Pessoal, tenho a maior honra em apresentar-lhes Amanda Borba, estudante de jornalismo Da UFPE como nossa mais nova farejadora.
uma promissora jornalista, que tem a missão de nos abrir os olhos com seus textos providos de um charme que só a própria Amanda possui.
Única.
Seja Bem Vinda Amanda, Dou-lhe as boas vindas por todos os integrantes deste blog.
agora, meus amigos, deliciem-se com este texto.
O entre-lugar no discurso latino-americano
A discussão sobre identidade latino-americana volta à tona recentemente - a partir da segunda metade do século passado - tanto pelos novos movimentos sócio-revolucionários quanto por uma nova abordagem das ciências humanas a respeito dos problemas sociais da América Latina.Entretanto, para adentrar nesse tema é preciso, antes de tudo, debruçar-se sobre uma análise histórica: é necessário compreender o desenrolar do processo colonial vivido pelos latino-americanos e buscar o embrião do que seria a identidade dos povos da América.
O conflito entre colonizador e colonizado, sem dúvida, é a essência do que hoje se configura no embate entre Europa e Novo Mundo. Seria, na verdade, o desenrolar de uma história em curso, o desenlace que tende a estruturar o antagonismo entre inferior e superior. Esse desequilíbrio é sustentado pela defasagem e dependência econômica entre os países: o mais rico detém o poder e domina enquanto o mais pobre é subordinado aos interesses do primeiro.A noção de inferior é algo manipulado. Essa é a antiga (e por que não atual?) lógica colonialista. A colonização é, pois, a vitória do europeu no Novo Mundo e se configura menos por razões culturais do que por imposição brutal e violenta de uma nova conduta ideológica. Era mais uma ânsia dominadora do que um desejo de conhecer o "exótico". Não havia espaço para o contágio cultural, se fazia necessário o estabelecimento dos padrões metropolitanos, sendo os códigos religioso e lingüístico os principais asseguradores dessa dominação.
A Religião e Língua européias serviram como instrumentos de controle e sua arbitrariedade acaba por sustentar uma verdadeira cruzada em prol do extermínio dos traços originais do "selvagem". A América transformar-se-ia numa cópia, uma representação do que seria "civilizado". Seus traços originais tornam-se constantes alvos de extermínio por parte dos colonizadores, sendo a duplicação a única regra válida de civilização. E é essa lógica que permeia as práticas Neocolonialistas, só que, desta vez, a modernidade utiliza-se de novos métodos de coerção e dominação. A idéia agora é exportar o velho de forma lenta e gradual numa espécie de "exportação do dèmodè" e, com isso, incluem-se costumes e valores rejeitados pela metrópole.Consumimos o velho com a sensação ilusória de estarmos nos aproximando do "civilizado".
Entretanto, voltando-se para o passado colonial da América Latina, nota-se que há um desvio da norma em termos "civilizatórios": o que era para ser destruído e "revestido de europeu", acaba por mesclar-se com os elementos da metrópole. A América, enfim, desafia a noção de unidade a qual a Europa tanto quis fazer reinar. O elemento europeu funde-se com o "selvagem" e dá origem ao mestiço. O código lingüístico e a religião perdem sua "pureza" e se deixam "macular" por novas aquisições e, por fim, o elemento híbrido prevalece.
Hoje, a América Latina se encontra num dilema: não pode mais negar-se à invasão estrangeira nem, tampouco, pode almejar voltar a sua posição de isolamento. "O silêncio seria a resposta desejada pelo imperialismo cultural, ou ainda o eco sonoro que apenas serve para apertar os laços do poder conquistador. Falar, escrever, significam: falar contra, escrever contra"(Silviano Santiago). Ou seja, vive-se o impasse de estar contra ou omisso às influências estrangeiras.
Essa busca por identidade é uma constante na realidade brasileira. O Brasil, talvez mais do que qualquer outro país da América Latina, se vê incapaz de se reconhecer enquanto nação homogênea.Não se reconhece nem enquanto latino-americano - fato intensificado pela diferença de idioma perante os outros países. Em verdade, o país é um conjunto de nações que dividem o mesmo espaço territorial, uma verdadeira colcha de retalhos formada por indígenas, negros, brancos ( aí se incluem: portugueses,alemães,holandeses etc) e mestiços; cada qual com suas peculiaridades. E, provavelmente, é daí que surge a idéia de caráter postiço ou imitado de vida que nos é atribuído, pois o Brasil não é um corpo único que possui raízes próprias. É um emaranhado de raízes e tradições de diferentes povos, é uma mescla histórica onde cada parte contribuiu para a formação do todo.Como saber o que é original? Nossa originalidade se sustenta exatamente na ausência dela mesma. Somos uma junção das muitas originalidades. Segundo a compreensão de Oswald de Andrade, nós deglutimos o estrangeiro e nos criamos.
Desde o colégio, quando o professor nos ensina a valorizar fontes e influências em detrimento do conteúdo propriamente dito, aceitamos o caráter postiço que nos é atribuído. Esse falido método se enraizou no sistema universitário e menospreza ou até mesmo ridiculariza produções latino-americanas quando acentuam a "pureza" e "perfeição" de obras criadas pela sociedade colonialista ou neocolonialista, reduzindo a criação dos artistas latino-americanos à condição de obra parasitária e sem discurso próprio.Com isso, acreditamos que a verdade de um texto só pode ser assinalada pela dívida e pela imitação de uma fonte "pura" e "intangível".
