerados por esta Lei." - Obs: A Lei 2.516, não discorre o limite de decibéis no seu texto. Lei 8.861 de 19/061996- "Artigo 11- (Alterado pela Lei n° 10.491, de 19/04/2000) Os equipamentos ou aparelhos causadores de perturbação do sossego público poderão ser lacrados, ou apreendidos, ou multados, por fiscais de serviços públicos, quando não houver atendimento à intimação, que deverá ser cumprida no prazo máximo de 24 horas".
De cidade para cidade o nível máximo de decibéis difere, inclusive para períodos diferentes. Pamonha, abacaxi, melancia, conserto de panelas. É barato para o empreendedor barulhento. Ele não paga aluguel e nem os impostos normais referentes ao seu negócio, a não ser os que estão embutidos na compra do produto e da gasolina. Pode ser às 7 da manhã, às duas da tarde, às 7 da noite no horário de verão. É só andar bem devagar e gritar para a freguesia que, se não entender o que foi dito, não tem problema, sairá à rua só para ver o que acontece lá fora, porque tanto barulho.
Parece que essas pessoas não têm em suas casas bebês dormindo, pais idosos doentes, filhos cansados por que trabalham no turno da noite numa fábrica também barulhenta. Parece normal e razoável que nossas casas vibrem com barulhos da rua. Há também os motoqueiros, funkeiros de plantão chacoalhando seus carros com portas abertas exigindo que o mundo ouça o que eles querem. ("o gosto musical do vizinho é sempre suspeito" - LFV)
Como para a maioria dos assuntos relativos à cidadania, falta de respeito é o que há de mais relevante. Mesmo infringindo regras de condomínio, furadeiras fora de hora tiram de moradores o sossego das tardes de domingo. Reclamações, processos internos e judiciais são movidos pelas mais diferentes razões. Latidos de cachorros, brigas de casal, bebês chorando, às vezes são incontroláveis ou ninguém quer – ou deve – meter a colher. Impera aí o bom senso de barulhentos e ouvintes.
Os serviços de fiscalização, como os “156” ou números de telefone disponíveis, não o são com frequência, especialmente em feriados e finais de semana quando os ânimos estão mais exaltados e as baladas comandam o comportamento de pessoas criadas com mais liberdade do que deveriam.
Não se pode contar com quase ninguém. O jeito é fazer a parte que cabe a cada um. Quem sabe do “de grão em grão” teríamos momentos de paz em decibéis baixos dentro de nossos lares.
Como num filme da Broadway, tudo seria lindo se fosse lindo! Claro que a pressa, o mau humor coletivo no trânsito, problemas em casa e no trabalho fazem com que queiramos mais tranquilidade. Descontentamentos são extravazados de formas diferentes. Uns se calam, outros aumentam o volume! Certa vez, o Maestro Zubin Mehta quando em visita ao Brasil, disse: “Vídeo clipes são até legais quando abaixamos o volume”.
Seria bucólico assistir ao caminhão das pamonhas apenas passando, sem barulho. Quem sabe pudéssemos nos deliciar mais vezes com a pamonha? Sem alarde, como fariam os mineiros ou os finlandeses, em silêncio.
Ana Carla Vannucchi é fotógrafa e colabora com publicações e sites escrevendo sobre fotografia e inclusão
carlavannucchi@uol.com.br
http://carlavannucchi.blog.uol.com.br
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
(BOATO)Proibição de tatuagens em São Paulo
Alguem fez o que eu deveria ter feito.
conferido a fonte e a noticia em si.
errei.
as piadinhas que rolaram sao merecidas, mas aqui, todos tem espaço.
e erros sao naturais, e aqui não a vergonha de admiti-los
pelomenos nao por mim.
como o foco aqui eh a verdade, então lá vai ela.
http://evolutionbody.blogspot.com/2007/11/projeto-de-lei-347907-pele-limpa-puro.html
algm que procurou de fato as coisas, e viu q n passava de um boato.
desculpem mais uma vez.
