Como se nada mais fosse capaz de me fazer rir, vêm as propagandas eleitorais gratuitas. É claro que elas são gratuitas. Quem pagaria pra vê-las?!
Esforçando-me para tirar alguma coisa desses discursos políticos, cheguei a conclusão – não tão brilhante assim – que é tudo uniformizado. Pegue um sorriso branco à la colgate, uma proposta óbvia de governo e uns punhados de photoshop e monte seu candidato “perfeito”. É isso que me
parece fazer política no Brasil hoje em dia.
Fico triste é em perceber que se lutou tanto pela democracia, pelo direito a ter direito de escolhas, por trazer o Brasil de volta para a gente e, hoje, vivemos é na ilusão dessas conquistas. Não temos absolutamente nada disso. Ou melhor, até temos, mas não sabemos o que fazer com tudo isso. Terminamos por jogar fora anos de luta e acabamos por enfiar embaixo da mesa o que nos resta de dignidade política, junto com os cascos de cerveja que regam todo e qualquer comitê político que se preze nos dias atuais.
Sem dar destaque a nenhum partido em especial, está aí decretado o festival de mentiras populistas pra quem quiser ver. É só ligar a TV nos horários nobres. Tão nobres que se passam a mostrar essas baboseiras sem tamanho. Cada qual que diga que vai fazer e acontecer, ou mesmo que fulano ou beltrano não vai conseguir fazer o que está dizendo porque está aliado à Cicrano,
que não vale nada por não sei o que mais lá.
Desconheço o que é fazer política de verdade. Essa política bonita que aparece nos livros eu nunca vi realmente. Acredito nela, mas nunca a vi se concretizando. Já nasci numa época em que as pessoas interiorizaram o fazer político como um conglomerado de brigas partidárias, onde fazer alianças e comprar votos no jeitinho brasileiro de ser garantem o sucesso deste ou daquele candidato.
Vereador é aquele cara que tem mais de mil pessoas no Orkut. Esse vai sim ter chance de se eleger e lutar por causas que a maioria das pessoas que o elegeram não sabem nem do que se tratam. É assim que funciona. Quantas pessoas você conhece que sabem quais são as responsabilidades de um vereador?! Eu conheço poucas, mas, em contra partida, conheço um punhado considerável de ilustres desconhecidos que pretendem abocanhar o posto!
Tenho medo, muito medo mesmo do que os meus filhos vão ver como propaganda eleitoral. Se já faço parte dos telespectadores que sentem aquela sensaçãozinha de VA (leia-se: vergonha alheia) quando se deparam com as figuras dessas eleições atuais, imagine como será daqui a uns 10 anos?! Tenho vergonha principalmente de mim mesma quando sinto graça da desgraça. É um veneno embebido na população do qual ela nem se dá conta. A acomodação a tudo isso é tão natural quanto sentar em frente à TV e buscar pelo seu programa favorito.
Por isso, nessas eleições, tire leite de pedra e boa sorte!
Esforçando-me para tirar alguma coisa desses discursos políticos, cheguei a conclusão – não tão brilhante assim – que é tudo uniformizado. Pegue um sorriso branco à la colgate, uma proposta óbvia de governo e uns punhados de photoshop e monte seu candidato “perfeito”. É isso que me
parece fazer política no Brasil hoje em dia.
Fico triste é em perceber que se lutou tanto pela democracia, pelo direito a ter direito de escolhas, por trazer o Brasil de volta para a gente e, hoje, vivemos é na ilusão dessas conquistas. Não temos absolutamente nada disso. Ou melhor, até temos, mas não sabemos o que fazer com tudo isso. Terminamos por jogar fora anos de luta e acabamos por enfiar embaixo da mesa o que nos resta de dignidade política, junto com os cascos de cerveja que regam todo e qualquer comitê político que se preze nos dias atuais.
Sem dar destaque a nenhum partido em especial, está aí decretado o festival de mentiras populistas pra quem quiser ver. É só ligar a TV nos horários nobres. Tão nobres que se passam a mostrar essas baboseiras sem tamanho. Cada qual que diga que vai fazer e acontecer, ou mesmo que fulano ou beltrano não vai conseguir fazer o que está dizendo porque está aliado à Cicrano,
que não vale nada por não sei o que mais lá.
Desconheço o que é fazer política de verdade. Essa política bonita que aparece nos livros eu nunca vi realmente. Acredito nela, mas nunca a vi se concretizando. Já nasci numa época em que as pessoas interiorizaram o fazer político como um conglomerado de brigas partidárias, onde fazer alianças e comprar votos no jeitinho brasileiro de ser garantem o sucesso deste ou daquele candidato.
Vereador é aquele cara que tem mais de mil pessoas no Orkut. Esse vai sim ter chance de se eleger e lutar por causas que a maioria das pessoas que o elegeram não sabem nem do que se tratam. É assim que funciona. Quantas pessoas você conhece que sabem quais são as responsabilidades de um vereador?! Eu conheço poucas, mas, em contra partida, conheço um punhado considerável de ilustres desconhecidos que pretendem abocanhar o posto!
Tenho medo, muito medo mesmo do que os meus filhos vão ver como propaganda eleitoral. Se já faço parte dos telespectadores que sentem aquela sensaçãozinha de VA (leia-se: vergonha alheia) quando se deparam com as figuras dessas eleições atuais, imagine como será daqui a uns 10 anos?! Tenho vergonha principalmente de mim mesma quando sinto graça da desgraça. É um veneno embebido na população do qual ela nem se dá conta. A acomodação a tudo isso é tão natural quanto sentar em frente à TV e buscar pelo seu programa favorito.
Por isso, nessas eleições, tire leite de pedra e boa sorte!
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