É sobre essa realidade que versa a Semana de Arte Moderna de 1922. Ela procura reconhecer o Brasil em sua própria realidade, fugindo de conceituações pré-estabelecidas e aceitando a influência estrangeira, mas não como algo a ser imitado, mas como uma forma de acréscimo e adaptação ao já existente. As vanguardas européias se inserem nesse contexto adaptando seus elementos ao ver nacional e se moldando às necessidades dos artistas brasileiros. A idéia é meramente antropofágica: digerir o alheio e aproveitar apenas o que se é aproveitável para a realidade nacional. Seria, portanto, uma experiência sensual e reflexiva com o signo estrangeiro.
A ilusão do nacionalismo exarcebado, personificado pelo personagem Policarpo Quaresma, cria uma aversão a tudo que é exterior e rejeita possibilidades de assimilações benéficas. Esse tipo de purismo se estabelece como um antagonismo latente à marca de "inautenticidade" que nos é atribuída e, por sua vez, se torna tão indigno quanto o último. Preservar-se de valores estrangeiros não significa valorizar e engrandecer o local, isso seria meramente ilusório já que comportamos em nós mesmos o sentimento da contradição entre a realidade nacional e o prestígio ideológico dos países que nos servem de modelo.Entretanto, não é com ganância que devemos consumir o estrangeiro. Devemos absorver a produção destes de forma gradual e crítica sem transformar essa aceitação em modismo.
A dificuldade de reconhecer-se transparece nas mais diversas manifestações artísticas. O cinema, como excelente contador de histórias da humanidade, adequou-se perfeitamente à necessidade de transmitir as mais variadas narrativas sobre o que seria a identidade das nações por meio de projeções. Macunaíma, para dar um exemplo nacional, é a personificação do que seria a gênese do povo brasileiro. De modo análogo, as ficções literárias nacionalistas delineiam essa tentativa de auto-conhecimento. Em Iracema, José de Alencar deixa fluir a idéia de que o povo brasileiro é formado pela junção entre o indígena e o homem branco, excluindo o negro desse processo. Outros, como Gilberto Freyre, seguem outra linha de pensamento, admitindo o negro no processo construtor de nossa identidade. O fato é que o problema não é meramente racial. As culturas se entrelaçaram de tal forma que se torna impossível distrinchá-las e agregar valor à essa ou àquela. Devemos, portanto, reconhecermo-nos como um todo. Novamente:somos uma colcha de retalhos, onde uma parte não é entendida sem o todo ou vice-versa e onde cada contribuição e releitura nos faz quem nós somos.
Amanda Borba é: Estudante De Jornalismo da Universidade Federal De Pernambuco
quinta-feira, 24 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Manifestaçao Unifesp
A manifestaçao que ocorreu hoje à frente do anfiteatro proxima a reitoria localizada na
no campi sao paulo, onde se encontra a famosa paulista de medicina ocorreu hoje as 15hrs. e irei descorrer sobre tudo desde seu inicio.
(desculpe a falta de acentos, o pc ta desconfigurado)
Hoje de manha entrei na comunidade do orkut do campi de guarulhos, do qual faço parte no estudo da filosofia, mas nosso campi comporta mais 3 cursos, pedagogia, cien sociais, e historia.(para saber das condiçoes do campi e tudo que rolou ano passado, procurem o post do mes passado intitulado *primeiro dia na unifesp*)
pois bem, la fiquei sabendo que hoje iria ter uma concentraçao as 13hrs no metro proximo o campi sao paulo, para irmos nos manifestar na coletiva de imprensa que o reitor Ulisses fagundes neto(exato, este que tanto apareceu no jornal nos ultimos dois dias) se explicasse quanto a questao do uso do cartao corporativo.
os gastos dele foram varios, a folha de sao paulo e o resto da midia gorda caiu em cima. la estavamos nós, do campi guarulhos para pedir o afastamento do reitor na universidade(coisa que estamos reinvidicando desde o ano passado, pelos motivos da falta de estrutura do nosso campi guarulhos como o de todos da extensao da universidade que se encontram em precariedade total, e ainda com o agravante de adesao ao reuni)
caminhamos até o anfiteatro da famosa e tradicional paulista de medicina.
chegando lá, entoamos varios gritos para saida do reitor, houve a leitura de toda a gastança do reitor com o cartao corporativo, e a concientizaçao (ou tentativa de)
da precariedade dos campis da extensao. os poucos como eu que chegaram cedo, tiveram o privilegio de gritar tudo na orelha do reitor quando este estava se dirigindo ao anfiteatro.
na frente do anfiteatro, encontravam-se 7 seguranças sem uniformes ou se quer crachas de identificaçao, para impedir a possivel entrada dos estudantes no Anfitatro.
o tempo foi se passando, e nós gritavamos sem parar para demonstrar a indignaçao sobre a situaçao. o tempo foi se passando, mais pessoas, como fucionarios foram aderindo a causa, e a noticias se espalhou a ponto de virem estudantes da usp dar apoio aos estudantes da federal.
o movimento cresceu tanto, que ateh as 19hrs, o campi de diadema, baixada santista, e outro que eu esqueci onde é, totalizando todos os campis da universidade chegaram ao movimento.
Durante o movimento ainda pela tarde,houve a apariçao de alguns estudantes da atletica de medicina. que mais tarde fiquei sabendo que o apelido deles eh *terroristas*, eram 8 brutamontes, a grande maioria de moicano vermelho que apareceram para melar o movimento. tentavam provocar brigas, eu presenciei varias provocaçoes, e ao mesmo tempo entoavam gritos a favor do reitor, e sua devoçao a ele.
(vai ver, eh pq a atletica sempre recebe festinhas bancadas pelo reitor, sempre tem verba pra tudo. vale ressaltar que a muito tempo atras, o proprio reitor foi presidente da atletica.)
resistimos bravamente a esses empecilhos.