Thiago carvalho é: estudante de filosofia da universidade federal de sao paulo. erra, assume, e aprende. desculpa-se com todos.
conferido a fonte e a noticia em si.
errei.
as piadinhas que rolaram sao merecidas, mas aqui, todos tem espaço.
e erros sao naturais, e aqui não a vergonha de admiti-los
pelomenos nao por mim.
como o foco aqui eh a verdade, então lá vai ela.
http://evolutionbody.blogspot.com/2007/11/projeto-de-lei-347907-pele-limpa-puro.html
algm que procurou de fato as coisas, e viu q n passava de um boato.
desculpem mais uma vez.
Thiago carvalho é: estudante de filosofia da universidade federal de sao paulo. erra, assume, e aprende. desculpa-se com todos.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Rede Globo, Quem é delinquente e vandalo do patrimonio publico?
Alunos acampam na Unifesp e exigem saída do vice-reitor
Estudantes querem eleição direta paritária, após a renúncia de Ulysses Fagundes Neto na última segunda
Bianca Pinto Lima, do estadao.com.br
Tamanho do texto? A A A A
SÃO PAULO - Estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão acampados em frente ao prédio da instituição, na Vila Clementino, desde a noite de segunda-feira, 25, para exigir eleição direta paritária para reitor. Acusado na crise dos cartões corporativos, Ulysses Fagundes Neto pediu demissão do cargo nesta segunda. De acordo com o coordenador-geral do diretório da universidade, Tiago Cherbo, os alunos exigem agora a saída do vice-reitor, Sérgio Tufic, que já assumia interinamente a reitoria desde as férias de Fagundes Neto, no início de agosto.
Veja Também:
Entenda a crise dos cartões corporativos
Segundo Cherbo, os alunos ainda não entraram em negociação com a universidade. "Esse é o momento de pressionar. Depois tentaremos o diálogo", afirmou. Segundo o membro do diretório, os estudantes não reconhecem Tufic como "uma liderança que pode articular as forças nesse momento de crise" e acreditam que ele também tenha realizado gastos abusivos por meio dos cartões corporativos.
Uma assembléia-geral será organizada na quarta ou quinta-feira para discutir os rumos do movimento. Segundo Cherbo, os alunos do campus Guarulhos também aderiram à paralisação e o diretório está negociando o apoio dos estudantes de Santos e São José dos Campos.
Segundo o Ministério da Educação, a Unifesp tem o prazo de 60 dias para realizar o processo de escolha do novo reitor. Procurada, a assessoria da universidade não quis se manifestar.
Na época das denúncias, estudantes pediram a renúncia de Fagundes Neto e chegaram a invadir a reitoria da universidade. Em entrevista coletiva, o ex-reitor disse não ter abusado do cartão corporativo por má-fé, mas por falta de orientação.
Demissão
A assessoria de Neto disse ao estadao.com.br que, devido ao envolvimento de seu nome nas investigações, o ex-reitor "achou melhor se afastar para se dedicar à sua defesa". Matéria do jornal O Globo em abril mostrou que, em um ano e meio o reitor gastou quase R$ 80 mil em compras de cosméticos, material esportivo, aluguel de carro e diárias em hotéis, um deles na Disney, em Orlando (EUA).
Acusado de hospedar-se num hotel da Disney e pagar a conta com o cartão, o reitor apresentou documentos mostrando que o motivo da viagem a Orlando, nos Estados Unidos, de 17 a 22 de outubro de 2006, não foi lazer nem férias. Ele instalou-se como hóspede no Lake Buena Vista, um dos estabelecimentos do complexo Disney, porque foi lá o 19º Encontro Anual da Sociedade Norte-Americana de Gastroenterologia Pediátrica, do qual o reitor, que é médico desta especialidade, participou como palestrante, autorizado pelo ministério.
Em abril, ele já devolveu R$ 85,5 mil à administração federal. A primeira vez que Fagundes Neto usou o cartão corporativo foi em junho de 2006, na Alemanha. Empenhado em trazer para o Brasil o 3º Congresso Mundial de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição, o reitor não só apresentou um trabalho científico no 2º congresso, em Grenden, como se reuniu com colegas da Federação Internacional das Sociedades de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição (FISPGHAN), que o ajudam a organizar o evento seguinte no Brasil.
O reitor foi convocado a depor na CPI Mista dos Cartões Corporativos, mas adiou depoimento alegando compromissos agendados antes de ter sido convocado.
