terça-feira, 23 de setembro de 2008

Busca na Unifesp

Busca na Unifesp Foram recolhidos computadores e documentos na administração. Decisão da Justiça Federal veio após denúncia do SPTV.


O Ministério Público fez uma operação, nesta quinta-feira (18), para recolher computadores e documentos na administração da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Segundo a promotoria, a Justiça determinou a busca e a apreensão na universidade porque havia indícios de que provas estavam sendo destruídas.
A decisão da Justiça veio depois de denúncias feitas pelo SPTV, que mostrou que funcionários da Unifesp apareciam no banco de dados do SUS como se tivessem dois empregos. Até funcionários que morreram há mais de três anos apareciam na lista, como se ainda trabalhassem.
A antiga direção da universidade, que pediu demissão há três semanas, é investigada pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato e peculato, que é o uso indevido do dinheiro público.
Auditoria da CGU identifica novas irregularidades
Controladoria diz que universidade pagou aluguel com dinheiro público.
Imóveis eram usados por instituição privada.
O SPTV teve acesso a informações de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que aponta novas irregularidades nas contas da Unifesp. A universidade pagou com dinheiro público o aluguel de imóveis para a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), entidade privada que administra o Hospital São Paulo.
A presidência da SPDM era formada pelos mesmos integrantes da reitoria da Unifesp. Sérgio Tufik, ex-vice-reitor da universidade, deixou a vice-presidência da SPDM nesta terça-feira (9). A entidade já estava sem presidente há duas semanas, quando Ulysses Fagundes Neto renunciou ao cargo de reitor da universidade após denúncias de uso indevido de verbas públicas.
A troca da presidência da SPDM acontece às vésperas da divulgação do resultado de uma auditoria feita pela Controladoria Geral da União na Unifesp. O relatório apontou novas irregularidades nas contas da universidade e em sua relação com a entidade privada que administra o Hospital São Paulo.
Os contratos de aluguel de imóveis que ficam perto do hospital e dos campi da Unifesp na Vila Clementino, na Zona Sul de SP, são um dos principais problemas apontados pela auditoria da CGU.
Um dos contratos diz respeito a um prédio que fica na Rua Diogo de Faria, 1.036. No local, funciona a administração da SPDM, mas quem paga o aluguel do imóvel, quase R$ 50 mil por mês, é a Unifesp, com dinheiro público. No relatório, a CGU sugere que a entidade devolva R$ 724 mil, que foram gastos nos últimos anos com o imóvel. A Unifesp informou que nos próximos dias vai transferir o contrato do imóvel para a SPDM
Em meio à crise, a Unifesp recebeu uma boa notícia. Segundo um novo indicador do Ministério da Educação, a universidade foi considerada a melhor do país. No entanto, alunos da universidade que estudam em outras cidades não concordam e resolveram protestar na capital paulista.
“No campus de Guarulhos [Grande SP], falta professor, falta biblioteca, nós não temos bandejão, não temos acesso, não temos moradia”, reclama o estudante de ciências sociais Tales Bernardes.
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Obrigado Suely ;)

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