Mais tarde apareceram membros do DCE da unifesp(que vale lembrar tambem que se elegeu ano passado de forma bem obscura) em primeiro momento apoiando o movimento.
mas, eles desde de inicio queriam acabar com o movimento frente ao anfiteatro, e leva-lo para o predio do DCE para assim fazer uma assembleia.
a grande maioria foi contra. entao foi instituida ali mesmo, nas escadarias do anfiteatro a nossa assembleia.
*vou fazer um parentese, pois neste meio tempo, varios jornalistas de varios jornais e radios estavam presentes, e eu dei entrevista a um jornalista do SBT, o qual me perguntou no meio das gritarias oq agente queria com a manifestaçao.
eu respondi que *primeiramente nossa manifestaçao é pacifica, legitima por lei.
e nós queriamos a renuncia imediata do reitor. ele perguntou se isso tudo era por conta do escanda-lo dos cartoes corporativos, eu falei que era tambem, mas que valia lembrar que tivemos alunos espancados pela tropa de choque na ocupaçao do ano passado, a mando do reitor. ai novamente ele pediu para eu repetir oq nos queriamos.
eu falei que queriamos a deposiçao do reitor, e *este ponto ja eh meu, q eu levei a assembleia depois, mas nao era um consenso*
as eleiçoes diretas pra reitor, como nao existem por decreto desde o governo fernando henrique.
esperamos a chegada de todos os campi, para a formaçao da mesa da assembleia.
e assim foi feita.
ja escuro, cercado de policiais fora da universidade, começou a chuviscar.
ai se levantou novamente o *pra onde vamos?*
ai foi novamente posto pelo presidente do DCE, vamos ao predio do dce votar.
a outra proposta vinda do campi de guarulhos, era a ocupaçao do anfiteatro, uma vez que o reitor e tudo o que ocorria la dentro, ja havia saido pelos fundos.
e assim foi, no grito *vamos ocupar o teatro?
a grande maioria bravejou
SIMMMMM (haviam 5 seguranças a frente do teatro) e mais de 300 alunos berrando.
ai com uma manobra muito sacana, o presidente do dce falou
entao vamos pro dce por que esta chovendo..
e todos como rebanho, se dirigiam ao DCE e perdemos a oportunidade DADA de fazer do anfiteatro nosso simbolo de indignaçao.
fomos ao DCE onde varios de nós, falamos sobre tudo.
de todos os campis.
eu falei, e repito minha fala.
*concordo com a companheira, que o caminho institucional n pode ser deixado de lado.(referente a uma aluna que se posicionou contra a manifestaçao)
mas, nao podemos negar a força que esta contida nesta reuniao. a força de todos os campi aqui reunido eh mais forte do que qq ato institucional.
nós devemos sim, voltar a frente da reitoria, e ocupa-la.
mas com uma finalidade ainda nao posta.
a deposiçao do reitor eh um consenso, mas e depois?
precisamos de eleiçoes diretas pra reitor, coisa que n existe mais desde o governo fernando henrrique. nao podemos perder a força aqui presente.
obrigado.
fui amplamente aplaudido. assim como varios outros companheiros...
mas uma coisa interessante começou a acontecer.
Primeira, o DCE começou a fazer uma grande manipulaçao, de discursos ideologicos a retorica sofista, tudo foi utilizado.
a ideia deles era discutir tudo na semana que vem.
mais uma vez, uma tentativa de sabotagem do movimento.
o campi de diadema se posicionou amplamente contra a ocupaçao da reitoria, eles querem fazer um abaixo assinado eh uma passiata publica para *mostrar* nossa indignaçao.
*vale lembrar que ano passado o unico campi que parou da unifesp foi o nosso, claro depois de seguir todos esses passos. abaixo assinado, tentativa de dialogo e tudo mais
e a unica coisa que conseguimos foi sermos expusos pela tropa de choque.
entao, nós ja possuiamos o conhecimento da falta eficacia destes atos perante a atual gestao.
nós ja estamos no ponto do radicalismo da ocupaçao, SIM.
ai isto foi levado a voto.
os que queriam ocupar, foram 120.
e em uma contagem muito duvidosa os que foram contra foram 250 mais ou menos.
digo duvidosa, mas sei que perderiamos do mesmo jeito.
a questao eh. muita gente ali, apareceu soh pra votar contra.
fato.
outra questao eh, se foss aprovada a ocupaçao, apenas os 120 que votaram a favor iriam ocupar. o resto se retiraria.
fato 2.
A unica coisa decidida foi a paralizaçao dos campi ate sexta feira onde havera nova manifestaçao. e semana que vem provavelmente tambem.
e assim, retrocedemos para o inicio, perderemos neste meio tempo o respaldo ja contundente da midia.perderemos força. duvido que se junte todos os campis dinovo.
hoje era o dia.
vamos começar do comecinho, abaixo assinados, passiatas e tudo mais
pra daqui sei la quanto tempo, vir a falar de ocupaçao dinovo.
é uma pena, mas foi o que aconteceu.
Sorte para nós.
Thiago carvalho é estudante de filosofia da unifesp, e esta frustrado com o rumo tomado por uma manifestaçao tao forte quanto a de hoje. Viva O dce vendido.
Ps. digo vendido, pq no meu proprio campi foi oferecido a um aluno um computador(pela reitoria), para que ele nao falasse o que sabia.
é assim que funciona ultimamente.
nosso DCE esta claramente vendido, desde quando subiu obscuramente ao poder, apoiado pela reitoria.
PS2, desculpe se ficou confuso ou qq outra coisa, amanha mais descansado farei as devidas revisoes, mas achei valido escrever hoje para n esquecer de nada.
no campi sao paulo, onde se encontra a famosa paulista de medicina ocorreu hoje as 15hrs. e irei descorrer sobre tudo desde seu inicio.