Thiago carvalho é estudante de filosofia da universidade federal de sao paulo, do campus guarulhos, tachado como radical, "rebelde sem causa" e outras coisas, por desde o começo do ano brigar pela saida do reitor.
Estudantes querem eleição direta paritária, após a renúncia de Ulysses Fagundes Neto na última segunda
Bianca Pinto Lima, do estadao.com.br
Tamanho do texto? A A A A
SÃO PAULO - Estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão acampados em frente ao prédio da instituição, na Vila Clementino, desde a noite de segunda-feira, 25, para exigir eleição direta paritária para reitor. Acusado na crise dos cartões corporativos, Ulysses Fagundes Neto pediu demissão do cargo nesta segunda. De acordo com o coordenador-geral do diretório da universidade, Tiago Cherbo, os alunos exigem agora a saída do vice-reitor, Sérgio Tufic, que já assumia interinamente a reitoria desde as férias de Fagundes Neto, no início de agosto.
Veja Também:
Entenda a crise dos cartões corporativos
Segundo Cherbo, os alunos ainda não entraram em negociação com a universidade. "Esse é o momento de pressionar. Depois tentaremos o diálogo", afirmou. Segundo o membro do diretório, os estudantes não reconhecem Tufic como "uma liderança que pode articular as forças nesse momento de crise" e acreditam que ele também tenha realizado gastos abusivos por meio dos cartões corporativos.
Uma assembléia-geral será organizada na quarta ou quinta-feira para discutir os rumos do movimento. Segundo Cherbo, os alunos do campus Guarulhos também aderiram à paralisação e o diretório está negociando o apoio dos estudantes de Santos e São José dos Campos.
Segundo o Ministério da Educação, a Unifesp tem o prazo de 60 dias para realizar o processo de escolha do novo reitor. Procurada, a assessoria da universidade não quis se manifestar.
Na época das denúncias, estudantes pediram a renúncia de Fagundes Neto e chegaram a invadir a reitoria da universidade. Em entrevista coletiva, o ex-reitor disse não ter abusado do cartão corporativo por má-fé, mas por falta de orientação.
Demissão
A assessoria de Neto disse ao estadao.com.br que, devido ao envolvimento de seu nome nas investigações, o ex-reitor "achou melhor se afastar para se dedicar à sua defesa". Matéria do jornal O Globo em abril mostrou que, em um ano e meio o reitor gastou quase R$ 80 mil em compras de cosméticos, material esportivo, aluguel de carro e diárias em hotéis, um deles na Disney, em Orlando (EUA).
Acusado de hospedar-se num hotel da Disney e pagar a conta com o cartão, o reitor apresentou documentos mostrando que o motivo da viagem a Orlando, nos Estados Unidos, de 17 a 22 de outubro de 2006, não foi lazer nem férias. Ele instalou-se como hóspede no Lake Buena Vista, um dos estabelecimentos do complexo Disney, porque foi lá o 19º Encontro Anual da Sociedade Norte-Americana de Gastroenterologia Pediátrica, do qual o reitor, que é médico desta especialidade, participou como palestrante, autorizado pelo ministério.
Em abril, ele já devolveu R$ 85,5 mil à administração federal. A primeira vez que Fagundes Neto usou o cartão corporativo foi em junho de 2006, na Alemanha. Empenhado em trazer para o Brasil o 3º Congresso Mundial de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição, o reitor não só apresentou um trabalho científico no 2º congresso, em Grenden, como se reuniu com colegas da Federação Internacional das Sociedades de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição (FISPGHAN), que o ajudam a organizar o evento seguinte no Brasil.
O reitor foi convocado a depor na CPI Mista dos Cartões Corporativos, mas adiou depoimento alegando compromissos agendados antes de ter sido convocado.
Thiago carvalho é estudante de filosofia da universidade federal de sao paulo, do campus guarulhos, tachado como radical, "rebelde sem causa" e outras coisas, por desde o começo do ano brigar pela saida do reitor.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Garrincha!
