A História deste país continental é formada por clichés, mentiras (se é que os clichés não já se tornaram mentiras), esperança e humor. Principalmente humor. É magnífico ver onze homens vestidos de amarelo e uma nação inteira depositando a esperança neles. É a pátria de chuteiras de Nélson Rodrigues. Magnífico e incomum são esses homens levarem seus apelidos ou nomes nas costas, ao contrário de todo resto do mundo que leva o sobrenome paterno nas espaldas. Usam amarelo, uma cor alegre por si só, são extrovertidos e informais, afinal eles rompem com formalidades e com o machismo de levarem o sobrenome como um peso nas costas. Têm um desejo olímpico de vencer: Quero dedicar essa vitória ao povo sofrido do meu país/ Quero pedir desculpa ao povo brasileiro por essa derrota, ele não merecia mais esse sofrimento.
Foi esse país de diferenças e informalidades que cunhou uma nova religião: o catolicismo sem prática. Podem ser cristão como metade da população mundial, mas o colonialismo com a sua cruz marcou tão profundamente a moral deste povo que este é até mesmo sem ser.
Por outro lado, só que do mesmo lado, é no paraíso que fica na terra onde se desenvolve as mais belas contradições(Somos pobres, a culpa é deles!): Fome, pobreza e corrupção. Tratar dessa tríade é ser cliché. O Brasil já está curado desse tipo de pequenice, afinal todos incluem aqueles que são excluídos de um jeito muito interessante: doações em dinheiro a mega empresa do ramo de comunicações. A Esperança depositada nas Crianças não combina com o que se diz de uma época em que o braço forte era a mão amiga da manipuladora.
Se somos uma espécie que estamos no meio dos invadores e dos primeiros habitantes desta terra, talvez fóssemos uns ninguéns. Eu sou alguém que é brasileiro mas de uma forma nova, o não praticante. Não quero no jeitinho, quero inteiro e não pela metade. Não quero samba nem mulatas rebolando. Quero de tudo e o todo.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
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