(desculpe a falta de acentos, o pc ta desconfigurado)
Hoje de manha entrei na comunidade do orkut do campi de guarulhos, do qual faço parte no estudo da filosofia, mas nosso campi comporta mais 3 cursos, pedagogia, cien sociais, e historia.(para saber das condiçoes do campi e tudo que rolou ano passado, procurem o post do mes passado intitulado *primeiro dia na unifesp*)
pois bem, la fiquei sabendo que hoje iria ter uma concentraçao as 13hrs no metro proximo o campi sao paulo, para irmos nos manifestar na coletiva de imprensa que o reitor Ulisses fagundes neto(exato, este que tanto apareceu no jornal nos ultimos dois dias) se explicasse quanto a questao do uso do cartao corporativo.
os gastos dele foram varios, a folha de sao paulo e o resto da midia gorda caiu em cima. la estavamos nós, do campi guarulhos para pedir o afastamento do reitor na universidade(coisa que estamos reinvidicando desde o ano passado, pelos motivos da falta de estrutura do nosso campi guarulhos como o de todos da extensao da universidade que se encontram em precariedade total, e ainda com o agravante de adesao ao reuni)
caminhamos até o anfiteatro da famosa e tradicional paulista de medicina.
chegando lá, entoamos varios gritos para saida do reitor, houve a leitura de toda a gastança do reitor com o cartao corporativo, e a concientizaçao (ou tentativa de)
da precariedade dos campis da extensao. os poucos como eu que chegaram cedo, tiveram o privilegio de gritar tudo na orelha do reitor quando este estava se dirigindo ao anfiteatro.
na frente do anfiteatro, encontravam-se 7 seguranças sem uniformes ou se quer crachas de identificaçao, para impedir a possivel entrada dos estudantes no Anfitatro.
o tempo foi se passando, e nós gritavamos sem parar para demonstrar a indignaçao sobre a situaçao. o tempo foi se passando, mais pessoas, como fucionarios foram aderindo a causa, e a noticias se espalhou a ponto de virem estudantes da usp dar apoio aos estudantes da federal.
o movimento cresceu tanto, que ateh as 19hrs, o campi de diadema, baixada santista, e outro que eu esqueci onde é, totalizando todos os campis da universidade chegaram ao movimento.
Durante o movimento ainda pela tarde,houve a apariçao de alguns estudantes da atletica de medicina. que mais tarde fiquei sabendo que o apelido deles eh *terroristas*, eram 8 brutamontes, a grande maioria de moicano vermelho que apareceram para melar o movimento. tentavam provocar brigas, eu presenciei varias provocaçoes, e ao mesmo tempo entoavam gritos a favor do reitor, e sua devoçao a ele.
(vai ver, eh pq a atletica sempre recebe festinhas bancadas pelo reitor, sempre tem verba pra tudo. vale ressaltar que a muito tempo atras, o proprio reitor foi presidente da atletica.)
resistimos bravamente a esses empecilhos.
Mais tarde apareceram membros do DCE da unifesp(que vale lembrar tambem que se elegeu ano passado de forma bem obscura) em primeiro momento apoiando o movimento.
mas, eles desde de inicio queriam acabar com o movimento frente ao anfiteatro, e leva-lo para o predio do DCE para assim fazer uma assembleia.
a grande maioria foi contra. entao foi instituida ali mesmo, nas escadarias do anfiteatro a nossa assembleia.
*vou fazer um parentese, pois neste meio tempo, varios jornalistas de varios jornais e radios estavam presentes, e eu dei entrevista a um jornalista do SBT, o qual me perguntou no meio das gritarias oq agente queria com a manifestaçao.
eu respondi que *primeiramente nossa manifestaçao é pacifica, legitima por lei.
e nós queriamos a renuncia imediata do reitor. ele perguntou se isso tudo era por conta do escanda-lo dos cartoes corporativos, eu falei que era tambem, mas que valia lembrar que tivemos alunos espancados pela tropa de choque na ocupaçao do ano passado, a mando do reitor. ai novamente ele pediu para eu repetir oq nos queriamos.
eu falei que queriamos a deposiçao do reitor, e *este ponto ja eh meu, q eu levei a assembleia depois, mas nao era um consenso*
as eleiçoes diretas pra reitor, como nao existem por decreto desde o governo fernando henrique.
esperamos a chegada de todos os campi, para a formaçao da mesa da assembleia.
e assim foi feita.
ja escuro, cercado de policiais fora da universidade, começou a chuviscar.
ai se levantou novamente o *pra onde vamos?*
ai foi novamente posto pelo presidente do DCE, vamos ao predio do dce votar.
a outra proposta vinda do campi de guarulhos, era a ocupaçao do anfiteatro, uma vez que o reitor e tudo o que ocorria la dentro, ja havia saido pelos fundos.
e assim foi, no grito *vamos ocupar o teatro?
a grande maioria bravejou
SIMMMMM (haviam 5 seguranças a frente do teatro) e mais de 300 alunos berrando.
ai com uma manobra muito sacana, o presidente do dce falou
entao vamos pro dce por que esta chovendo..
e todos como rebanho, se dirigiam ao DCE e perdemos a oportunidade DADA de fazer do anfiteatro nosso simbolo de indignaçao.
fomos ao DCE onde varios de nós, falamos sobre tudo.
de todos os campis.
eu falei, e repito minha fala.