Garrincha
por Eduardo Galeano
Algum de seus muitos irmãos lhe batizou Garrincha, que é o nome de um passarinho inútil e feio. Quando começou a jogar futebol, os médicos pioraram a situação: diagnosticaram que este anormal nunca chegaria a ser um esportista, este pobre resto da fome e da poliomielite, burro e cocho, com um cérebro infantil, uma coluna vertebral como um S e as duas pernas tortas para o mesmo lado. Nunca houve um ponta direita como ele. No Mundial de 58 foi o melhor de sua posição. No Mundial de 62, o melhor jogador do campeonato. Mas, ao longo de seus anos nos campos, Garrincha foi mais: foi o homem que deu mais alegria em toda a história do futebol.
Quando ele estava lá, o campo de jogo era um picadeiro de circo; a bola, um bicho amestrado; a partida, um convite à festa. Garrincha não deixava ninguém roubar a bola, menino defendendo seu mascote, e a bola e ele cometiam diabruras que matavam de rir às pessoas: saltava sobre ela, ela brincava com ele, ela se escondia, ele escapava, ela corria. No caminho, os rivais se chocavam entre si, se enroscavam nas pernas, se mareavam, caiam sentados.
Garrincha exercia suas picardias de malandro na beira do campo, sobre a linha direita, longe do centro: criado nos subúrbios, nos subúrbios jogava. Jogava para um clube chamado Botafogo, e esse era ele: o bota fogo que incendiava os estádios, louco pela aguardente e por tudo que era ardente, ele que fugia das concentrações, fugindo pela janela, porque dos mais distantes lugares lhe chamava uma bola que pedia para ser jogada, alguma música que exigia ser dançada, alguma mulher que queria ser beijada.
Um vencedor? Um perdedor com boa sorte. E a boa sorte não dura. Como dizem no Brasil, se a merda tivesse valor, os pobres nasceriam sem bunda. Garrincha morreu de sua morte: pobre, bêbado e sozinho
Thiago Carvalho é: Estudante de filosofia da Universidade Federal de São Paulo
por Eduardo Galeano
Algum de seus muitos irmãos lhe batizou Garrincha, que é o nome de um passarinho inútil e feio. Quando começou a jogar futebol, os médicos pioraram a situação: diagnosticaram que este anormal nunca chegaria a ser um esportista, este pobre resto da fome e da poliomielite, burro e cocho, com um cérebro infantil, uma coluna vertebral como um S e as duas pernas tortas para o mesmo lado. Nunca houve um ponta direita como ele. No Mundial de 58 foi o melhor de sua posição. No Mundial de 62, o melhor jogador do campeonato. Mas, ao longo de seus anos nos campos, Garrincha foi mais: foi o homem que deu mais alegria em toda a história do futebol.
Quando ele estava lá, o campo de jogo era um picadeiro de circo; a bola, um bicho amestrado; a partida, um convite à festa. Garrincha não deixava ninguém roubar a bola, menino defendendo seu mascote, e a bola e ele cometiam diabruras que matavam de rir às pessoas: saltava sobre ela, ela brincava com ele, ela se escondia, ele escapava, ela corria. No caminho, os rivais se chocavam entre si, se enroscavam nas pernas, se mareavam, caiam sentados.
Garrincha exercia suas picardias de malandro na beira do campo, sobre a linha direita, longe do centro: criado nos subúrbios, nos subúrbios jogava. Jogava para um clube chamado Botafogo, e esse era ele: o bota fogo que incendiava os estádios, louco pela aguardente e por tudo que era ardente, ele que fugia das concentrações, fugindo pela janela, porque dos mais distantes lugares lhe chamava uma bola que pedia para ser jogada, alguma música que exigia ser dançada, alguma mulher que queria ser beijada.
Um vencedor? Um perdedor com boa sorte. E a boa sorte não dura. Como dizem no Brasil, se a merda tivesse valor, os pobres nasceriam sem bunda. Garrincha morreu de sua morte: pobre, bêbado e sozinho
Thiago Carvalho é: Estudante de filosofia da Universidade Federal de São Paulo
Outra versao para Ingrid...
A verdadeira operação de "Resgate" de Ingrid Betancourt e os Mercenários Americanos
Para poder entender a "operacão de resgate" de Ingrid Betancourt e dos mercenários da empresa Northrop Grumman Corporation que foram soltos junto com ela, é necessário juntar as peças publicadas nos meios, filtrar o conteúdo e daí conseguir formar um verdadeiro entendimento dos fatos que aconteceram.