*concordo com a companheira, que o caminho institucional n pode ser deixado de lado.(referente a uma aluna que se posicionou contra a manifestaçao)
mas, nao podemos negar a força que esta contida nesta reuniao. a força de todos os campi aqui reunido eh mais forte do que qq ato institucional.
nós devemos sim, voltar a frente da reitoria, e ocupa-la.
mas com uma finalidade ainda nao posta.
a deposiçao do reitor eh um consenso, mas e depois?
precisamos de eleiçoes diretas pra reitor, coisa que n existe mais desde o governo fernando henrrique. nao podemos perder a força aqui presente.
obrigado.
fui amplamente aplaudido. assim como varios outros companheiros...
mas uma coisa interessante começou a acontecer.
Primeira, o DCE começou a fazer uma grande manipulaçao, de discursos ideologicos a retorica sofista, tudo foi utilizado.
a ideia deles era discutir tudo na semana que vem.
mais uma vez, uma tentativa de sabotagem do movimento.
o campi de diadema se posicionou amplamente contra a ocupaçao da reitoria, eles querem fazer um abaixo assinado eh uma passiata publica para *mostrar* nossa indignaçao.
*vale lembrar que ano passado o unico campi que parou da unifesp foi o nosso, claro depois de seguir todos esses passos. abaixo assinado, tentativa de dialogo e tudo mais
e a unica coisa que conseguimos foi sermos expusos pela tropa de choque.
entao, nós ja possuiamos o conhecimento da falta eficacia destes atos perante a atual gestao.
nós ja estamos no ponto do radicalismo da ocupaçao, SIM.
ai isto foi levado a voto.
os que queriam ocupar, foram 120.
e em uma contagem muito duvidosa os que foram contra foram 250 mais ou menos.
digo duvidosa, mas sei que perderiamos do mesmo jeito.
a questao eh. muita gente ali, apareceu soh pra votar contra.
fato.
outra questao eh, se foss aprovada a ocupaçao, apenas os 120 que votaram a favor iriam ocupar. o resto se retiraria.
fato 2.
A unica coisa decidida foi a paralizaçao dos campi ate sexta feira onde havera nova manifestaçao. e semana que vem provavelmente tambem.
e assim, retrocedemos para o inicio, perderemos neste meio tempo o respaldo ja contundente da midia.perderemos força. duvido que se junte todos os campis dinovo.
hoje era o dia.
vamos começar do comecinho, abaixo assinados, passiatas e tudo mais
pra daqui sei la quanto tempo, vir a falar de ocupaçao dinovo.
é uma pena, mas foi o que aconteceu.
Sorte para nós.
Thiago carvalho é estudante de filosofia da unifesp, e esta frustrado com o rumo tomado por uma manifestaçao tao forte quanto a de hoje. Viva O dce vendido.
Ps. digo vendido, pq no meu proprio campi foi oferecido a um aluno um computador(pela reitoria), para que ele nao falasse o que sabia.
é assim que funciona ultimamente.
nosso DCE esta claramente vendido, desde quando subiu obscuramente ao poder, apoiado pela reitoria.
PS2, desculpe se ficou confuso ou qq outra coisa, amanha mais descansado farei as devidas revisoes, mas achei valido escrever hoje para n esquecer de nada.
terça-feira, 15 de abril de 2008
UNB, Um Exemplo!
Ocupação na UnB derruba Reitor, derruba Vice e segue na Luta
A Ocupação da Reitoria da UnB completa hoje 12 dias. Os estudantes se reunirão em Assembleia Geral às 12hs do dia de hoje para decidir os rumos do movimento.
A ocupação conseguiu a consquista de sua primeira exigência, a saída do reitor Thimothy Mulholland e do vice-reitor Edgar Mamiya. Thimothy primeiro pediu afastamento por 60 dias, deixando seu vice no cargo, Edgar Mamiya logo em seguida entregou carta de pedido de exoneração ao ministro da educação, Fernando Haddad. Ontem, dia 13/04, Thimothy Mulholland pediu a renúncia ao cargo, e agora a direção da UnB discutirá com o Ministro Haddad quem assumirá o cargo.
Na última sexta-feira, dia 11, o Conselho Universitário (CONSUNI) se reuniu mas não conseguiu resolver os impasses, chamando uma nova reunião para a próxima quarta-feira, dia 16. Vale ressaltar que a reunião do CONSUNI foi restrita aos conselheiros/as, dentres eles/elas alguns que já são conselheiros/as a mais de uma década, e não houve transmissão da reunião pela TV UnB, ou por qualquer outro meio. Ou seja, num momento tão importante para a Universidade de Brasília, os/as conselheiros/as universitários/as não se preocupam em criar mecanismos de transparência para que a comunidade universitária possa acompanhar as decisões que implicarão nos novos rumos da UnB.
A ocupação segue com sua programação diária, algumas aulas foram trasferidas da sala de aula para o prédio ocupado da reitoria, há também oficinas e grupos de estudos, a água e a luz foram novamente religadas, a Rádio 5 Mil por Hora (a multa já ultrapassa 1 milhão) voltou a funcionar, e regularmente são postadas novas informações no blog da ocupação. Os/as ocupantes deixam claro que somente o atendimento da primeira reinvidicação do movimento (saida do reitor e do vice) não atende os seus anseios, pois enquanto a estrutura administrativa obsoleta da universidade não mudar, não haverá perspectivas de melhoras na UnB. Há ainda uma longa pauta de exigências a serem atendidas. A luta continua!
Rádio 5.000 por Hora
Fonte: CMI.
Thiago Carvalho É Estudante de Filosofia da Unifesp, e apoia todo o movimento estudantil devidamente embasado, com suas finalidades claras.
Ps.Gostaria desta força na unifesp a favor da saida do reitor Ulysses.mas nos falta, unidade, força, organizaçao, ESTUDO, e apoio.
A Ocupação da Reitoria da UnB completa hoje 12 dias. Os estudantes se reunirão em Assembleia Geral às 12hs do dia de hoje para decidir os rumos do movimento.