1. No dia 3 de Junho, a Senadora Colombiana Piedad Cordoba revelou que possuía informação de que o governo da Colômbia estava negociando um acordo com as FARC para trocar dinheiro pela liberdade de Betancourt e dos mercenários. A política oficial dos dois países, Colômbia e Estados Unidos, é de que eles "não negociam com terroristas," enquanto diversos líderes dos países da América Latina acusam o Presidente Uribe de apoiar os esquadrões da morte feitos por paramilitares e acusam os Estados Unidos por promover apoio e por garantir segurança a terroristas conhecidos, tal como Orlando Bosch e Luis Posada Carriles.
2. Observadores atentos começaram a questionar as estranhas circunstâncias que envolveram o acontecimento do "resgate dramático" de Ingrid Betancourt. Alguns homens vestindo camisetas do Che Guevara simplesmente apareceram e colocaram os reféns a bordo de um helicóptero? Se fosse assim tão fácil, por que não o fizeram anos atrás? A mídia francesa também estranhou o fato de que Betancourt não tinha a aparência desolada e faminta das imagens antes divulgadas de quando ainda estava no cativeiro - ela possuía uma aparência saudável e de ter sido bem alimentada, como se estivesse sido preparada para ser libertada.
Mais confusão veio quando a mídia capitalista utilizou desta oportunidade para editar a conferência com a imprensa dada por Betancourt, mantendo apenas as partes que glorificam a Uribe e os Estados Unidos e excluíndo as partes em que ela fala sobre Hugo Chavez da Venezuela e Rafael Correa do Equador e seus importantes esforços para encontrar uma solução diplomática e pacífica para essa crise. A conferência com a imprensa foi transmitida na íntegra pelos meios latino-americanos, como Telesur, mas apenas pequenos pedaços editados foram transmitidos por CNN (canal em Inglês), Fox News e outros meios do hemisfério norte. Por exemplo, uma das coisas excluídas na versão editada foram os comentários de Betancourt de que ela se sentiu usada por toda a situação e que a operação colocou a vida dos reféns em risco enquanto uma solução diplomática, como as realizadas pelo Presidente Chavez, garantizavam a seguranca dos reféns.
A mídia capitalista, sem nenhuma vergonha, começou imediatamente a usar da situação para promover os seus objetivos políticos: em todos os lugares na mídia corporativa, Uribe esta sendo colocado como herói, os dias estão contados para as FARC e nada é mencionado sobre as ações diplomáticas e pacíficas feitas por Chavez e que libertou diversos reféns mantidos pelas FARC.
Nesta sexta-feira, informações comecaram a vir a tona, que na realidade, o governo da Colômbia pagou secretamente U$20 milhões de dólares para as FARC em troca da libertação de Betancourt e dos mercenários norte-americanos, confirmando o que a Senadora Cordoba havia dito um mês atrás. Essa história foi publicada pelo meio Francês MediaPart e pela rádio Suisse Romande da Suiça. MediaPart também divulgou que França e Colômbia teriam garantido asilo seguro para alguns membros das FARC como parte do acordo.
Dominique Moisi, um dos mais proeminentes especialistas em políticas exteriores da Franca, disse que era "possível" que as FARC tenha recebido dinheiro em troca dos prisioneiros. "Eles foram levados em ordem para serem entregues, como chefes da Máfia," disse ao canal estatal Francês de televisão.
Em função desses eventos, o governo do Equador suspendeu as relações diplomáticas do país com a Colômbia.
A notícia de que U$20 milhões de dólares foram pagos, está circulando rapidamente por toda a mídia corporativa enquanto lutam para tentar distorcer as informações. A confusão causada por essa operação bizarra faz muito mais sentido quando é vista como uma ação pré-organizada, para trocar reféns por dinheiro. E, a verdadeira face da extrema-direita latino-americana foi mais uma vez exposta.