A ocupação conseguiu a consquista de sua primeira exigência, a saída do reitor Thimothy Mulholland e do vice-reitor Edgar Mamiya. Thimothy primeiro pediu afastamento por 60 dias, deixando seu vice no cargo, Edgar Mamiya logo em seguida entregou carta de pedido de exoneração ao ministro da educação, Fernando Haddad. Ontem, dia 13/04, Thimothy Mulholland pediu a renúncia ao cargo, e agora a direção da UnB discutirá com o Ministro Haddad quem assumirá o cargo.
Na última sexta-feira, dia 11, o Conselho Universitário (CONSUNI) se reuniu mas não conseguiu resolver os impasses, chamando uma nova reunião para a próxima quarta-feira, dia 16. Vale ressaltar que a reunião do CONSUNI foi restrita aos conselheiros/as, dentres eles/elas alguns que já são conselheiros/as a mais de uma década, e não houve transmissão da reunião pela TV UnB, ou por qualquer outro meio. Ou seja, num momento tão importante para a Universidade de Brasília, os/as conselheiros/as universitários/as não se preocupam em criar mecanismos de transparência para que a comunidade universitária possa acompanhar as decisões que implicarão nos novos rumos da UnB.
A ocupação segue com sua programação diária, algumas aulas foram trasferidas da sala de aula para o prédio ocupado da reitoria, há também oficinas e grupos de estudos, a água e a luz foram novamente religadas, a Rádio 5 Mil por Hora (a multa já ultrapassa 1 milhão) voltou a funcionar, e regularmente são postadas novas informações no blog da ocupação. Os/as ocupantes deixam claro que somente o atendimento da primeira reinvidicação do movimento (saida do reitor e do vice) não atende os seus anseios, pois enquanto a estrutura administrativa obsoleta da universidade não mudar, não haverá perspectivas de melhoras na UnB. Há ainda uma longa pauta de exigências a serem atendidas. A luta continua!
Rádio 5.000 por Hora
Fonte: CMI.
Thiago Carvalho É Estudante de Filosofia da Unifesp, e apoia todo o movimento estudantil devidamente embasado, com suas finalidades claras.
Ps.Gostaria desta força na unifesp a favor da saida do reitor Ulysses.mas nos falta, unidade, força, organizaçao, ESTUDO, e apoio.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Cadê?
O PSDB fica posando de santo e acusando o PT de manipulação de informações privilegiadas; mas o que nós queremos saber é do dinheiro que os canalhas gastaram; isso é o que realmente interessa.
Aparece a lista de gastos fúteis do governo FHC, mas a mídia desconversa e diz que a culpa não é dos que gastaram o dinheiro público; Fernando Henrique (como todo sionista) não pode ser associado ao erro. O povo brasileiro paga a conta, mas quando foi tucano que gastou a verbo, é bico de siri e mais nada.
A gastança do governo Fernando Henrique é igual cu de índio: todo mundo sabe que existe, mas ninguém mostra. Aonde foram parar os bilhões de reais desviados das vendas de estatais; ainda estão nos devendo as explicações. Aposto se este dinheiro não foi parar nos bolsos dos novos bilionários sionistas brasileiros.
Enquanto isso a grande massa de miseráveis é criticada pelos tucanos, que querem regular os míseros reais que são gastos com os sem-terra. Que povo do olho grande, hein?
Será a famosa Pasta Rosa também não eram documentos reais que foram mocozados pela mídia? Dessa gente podemos esperar tudo; eles estão chorando de um olho só para terem a Tucanada de novo no governo; o que a Rede Globo mais deseja no mundo é ver um tucano de novo no Planalto; por essa insistencia imagine o tamanho do jabá que eles embolsavam na época.
A lista não é interessante; o tucano Alvaro Dias que sabotou informações oficiais é acobertado pelo Jornal Nacional; em quem a população deve acreditar quando busca informações sinceras? Querem fritar o coitado do Lula, porque ele antigamente falava em fechar a Globo. Era só brincadeirinha, o Lula hoje é apenas mais um cordeirinho manso no colo do Grande Patrão Sionista.
Deixem o homem trabalhar; não atrapalhem assim quem está fazendo algum esforço para diminuir a miséria de milhões de deserdados pelos governos brasileiros que pegavam o dinheiro de fazer reformas sociais e aplicavam em propaganda na TV.
É tempo ainda da mídia nacional buscar se reabilitar junto ao povo; parem de ficar acobertando esses ladrões safados do PSDB; mostrem a cara desses bandidos que mantiveram o povo na ignorância por oito anos. Parem com esse discurso de falsa democracia. O Brasil precisa mais é de verdade e não de misericórdia. O povo precisa voltar a confiar no que os jornais dizem.
Fonte deste post e do anterior: CMI (centro Midia indepentende)
Thiago Carvalho é: Estudante de Filosofia.
Aparece a lista de gastos fúteis do governo FHC, mas a mídia desconversa e diz que a culpa não é dos que gastaram o dinheiro público; Fernando Henrique (como todo sionista) não pode ser associado ao erro. O povo brasileiro paga a conta, mas quando foi tucano que gastou a verbo, é bico de siri e mais nada.
A gastança do governo Fernando Henrique é igual cu de índio: todo mundo sabe que existe, mas ninguém mostra. Aonde foram parar os bilhões de reais desviados das vendas de estatais; ainda estão nos devendo as explicações. Aposto se este dinheiro não foi parar nos bolsos dos novos bilionários sionistas brasileiros.
Enquanto isso a grande massa de miseráveis é criticada pelos tucanos, que querem regular os míseros reais que são gastos com os sem-terra. Que povo do olho grande, hein?