Vale a pena repetir que junto com Betancourt, também foram soltos militares dos Estados Unidos que trabalhando com contratos privados, eles foram capiturados quando o avião que fazia vôos de obersavação caiu dentro de um território controlado pelas FARC durante uma operação do Plano Colômbia. Northrop Grumman, uma empresa que fabrica aviões e armamentos, recebeu um contrato de $60 milhões para providenciar apoio logístico para as operações militares dos Estados Unidos e da Colômbia nas regiões de guerra. Entre os anos de 1990 e 2002, Northrop Grumman contribuiu com US8.5 milhões de dólares para campanhas federais. Coincidentemente, pelo menos "sete oficiais, consultantes ou acionistas da Northrop Grumman" tiveram cargos dentro da administração do presidente Bush, incluíndo os Subsecretários de Defesa, Paul Wolfowitz e Lewis Libby (que foram indiciados por obstrucão da justica, duas acusações de falso testemunho e por terem dado falsas declarações para investigadores federais sobre a sua participação na exposição "ilegal" da agente Valerie Plame da CIA). Além disso, o Plano Colômbia tem sido repetivamente criticado por organizações internacionais de direitos humanos, incluíndo a Anestia Internacional e as Nações Unidas, por manter relações próximas com esquadrões da morte da extrema-direita, providenciando assistência para organizações ilegais terroristas da extrema-direita além da participação direta ou indireta em massacres e atrocidades. Maior parte dos terroristas da extrema-direita na Colômbia são ex-membros do exército Colombiano, como o comandante paramilitar "Yair", que apoia abertamente o Plano Colômbia e oferece publicamente o seu apoio as operações feitas pelo Plano Colômbia.
Por último, deve salientar-se que o governo da Colômbia sob Uribe, que tem se beneficiado com a comemoração generalizada feita pela imprensa corporativa nos últimos dias, é rotineiramente condenado como tendo um dos piores recordes de direitos humanos em qualquer país do mundo. Mais de 60 membros da coligação congressual do Presidente Uribe estão sob investigação por fraude eleitoral ou colaborando com grupos de direita classificadas como "organizações terroristas" pelos Estados Unidos. A Colômbia é o país mais perigoso do mundo para organizadores sindicais, com a taxa mais elevada em todo o mundo de assassinatos e execuções extra-judiciais de sindicalistas. Desde que começou o Plano Colômbia, os Estados Unidos enviou cerca de US$4.7 bilhões de dólares para o governo da Colômbia, descrito pela Senadora Cordoba como uma "democracia que governa através do medo e do terror." A própria Senadora Cordoba, foi seqüestrada por 12 terroristas armados afiliados ao governo. Senadora Cordoba diz que as operações do Plano Colômbia são usadas apenas parcialmente para combater a chamada "guerra às drogas": "É também utilizado para silenciar aqueles, que como nós, falamos publicamente contra o governo. Eles tentam calar-nos através de seqüestros, desparecimentos e até mesmo mantando muitos de nós." Ao contrário de muitos países latino-americanos, que derrubaram as brutais ditaduras apoiadas pelos EUA que governou o continente durante grande pate do século 20, a Colômbia é uma lembrança ativa de como a vida constumava ser por toda a América do Sul -- ditadores ferozes e repressivos que aterrorizavam a população com dinheiro e armas fornecidas pelos Estados Unidos em troca de apoio às suas políticas. Como que um governo deste tipo pode receber homenagens e felicitações demonstradas pelos meios capitalistas nos últimos dias, uma vez que negociaram a libertação de Ingrid Betancourt e dos mercenários norte-americanos através do pagamento de U$20 milhões de dólares? Como que pode uma mídia que é supostamente democrática e livre homenagear sem nenhuma crítica um governo deste tipo?
Hoje, Fidel Castro fez uma das declarações mais sensatas sobre esta situacão: prender cívis esta errado mas o que é pior é que os Estados Unidos, o ocidente, a mídia capitalista estão explorando esta situação para mascarar e justificar os horrores genocidas que eles vem impondo a América Laina por centenas de anos, até o dia de hoje. Até mesmo agora, os soldados do Plano Colômbia e os seus esquadrões da morte da extrema-direita continuam assassinando líderes de sindicatos a sangre frio, continuam aterrorizando a população civil da Colômbia, e continuam protegendo terroristas que cacam e matam qualquer um que esteja buscando justiça social para esta região, uma causa que coloca em risco o poder e o lucro dos dominantes, da classe dominante.
Fonte: CMI
Para poder entender a "operacão de resgate" de Ingrid Betancourt e dos mercenários da empresa Northrop Grumman Corporation que foram soltos junto com ela, é necessário juntar as peças publicadas nos meios, filtrar o conteúdo e daí conseguir formar um verdadeiro entendimento dos fatos que aconteceram.