Será a famosa Pasta Rosa também não eram documentos reais que foram mocozados pela mídia? Dessa gente podemos esperar tudo; eles estão chorando de um olho só para terem a Tucanada de novo no governo; o que a Rede Globo mais deseja no mundo é ver um tucano de novo no Planalto; por essa insistencia imagine o tamanho do jabá que eles embolsavam na época.
A lista não é interessante; o tucano Alvaro Dias que sabotou informações oficiais é acobertado pelo Jornal Nacional; em quem a população deve acreditar quando busca informações sinceras? Querem fritar o coitado do Lula, porque ele antigamente falava em fechar a Globo. Era só brincadeirinha, o Lula hoje é apenas mais um cordeirinho manso no colo do Grande Patrão Sionista.
Deixem o homem trabalhar; não atrapalhem assim quem está fazendo algum esforço para diminuir a miséria de milhões de deserdados pelos governos brasileiros que pegavam o dinheiro de fazer reformas sociais e aplicavam em propaganda na TV.
É tempo ainda da mídia nacional buscar se reabilitar junto ao povo; parem de ficar acobertando esses ladrões safados do PSDB; mostrem a cara desses bandidos que mantiveram o povo na ignorância por oito anos. Parem com esse discurso de falsa democracia. O Brasil precisa mais é de verdade e não de misericórdia. O povo precisa voltar a confiar no que os jornais dizem.
Fonte deste post e do anterior: CMI (centro Midia indepentende)
Thiago Carvalho é: Estudante de Filosofia.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
UNB
Estudantes ocupam a reitoria da UnB
Na tarde do dia 3 de abril de 2008, cerca de 200 estudantes, professores/as e funcionarias/os ocuparam a reitoria da Universidade de Brasília (UnB). A mobilização tem como pautas principais a saída imediata do Reitor (Thimothy Mulholland), de seu vice (Edgar Mamiya), do conselho diretor da reitoria e das diretorias da Fundação Universidade de Brasília (FUB), da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), da FUNSAUDE e de todas as fundações envolvidas em processos de corrupção, extendendo-se a discussão da função das fundações na Universidades públicas. O movimento exige também a convocação de eleições diretas paritárias ou em voto universal.
As atividades do dia iniciaram-se com uma assembléia estudantil seguida de um ato que passou por toda a universidade ampliando a mobilização. Após a ocupação, a Reitoria ordenou que se cortassem a água e a luz do prédio, atitude que remete a estratégias de guerra. Além disso, a segurança impediu a entrade de novas pessoas, proibiu a mídia independente de subir até o andar da ocupação, permitindo apenas a presença da mídia comercial. Após muita pressão dos/das manifestantes, a mídia independente também conseguiu subir até o andar do gabineto do reitor. A idéia do movimento é manter a ocupação até que as pautas sejam atendidas. Um grande grupo de apoiadores/as (cerca de cem pessoas) concentram-se no térreo da reitoria e estão fazendo atividades culturais e políticas de apoio durante toda a noite e pela madrugada. O moviemnto convoca todas as pessoas a participarem das atividades de apoio.
Em janeiro deste ano, surgiram diversas denúncias de corrupção envolvendo a atual gestão da reitoria da UnB, envolvendo desvio de verbas por meio da FINATEC para uso privado do Reitor. O Ministério Publico abriu inquerito e nas investigações descobriu mais irregularidades envolvendo a FUB e a FUNSAUDE. O grupo que está a frente da reitoria desde 1998 já esteve envolvido também em outros escândalos como o do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE), o da Casa do Estudante (CEU) e o da própria eleição da atual gestão. Vale lembrar que desde 1996 após o decreto do Governo FHC, a UnB não tem eleições paritárias para reitor.
Thiago Carvalho É : Estudante De Filosofia Da Universidade Federal De São Paulo.
Na tarde do dia 3 de abril de 2008, cerca de 200 estudantes, professores/as e funcionarias/os ocuparam a reitoria da Universidade de Brasília (UnB). A mobilização tem como pautas principais a saída imediata do Reitor (Thimothy Mulholland), de seu vice (Edgar Mamiya), do conselho diretor da reitoria e das diretorias da Fundação Universidade de Brasília (FUB), da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), da FUNSAUDE e de todas as fundações envolvidas em processos de corrupção, extendendo-se a discussão da função das fundações na Universidades públicas. O movimento exige também a convocação de eleições diretas paritárias ou em voto universal.
As atividades do dia iniciaram-se com uma assembléia estudantil seguida de um ato que passou por toda a universidade ampliando a mobilização. Após a ocupação, a Reitoria ordenou que se cortassem a água e a luz do prédio, atitude que remete a estratégias de guerra. Além disso, a segurança impediu a entrade de novas pessoas, proibiu a mídia independente de subir até o andar da ocupação, permitindo apenas a presença da mídia comercial. Após muita pressão dos/das manifestantes, a mídia independente também conseguiu subir até o andar do gabineto do reitor. A idéia do movimento é manter a ocupação até que as pautas sejam atendidas. Um grande grupo de apoiadores/as (cerca de cem pessoas) concentram-se no térreo da reitoria e estão fazendo atividades culturais e políticas de apoio durante toda a noite e pela madrugada. O moviemnto convoca todas as pessoas a participarem das atividades de apoio.
Em janeiro deste ano, surgiram diversas denúncias de corrupção envolvendo a atual gestão da reitoria da UnB, envolvendo desvio de verbas por meio da FINATEC para uso privado do Reitor. O Ministério Publico abriu inquerito e nas investigações descobriu mais irregularidades envolvendo a FUB e a FUNSAUDE. O grupo que está a frente da reitoria desde 1998 já esteve envolvido também em outros escândalos como o do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE), o da Casa do Estudante (CEU) e o da própria eleição da atual gestão. Vale lembrar que desde 1996 após o decreto do Governo FHC, a UnB não tem eleições paritárias para reitor.