1. No dia 3 de Junho, a Senadora Colombiana Piedad Cordoba revelou que possuía informação de que o governo da Colômbia estava negociando um acordo com as FARC para trocar dinheiro pela liberdade de Betancourt e dos mercenários. A política oficial dos dois países, Colômbia e Estados Unidos, é de que eles "não negociam com terroristas," enquanto diversos líderes dos países da América Latina acusam o Presidente Uribe de apoiar os esquadrões da morte feitos por paramilitares e acusam os Estados Unidos por promover apoio e por garantir segurança a terroristas conhecidos, tal como Orlando Bosch e Luis Posada Carriles.
2. Observadores atentos começaram a questionar as estranhas circunstâncias que envolveram o acontecimento do "resgate dramático" de Ingrid Betancourt. Alguns homens vestindo camisetas do Che Guevara simplesmente apareceram e colocaram os reféns a bordo de um helicóptero? Se fosse assim tão fácil, por que não o fizeram anos atrás? A mídia francesa também estranhou o fato de que Betancourt não tinha a aparência desolada e faminta das imagens antes divulgadas de quando ainda estava no cativeiro - ela possuía uma aparência saudável e de ter sido bem alimentada, como se estivesse sido preparada para ser libertada.
Mais confusão veio quando a mídia capitalista utilizou desta oportunidade para editar a conferência com a imprensa dada por Betancourt, mantendo apenas as partes que glorificam a Uribe e os Estados Unidos e excluíndo as partes em que ela fala sobre Hugo Chavez da Venezuela e Rafael Correa do Equador e seus importantes esforços para encontrar uma solução diplomática e pacífica para essa crise. A conferência com a imprensa foi transmitida na íntegra pelos meios latino-americanos, como Telesur, mas apenas pequenos pedaços editados foram transmitidos por CNN (canal em Inglês), Fox News e outros meios do hemisfério norte. Por exemplo, uma das coisas excluídas na versão editada foram os comentários de Betancourt de que ela se sentiu usada por toda a situação e que a operação colocou a vida dos reféns em risco enquanto uma solução diplomática, como as realizadas pelo Presidente Chavez, garantizavam a seguranca dos reféns.
A mídia capitalista, sem nenhuma vergonha, começou imediatamente a usar da situação para promover os seus objetivos políticos: em todos os lugares na mídia corporativa, Uribe esta sendo colocado como herói, os dias estão contados para as FARC e nada é mencionado sobre as ações diplomáticas e pacíficas feitas por Chavez e que libertou diversos reféns mantidos pelas FARC.
Nesta sexta-feira, informações comecaram a vir a tona, que na realidade, o governo da Colômbia pagou secretamente U$20 milhões de dólares para as FARC em troca da libertação de Betancourt e dos mercenários norte-americanos, confirmando o que a Senadora Cordoba havia dito um mês atrás. Essa história foi publicada pelo meio Francês MediaPart e pela rádio Suisse Romande da Suiça. MediaPart também divulgou que França e Colômbia teriam garantido asilo seguro para alguns membros das FARC como parte do acordo.
Dominique Moisi, um dos mais proeminentes especialistas em políticas exteriores da Franca, disse que era "possível" que as FARC tenha recebido dinheiro em troca dos prisioneiros. "Eles foram levados em ordem para serem entregues, como chefes da Máfia," disse ao canal estatal Francês de televisão.
Em função desses eventos, o governo do Equador suspendeu as relações diplomáticas do país com a Colômbia.
A notícia de que U$20 milhões de dólares foram pagos, está circulando rapidamente por toda a mídia corporativa enquanto lutam para tentar distorcer as informações. A confusão causada por essa operação bizarra faz muito mais sentido quando é vista como uma ação pré-organizada, para trocar reféns por dinheiro. E, a verdadeira face da extrema-direita latino-americana foi mais uma vez exposta.
Vale a pena repetir que junto com Betancourt, também foram soltos militares dos Estados Unidos que trabalhando com contratos privados, eles foram capiturados quando o avião que fazia vôos de obersavação caiu dentro de um território controlado pelas FARC durante uma operação do Plano Colômbia. Northrop Grumman, uma empresa que fabrica aviões e armamentos, recebeu um contrato de $60 milhões para providenciar apoio logístico para as operações militares dos Estados Unidos e da Colômbia nas regiões de guerra. Entre os anos de 1990 e 2002, Northrop Grumman contribuiu com US8.5 milhões de dólares para campanhas federais. Coincidentemente, pelo menos "sete oficiais, consultantes ou acionistas da Northrop Grumman" tiveram cargos dentro da administração do presidente Bush, incluíndo os Subsecretários de Defesa, Paul Wolfowitz e Lewis Libby (que foram indiciados por obstrucão da justica, duas acusações de falso testemunho e por terem dado falsas declarações para investigadores federais sobre a sua participação na exposição "ilegal" da agente Valerie Plame da CIA). Além disso, o Plano Colômbia tem sido repetivamente criticado por organizações internacionais de direitos humanos, incluíndo a Anestia Internacional e as Nações Unidas, por manter relações próximas com esquadrões da morte da extrema-direita, providenciando assistência para organizações ilegais terroristas da extrema-direita além da participação direta ou indireta em massacres e atrocidades. Maior parte dos terroristas da extrema-direita na Colômbia são ex-membros do exército Colombiano, como o comandante paramilitar "Yair", que apoia abertamente o Plano Colômbia e oferece publicamente o seu apoio as operações feitas pelo Plano Colômbia.
Por último, deve salientar-se que o governo da Colômbia sob Uribe, que tem se beneficiado com a comemoração generalizada feita pela imprensa corporativa nos últimos dias, é rotineiramente condenado como tendo um dos piores recordes de direitos humanos em qualquer país do mundo. Mais de 60 membros da coligação congressual do Presidente Uribe estão sob investigação por fraude eleitoral ou colaborando com grupos de direita classificadas como "organizações terroristas" pelos Estados Unidos. A Colômbia é o país mais perigoso do mundo para organizadores sindicais, com a taxa mais elevada em todo o mundo de assassinatos e execuções extra-judiciais de sindicalistas. Desde que começou o Plano Colômbia, os Estados Unidos enviou cerca de US$4.7 bilhões de dólares para o governo da Colômbia, descrito pela Senadora Cordoba como uma "democracia que governa através do medo e do terror." A própria Senadora Cordoba, foi seqüestrada por 12 terroristas armados afiliados ao governo. Senadora Cordoba diz que as operações do Plano Colômbia são usadas apenas parcialmente para combater a chamada "guerra às drogas": "É também utilizado para silenciar aqueles, que como nós, falamos publicamente contra o governo. Eles tentam calar-nos através de seqüestros, desparecimentos e até mesmo mantando muitos de nós." Ao contrário de muitos países latino-americanos, que derrubaram as brutais ditaduras apoiadas pelos EUA que governou o continente durante grande pate do século 20, a Colômbia é uma lembrança ativa de como a vida constumava ser por toda a América do Sul -- ditadores ferozes e repressivos que aterrorizavam a população com dinheiro e armas fornecidas pelos Estados Unidos em troca de apoio às suas políticas. Como que um governo deste tipo pode receber homenagens e felicitações demonstradas pelos meios capitalistas nos últimos dias, uma vez que negociaram a libertação de Ingrid Betancourt e dos mercenários norte-americanos através do pagamento de U$20 milhões de dólares? Como que pode uma mídia que é supostamente democrática e livre homenagear sem nenhuma crítica um governo deste tipo?
Hoje, Fidel Castro fez uma das declarações mais sensatas sobre esta situacão: prender cívis esta errado mas o que é pior é que os Estados Unidos, o ocidente, a mídia capitalista estão explorando esta situação para mascarar e justificar os horrores genocidas que eles vem impondo a América Laina por centenas de anos, até o dia de hoje. Até mesmo agora, os soldados do Plano Colômbia e os seus esquadrões da morte da extrema-direita continuam assassinando líderes de sindicatos a sangre frio, continuam aterrorizando a população civil da Colômbia, e continuam protegendo terroristas que cacam e matam qualquer um que esteja buscando justiça social para esta região, uma causa que coloca em risco o poder e o lucro dos dominantes, da classe dominante.
Fonte: CMI
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