Thiago Carvalho É : Estudante De Filosofia Da Universidade Federal De São Paulo.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Uma mentirinha de vez em quando...
Chega ao ponto de ser irônico escrever mentiras em um blog que busca as verdades, e eu gostaria que esses dois fatos que fazem aniversário neste dia fossem as mentiras mais deslavadas. Há 44 anos, eu quem nem aqui estava, desejava que fosse mentira o Golpe - ou Revolução, depende do lado - Militar. Há 19 anos, eu que já estava aqui, teria a mesma coragem que os estudantes chineses na Praça da Paz Celestial.
Não importa a cor e o lado, as verdades e mentiras (nesses casos eu acho paradoxal delimitar uma linha que as separe) são sempre contadas. Não custa nada lembrar...
Há uma semana eu era abraçado pelos textos de Eduardo Galeano. É triste chegar ao fim de um livro que você gosta, né? Quando eu terminei, fechei os meus olhos, refleti e pude sentir o meu corpo numa outra frequência. É, eu podia flutuar. O Livro dos Abraços, de Galeano, é um livro que junta aquelas verdadezinhas mais puras que se encontram em algum lugar da tua memória e coração. Faz também sentir as verdades de um fulano de tal, irmão latino-americano, de algum lugar que eu ainda hei de ir.
Bruno Nery ainda é estudante de História e tenta se desvincilhar das tantas coisas que arranja pra fazer que acaba se perdendo.
Não importa a cor e o lado, as verdades e mentiras (nesses casos eu acho paradoxal delimitar uma linha que as separe) são sempre contadas. Não custa nada lembrar...
Há uma semana eu era abraçado pelos textos de Eduardo Galeano. É triste chegar ao fim de um livro que você gosta, né? Quando eu terminei, fechei os meus olhos, refleti e pude sentir o meu corpo numa outra frequência. É, eu podia flutuar. O Livro dos Abraços, de Galeano, é um livro que junta aquelas verdadezinhas mais puras que se encontram em algum lugar da tua memória e coração. Faz também sentir as verdades de um fulano de tal, irmão latino-americano, de algum lugar que eu ainda hei de ir.
Bruno Nery ainda é estudante de História e tenta se desvincilhar das tantas coisas que arranja pra fazer que acaba se perdendo.
MST ocupa latifúndio improdutivo de 300ha em Itatiba - SP
MST ocupa latifúndio improdutivo de 300ha em Itatiba - SP
Na madrugada de sábado (01/03), o MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - ocupou um latifúndio improdutivo de 135 alqueires (quase 330 hectares) em Itatiba, próximo à região metropolitana de Campinas - SP.
Há cerca de 300 famílias no local, oriundas das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, e constituem-se na Comuna Che Guevara, que está lutando e sofrendo despejos na região há mais de dois anos. A área estava abandonada há mais de 5 anos e seria destinada à construção de um condomínio fechado, sob administração conjunta da Imobiliária Agra e Extrema Empreendimentos Imobiliários. A fazenda foi outrora o pomposo e luxuoso Haras Rosa do Sul, que criava cavalos campeões do páreo nas esbanjantes apostas de corridas de cavalos.
Entre suas diversas dependências, existem suntuosas baias de cavalos e uma gigantesca mansão, pela qual passaram muitas figuras da elite nacional brasileira, dentre as quais se destaca o ex-presidente e atual senador José Sarney. A fazenda entrou em declínio com a falência da Sharp Brasil, dona do haras, e desde meados de 2000, não abriga nenhuma atividade agrícola e permanece improdutiva desde então.
Contrariamente à proposta de uso como loteamento fechado, o MST exige que a terra passe para as mãos de famílias sem-terra, para que possam usá-la para produção alimentar e moradia: o excelente solo da região não deveria permanecer tanto tempo sem cultivo nem ser desperdiçado com a construção de um condomínio. É reivindicada a desapropriação dessa e de outras áreas improdutivas na região e exigida a inspeção da fazenda pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/
Thiago Carvalho é estudante de filosofia.
Na madrugada de sábado (01/03), o MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - ocupou um latifúndio improdutivo de 135 alqueires (quase 330 hectares) em Itatiba, próximo à região metropolitana de Campinas - SP.
Há cerca de 300 famílias no local, oriundas das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, e constituem-se na Comuna Che Guevara, que está lutando e sofrendo despejos na região há mais de dois anos. A área estava abandonada há mais de 5 anos e seria destinada à construção de um condomínio fechado, sob administração conjunta da Imobiliária Agra e Extrema Empreendimentos Imobiliários. A fazenda foi outrora o pomposo e luxuoso Haras Rosa do Sul, que criava cavalos campeões do páreo nas esbanjantes apostas de corridas de cavalos.
Entre suas diversas dependências, existem suntuosas baias de cavalos e uma gigantesca mansão, pela qual passaram muitas figuras da elite nacional brasileira, dentre as quais se destaca o ex-presidente e atual senador José Sarney. A fazenda entrou em declínio com a falência da Sharp Brasil, dona do haras, e desde meados de 2000, não abriga nenhuma atividade agrícola e permanece improdutiva desde então.
Contrariamente à proposta de uso como loteamento fechado, o MST exige que a terra passe para as mãos de famílias sem-terra, para que possam usá-la para produção alimentar e moradia: o excelente solo da região não deveria permanecer tanto tempo sem cultivo nem ser desperdiçado com a construção de um condomínio. É reivindicada a desapropriação dessa e de outras áreas improdutivas na região e exigida a inspeção da fazenda pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/
Thiago Carvalho é estudante de filosofia.
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